terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A PROCURA DA FELICIDADE

Nunca deixe alguém te dizer que você não pode fazer alguma coisa. Nem mesmo eu, tudo bem? Se você tem um sonho, você tem que protegê-lo. As pessoas não conseguem fazer alguma coisa elas mesmas, e eles querem dizer que você também não consegue. Se você quer alguma coisa, vá atrás. Ponto Final”. Chris Gardner.
À PROCURA DA FELICIDADE
“Em À PROCURA DA FELICIDADE, (The Pursuit of Happyness), Chris Gardner (Will Smith) é um homem de família lutando para sobreviver. Apesar de todas as tentativas para manter a família unida, a mãe (Thandie Newton) de seu filho de cinco anos Christopher (Jaden Christopher Syre Smith) está constantemente sobre uma forte pressão financeira. Sem condições de suportar a situação, ela relutantemente decide partir. Chris, agora um pai solteiro, continua a perseguir desesperadamente um emprego com melhor remuneração, usando toda sua habilidade de vendedor.
Ele ingressa como estagiário numa grande importante corretora de ações, e apesar de não haver salário, ele aceita, na esperança de no final do programa conseguir um emprego e um futuro promissor. Sem apoio financeiro, Chris e seu filho são despejados de seu apartamento e logo são forçados a dormir em abrigos, estações de ônibus, banheiros e onde quer que possam achar refúgio durante a noite. Apesar dos problemas, Chris continua a honrar seu compromisso como um pai amoroso e afetuoso, usando a afeição e a confiança que seu filho depositou nele para superar os obstáculos que 
História verídica
O filme é uma história verídica que é, sem dúvida, uma das mais inspiradoras e emocionantes para pais e empreendedores, pois mostra a importância de mantermos nosso equilíbrio e confiança em nós mesmos independentemente da situação. Vejam o discurso do Chris Gardner na universidade Berkeley em 2009.

VOSES DOS ANJOS

VEJA QUE AFINAÇÃO DIVINA
QUARTETO GILEADE COMEMORA MAIS UM ANO DE EXISTÊNCIA
No dia 28 de julho, o Quarteto Gileade completa 29 anos de ministério. Iniciado em 1987 e composto por Jabes, Nivaldo, Marcos e Elias, o quarteto nasceu de um sonho no coração de jovens interessados pela música na Igreja. Com objetivo de propagar o genuíno Evangelho de Jesus Cristo através da música, o quarteto hoje é mais que um grupo, se trata de um Ministério de Louvor e Adoração com grandes sonhos e projetos, seguindo sempre avante para o alvo proposto: Cristo.
Em sua página oficial, Jabes Rosa, integrante do grupo, agradeceu a Deus e aos amigos pelo aniversário: "Estamos completando 29 anos de muitas bênçãos de Deus! Nossa gratidão à Deus, nossa família, nosso Pastor Wellington Rocha, nossa igreja AD de Rio Verde-GO, nosso paizão ir Herbert Schlatter, nossa Casa CPAD e Gravadora CPAD Music, irmãos e amigos, pastores que nos convidam, intercessores e admiradores".
Atualmente o quarteto Gileade tem a seguinte formação: Jabes Rosa (barítono), Aluisio Júnior (baixo), Marcos Simei (1º tenor) e Nivaldo Silva (2º tenor). Juntos têm viajado por várias cidades brasileiras e no mundo sempre adorando o Rei dos reis.
A CPAD Music aproveita a data para parabenizar os irmãos por mais esse ano, e deseja que o Senhor continue derramando ainda mais da sua porção sobre este Ministério!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

GRATUIDADE DO IPTU

Idosos com 60 anos ou mais podem pedir gratuidade do IPTU em Petrópolis, RJ
Exemplo Número 01
Quem se enquadra na chamada “lei do idoso”, que isenta a cobrança do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), deve ficar atento: para garantir o benefício no exercício de 2017, os idosos devem procurar a Secretaria de Fazenda. A lei municipal 9630, de 2012 vale para pessoas com idade acima de 60 anos, que possuem apenas um imóvel, são aposentados e tenham renda de até dois salários mínimos. De acordo com a defensora pública Andréa Carius, o ideal é que as pessoas procurem a Secretaria ainda neste mês, quando as guias de cobrança são emitidas.
- Para que o benefício seja concedido, é importante estar atento para algumas etapas. O requerente deve apresentar algum documento que comprove a renda de até dois salários mínimos. Isso pode ser feito através da declaração do imposto de renda ou pelo espelho da Previdência Social, para quem não é obrigado a declarar – disse a defensora.
Os idosos que já tiveram a cobrança do IPTU zerada por conta da lei em outros anos precisam renovar o pedido para o ano de 2017. Quem já realizou o pedido, mas não obteve resposta, por sua vez, deve procurar a Secretaria de Fazenda, para verificar o andamento do processo administrativo.
- Em alguns casos, o município pode fazer questionamentos com relação aos documentos apresentados. Essas questões devem ser respondidas pelo requerente, para que ele não tenha o pedido indeferido – disse Andréa Carius, informando que o requerimento vale apenas a partir da data da solicitação, ou seja, não é retroativo.
Fonte: Diário de Petrópolis
É importante lembrar também que o endereço da Secretaria de Fazenda mudou: agora, ela está em um prédio anexo ao Palácio Sérgio Fadel – a sede da Prefeitura – Que funciona na Avenida Koëler 260, no Centro da cidade.
Exemplo Número 02
Idosos com direito à isenção de IPTU têm pedidos avaliados em Petrópolis
Prefeitura afirma que 117 novos requerimentos foram feitos na última semana. Pedido pode ser feito durante todo o ano na cidade do RJ; lei é de 2012.
A Secretaria de Fazenda de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, avalia 4.571 pedidos de isenção de IPTU feitos por idosos que se encaixam no perfil da Lei 6.930/12. A isenção é garantida para pessoas com mais de 60 anos, que possuem apenas o imóvel em que moram e têm renda de até dois salários mínimos. Segundo dados divulgados pela Prefeitura, somente entre os dias 18 e 26 de janeiro, 117 idosos protocolaram novos requerimentos, procedimento que pode ser feito em qualquer época do ano.
O pedido deve ser feito na sede da Secretaria de Fazenda, que fica no prédio anexo à Prefeitura, na Avenida Koeler, 260, no Centro. Segundo a Prefeitura, do total avaliado, mais de 4 mil processos estão acumulados desde 2012, ano em que a lei foi aprovada. O secretário de Fazenda, Heitor Luiz Maciel Pereira, explica que para fazer a solicitação "basta que os idosos apresentem os documentos estabelecidos na legislação".
A Lei 6.930/12 estabelece que para ter direito ao benefício, o proprietário deve comprovar a regularidade no pagamento do IPTU dos exercícios anteriores a 2011. Para ser beneficiado, o idoso deve solicitar todo ano o pedido de isenção por meio de requerimento protocolado junto à Secretaria de Fazenda. No momento do protocolo, o proprietário deve apresentar os documentos que comprovem a renda mensal.
Saiba mais

