quinta-feira, 10 de agosto de 2017

EU SOU MULHER PRA CASAR

Sinceramente, classificações não são comigo, claro, de uma certa maneira, se é o que todos nós pensamos. Mas, se me perguntassem, você é para casar? Eu diria com todas as letras deste mundo com certeza meu grande amor que estivesse ao meu lado: Sim meu anjo, ouvinte.
Eu sou o tipo de mulher, da mesma forma, que eu poderia ser do tipo de um homem, que você vai conhecer na mesa de bar. Que vai te olhar de longe, com um olhar 43 (Meio de lado) e não vai esperar você se aproximar. Vou sorrindo jogar qualquer papo só para te mostrar que hoje eu estou fácil de lidar, mesmo porque, você, não saiba jogar, com aquilo que sai da boca, e eu sei jogar com as palavras certas, que sai do raciocínio inteligente, mesmo que o coração, não queira, mas é a pura verdade.
Eu não sou de mil joguinhos, sou logo sincera para não cansar os nonos interesses de estar afim um do outro, sacou? - Se eu quero, eu tento. - Se eu quero muito, insisto. Sim, eu sou mulher para casar. - Sou do tipo que pede uma cerveja ou um belo vinho para começar e pizza para finalizar. - Sou do tipo que sai de salto quinze e maquiagem simples para dançar e fica domingo em casa com camisa, a vontade, com meus pais, com cara de ressaca.
- Sou do tipo que gosto de ler livros de autoajuda quando estou confusa com certas formas de vida que o homem leva na brincadeira, de um certo modo. Meu Blog, procuro sempre divulgar nas Redes Sociais, buscando o melhor leitor, daquilo que ele mesmo tenha tendências da moda, da gastronomia, trabalhos etc., a ter o hábito de ler temáticas interessantes, em vários aspectos de vida.
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Também, sou do tipo que curto rock, músicas clássicas, adoro samba, dança e outras culturas regionais no Brazi e Internacional. - Não me importo, se você tem carro, mas vou reparar em você, como trata o garçom. - Não me importo com os seus contatos, mas vou reparar como segura a minha mão. - Não me importo com seu elogio a minha beleza, mas me importo se reparar no tom dos meus olhos castanhos claros ou na beleza da minha pele natural, o quanto sou sincera.
Sim, eu sou mulher para casar. Não sou de ficar de bla, bla, bla. Vou querer conhecer seus pais, a sua família, se tiver espaço pra isso. - Vou querer saber dos seus amigos, para entender o seu mundo. Vou querer entrar na sua vida de uma certa maneira e forma, na medida do possível, e que acima de tudo, nós compreendamos um ao outro.
- Vou estar do seu lado quando eu concordar, mas me oponho se você se equivocar. - Vou te levar para conhecer meu pôr-do-sol favorito, te contar das minhas viagens, te dizer as minhas histórias e estórias e sonhos, sejam elas vergonhosas ou heroicas. - Vou te contar tudo porque eu não tenho medo de dizer para mundo quem eu já fui e quem eu estou me tornando.

