Mo Farah - 10.000m - WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 - Final
Mo Farah sai para o abraço
com tri nos 10.000m e inaugura pódio do Mundial
Britânico volta à pista na quarta-feira para
busca o tetracampeonato dos 5.000m
O programa de provas foi estratégico. No primeiro dia,
apenas uma medalha em disputa e com um atleta da casa como favorito. E Sir
Mohammed Farah fez as honras com louvor. Bicampeã olímpico e bicampeão mundial
dos 10.000m o britânico se despediu da prova em Mundiais levantando os mais de
50 mil presentes no Estádio Olímpico de Londres.
Em uma última volta disputadíssima, chegou a ser tocado,
quase caiu, mas arrancou nos últimos metros e, com os braços abertos, cruzou a
linha de chegada após 26m49s53 de prova - melhor marca do mundo no ano -,
deixando a Grã-Bretanha dormir na liderança do quadro de medalhas do Mundial de
2017.
- Eu amo vocês. Tenho muito orgulho de ser britânico.
Obrigada por tudo, a cada um de vocês - disse Mo Farah ainda na pista.
O pódio teve ainda Joshua Cheptegei, que fez
26m49s94, a melhor marca da vida, e o queniano Paul Tanui, que travou intensa
batalha com Mo na volta final e marcou seu melhor tempo no ano: 26m50s60. No
momento da execução do hino britânico, o público foi ao delírio. Cantou junto e
deixou Mo Farah com os ouros marejados.
Este é o terceiro título do fundista nos 10.000m – além
dos ouros de Pequim 2015 e Moscou 2013, ele foi Medalha de Prata em Daegu 2011.
Ele também tricampeão dos 5.000m, prova em que é favorito e buscará seu quarto
título na quarta-feira, às 16h05 (horário de Brasília).
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Mundial de Londres
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Mo Farah quase
caiu na última volta, mas garantiu o título dos 10.000m no mundial atletismo de
Londres (Foto: Reuters)
Na primeira metade da prova, Mo Farah manteve-se no meio
do pelotão enquanto atletas de Uganda, Moses Kurong e Joshuea Cheptegei se
alternaram na liderança. A primeira vez que o britânico assumiu a dianteira foi
na marca dos 4.000m, quando acenou para o público e foi recompensado com uma
injeção de ânimo da torcida.
Mo Farah foi ultrapassado e voltou a ficar no bolo
enquanto os africanos seguiram na frente. O etíope Abadi Hadis puxou o ritmo
por um tempo, e depois o queniano Paul Tanui e Chiptegei deram trabalho. Mo
Farah fez uma última volta incrível, segurou o ímpeto dos africanos e correu
para abraçar o estádio. Abriu os braços antes de cruzar a linha de chegada,
estufou o peito e saiu para comemorar com a torcida.
Depois de cumprimentar a esposa, carregou o filho nos
ombros pela pista. Falou ao microfone, emocionado, agradecendo ao apoio. Uma
vez no pódio, a emoção transbordou. Com os olhos marejados, cantou o hino junto
com o público, mesclando palavras e sorrisos largos. Era uma noite e tanto, um
início e tanto de Mundial para os donos da casa.
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