Sim, com todas as letras, eu sou mulher para casar. Se você for homem o bastante para aguentar. Não gosto de ficar de bla, bla, bla – ficar de bla, bla, bla é coisa de gente completamente enrolado consigo mesmo, tentando muitas vezes que é espeto e malandro de bom papo, preparando a rede, para nós mulheres cairmos. - Não sou de ficar de bla, bla, bla. Se a vida é feita de escolhas, a hora é esta de andar na linha certa, no caminho reto, com honestidade, sem medo de ser feliz.
Hoje em dia, eu quero sair só
Ela foi para o terraço do seu apartamento fumar um cigarro e Deixou tocando Lenine no seu celular. Observando a fumaça sair da brasa, reparou que já estava velha a pulseira que comprou quando foi para a praia. Bateu uma vontade de sair só. De caminhar pela noite e sentir a brisa do mar. De se banhar com a luz da lua, de se enfeitar com uma flor qualquer. Entre um trago e outro, no silêncio de se entender, olhou o mar de prédios, ouviu as ondas sonoras dos carros, soar em seus ouvidos.
O céu estava nublado, uma possível estrela à vista e a certeza que a lua estava escondida, preferi esperar um pouco mais. - Não era a melhor pedida sair para caminhar… Acabou o de fumar o último cigarro, aliviada e logo após, começou a chover e talvez o bafo quente do asfalto fosse amenizado.
Queria dormir com o peso do cobertor sobre meu corpo, mas não parecia algo sensato. Mesmo assim, ela foi se arrumar para deitar, com a proteção dos deusus e conformada, ficou a pensar que um feriado emendado iria chegar e aí sim, ela ia poder sair só. Talvez estes hábitos informais, seja um dos lugares mais inusitados de uma grande solidão, preste acontecer.
Ele me ligou algumas vezes na semana, confesso quase ter atendido, porém minha vontade de ficar sozinha me tomou de uma forma súbita, que afinal, não queria companhia, queria apenas acompanhar a mim mesma, quando fiquei revirando a salada no prato até as 19h 30min, que logo me dei conta quando poderia fazer algo melhor, um mar de possibilidade me caiu na mente, todos os possíveis lugares de saideiras para estar noite foram por água abaixo ao notar que o tanque do carro estava sem uma gota de gasolina.
Não foi preguiça de ir até o posto de gasolina, mas por vontade de caminhar, decidi então que qualquer que fosse o meu destino dessa noite seria acompanhada dos calcanhares literalmente, logo coloquei uma velha sapatilha, puxei a bolsa desgovernada por dentro, saquei algumas músicas do mp3 e parti rumo:
Qualquer lugar, fiquei sabendo que na rua atrás do meu apartamento está rolando um Sarau, boa ou não opção me coloquei a caminhar aquela pequena choperia, perdi a conta de quantas vezes sai de casa sem o celular, para ser sincera em uma quinta-feira à noite, meio de mês, estou de férias do trabalho, ninguém precisa saber onde vou, ou precisa?
Coincidência ou não, encontrei alguns amigos da velha universidade, alguns mudados, outros com o mesmo sorriso amarelo, direciono o meu pensamento para outra coisa. Agora não é hora de ficar reparando em velhos retratos, por sorte encontrei uma mesa na ponta direita do bar, sentei-me, claro que sozinha, não esperava companhia, a não ser claro do garçom e seu bloquinho, uma cantora de MPB, já estava em posição de palco, alguns testes, aquele som de microfonia que dá vontade de correr e escutar som por todo espaço, logo começou a singela apresentação, uma água com gás, uma porção mega pequena de batata frita com cheddar, enfim isso seria minha resumida janta, "esquece a dieta" ordenava a mim mesma, vez ou outra a ponta do lápis quebra, porque não aceitar um ponto negativo fora da linha? 
Hoje é quinta, amanhã vou acordar as 5h da matina para ir correr no parque, chega de se cobrar e voltemos a roda, ela canta Chico Buarque com um carisma sem fim, isso sim é música, só me falta uma coletânea de abraços para somar o carinho no peito. Se não fosse àquele café, certeza que eu dormia no Sarau, depois das apresentações musicais, houveram recitações de poesias, me apaixonei mais ainda por Fernando Pessoa, e o que falar do meu docinho Drummond? Vou dormir arraigada aos seus suspiros.
Mas enfim, os ponteiros já marcam 22h, o sono me bate feito dor de cabeça latejando até as pontas dos dedos dos pés, apesar disso, não queria voltar, gosto mesmo de ficar andando nos ladrilhos sem direção, então, se minha mãe ou meu pai, soubesse que estou aqui ainda, se ainda tivesse com os meus 17 anos de idade, com certeza que ia ficar louquinha por não ter trazido o celular na minha bolsa.
Deixemos de lado as fumaças da adolescência; não olhe agora, mas estou bocejando muito, preciso adormecer e é isso que eu mereça uma boa cama..., vou voltar para meu apartamento e antes de tudo, vou comprar uns docinhos no supermercado, hipermercado, qualquer coisa com mercado, quando, fico esperando ar maravilhoso do vento brisa do mar bater e sacodir os cabelos no eu rosto e elevar meus olhos e me volto cheia de areia aos olhos, fazendo de conta, que a maquiagem não borrou.
Deveria haver um óculo noturno, que alguém não pudesse perceber, onde a direção dos meus olhos estão. Vou colocar meu óculo agora. – Pronto:
"Me desculpe moço, eu juro que foi sem querer", cai nos seus braços abertos. – Olha moço, esbarrei, tropiquei na calçada que estava totalmente quebrada – Ele respondeu, não há deque se desculpar, e com isso, levei um desconhecido comigo, que há poucos segundos, tropecei e cai nos seus braços. - que coisa feia, "desculpa, desculpa ..."
Estendeu ambas as mãos e me levantou com a mais sutileza de um cavalheiro, afim de perpetuar ou começar um assunto, comecei agradecendo com os olhos, já que quando cometo essas gafes não sei fazer nada melhor que observar e um convite para quem sabe um tomar cafezinho a dois.
Ele somente sorriu em retirada, mesmo que o meu convite tenha merecido chama-lo entrar no meu apartamento, sem qualquer possível contato, me deixou ali admirada na calçada, não é todo dia que uma raridade dessa cai ao chão e sobe ao céu com uma gentileza redobrada. Sei muito bem, que gentileza gera gentileza, cabe em qualquer lugar, mas em uma trombadinha na calçada não tinha conhecimento, até agora, já se foram mil segundos, me esqueço até dos doces, volto a caminhar, do jeito que eu quero fazer, ficar um pouco só comigo mesmo.
Sorrindo pra mim mesma, rindo com o vento, era ou não um charmoso sorriso em suas pálpebras? Afinal havia de ser um bom homem cavalheiro, romântico, aquele que deixei de lado estes pensamentos e abri de vez a porta do apartamento ou o meu, na verdade meu lar deveria ser anunciado pela imobiliária como:
VENDE-SE Apartamento, mas enfim eu ei de descansar agora, me jogo na cama vestida de Lingerie das mais sexy, coitada da minha bolsa, vai passar mais um final de semana desorganizada, mas quem liga para isso? - Tudo bom..., eu ligo, revirei tudo na cama, achei uns lembretes desnecessários, mas, fala sério, para que pagar contas? - Não sei qual eu deva usar de dentro do meu guarda-roupa uma das favoritas Lingerie – Você me ajuda por gentileza?
MEU GUARDA-ROUPA - UMA DAS LINGERIE QUE USO
Não acredito, eis que um pedacinho minúsculo de uma noite totalmente desprovida de companheiros me aparece em mãos, o tal Senhor G - de Gentileza- me deixou um recado em letras garrafais, "Desejo atenção duplicada nas calçadas pra você (Dona Moça), aceita um Chá delicioso ou café bem acompanhado de doces gostos? – Olha que coisa engraçada o nome dele! Romulo Prestes, seu nome lhe caiu muito bem, de fato mão de Romulo me despertou um nó gostoso no coração. E sem dúvida me caberá um manto de histórias, um par de palavras vastas em significados, prosas ao pé do ouvido e sorrisos lindos e simpático largos.

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