Domingo, 29 de janeiro de 2017

sábado, 28 de janeiro de 2017

ANJOS DANÇANTES

ANJOS MAIS LINDO DO MUNDO
A amamos! Essa menina dança flamenco com uma paixão
VEJA ESTE VÍDEO
Gigi tem apenas dois anos e já encantou mais de 17 milhões de pessoas com seus vídeos dançando flamenco. A paixão da pequena começou quando a família foi até um restaurante conferir uma apresentava do ritmo. A mãe, então, decidiu levar a menina para fazer aulas.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

POESIAS

CORA CORALINA
A Casa Velha da Ponte, onde viveu Cora Coralina na Cidade de Goiás
Nasceu em 20 de Agosto de 1889 na Cidade de Goiás, Império do Brasil. Faleceu em 10 de Abril de 1985, aos 95 anos de idade, no Estado de Goiâna, Brasil..., de nacionalidade brasileira, teve umas da ocupações mais importante na sua vida ser poetisa, tendo como prêmios – Prêmio Juca Pato (1983).
Biografia
Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, adotou o pseudônimo de Cora Coralina, era filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de dona Jacyntha Luiza do Couto Brandão. Ela nasceu e foi criada às margens do Rio Assunção. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa (Goiás).
Começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos, publicando-os posteriormente nos jornais da cidade de Goiânia, e nos jornais de outras cidades, como constitui exemplo o semanário "Folha do Sul" da cidade goiana de Bela Vista e nos periódicos de outros rincões, assim como a revista A Informação Goiana do Rio de Janeiro, que começou a ser editada a 15 de julho de 1917. Apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com a Mestra Silvina (Mestre-Escola Silvina Ermelinda Xavier de Brito (1835 - 1920)). Conforme Assis Brasil, na sua antologia "A Poesia Goiana no Século XX" (Rio de Janeiro:
IMAGO Editora, 1997, página 66), "a mais recuada indicação que se tem de sua vida literária data de 1907, através do semanário 'A Rosa', dirigido por ela própria e mais Leodegária de Jesus, Rosa Godinho e Alice Santana." Todavia, constam trabalhos seus nos periódicos goianos antes dessa data. É o caso da crônica "A Tua Volta", dedicada 'Ao Luiz do Couto, o querido poeta gentil das mulheres goianas', estampada no referido semanário "Folha do Sul", da cidade de Bela Vista, ano 2, n. 64, p. 1, 10 de maio de 1906. No jornal Tribuna Espírita - Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1905.
Ao tempo em que publica essa crônica, ou um pouco antes, Cora Coralina começa a frequentar as tertúlias do "Clube Literário Goiano", situado em um dos salões do sobrado de dona Virgínia da Luz Vieira. Que lhe inspira o poema evocativo "Velho Sobrado". Quando começa então a redigir para o jornal literário "A Rosa" (1907). Publicou, nessa fase, em 1910, o conto Tragédia na Roça.
Em 1911, foi para o estado de São Paulo com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, que exercia o cargo de Chefe de Polícia, equivalente ao de secretário da Segurança, do governo do presidente Urbano Coelho de Gouvêa - 1909 - 1912, onde viveu durante 45 anos, inicialmente no município de Jaboticabal onde nasceram seus seis filhos: Paraguaçu, Enéas, Cantídio, Jacyntha, Ísis e Vicência. Ísis e Enéas morreram logo depois de nascer.
Em 1924, mudou para São Paulo. Ao chegar à capital, teve de permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade. Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a Praça do Patriarca. Seu filho Cantídio participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente, mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, cidade que atualmente, mantém uma casa da cultura com seu nome, em homenagem. Em 1956, retorna a Goiás.
Ao completar 50 anos, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nessa fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás. Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD.
Cora Coralina faleceu em Goiânia, de pneumonia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.
Primeiros passos literários
Os elementos folclóricos que faziam parte do cotidiano de Ana serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se tornasse a dona de uma voz inigualável e sua poesia atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do Centro-Oeste brasileiro.
Senhora de poderosas palavras, Ana escrevia com simplicidade e seu desconhecimento acerca das regras da gramática contribuiu para que sua produção artística priorizasse a mensagem ao invés da forma. Preocupada em entender o mundo no qual estava inserida, e ainda compreender o real papel que deveria representar, Ana parte em busca de respostas no seu cotidiano, vivendo cada minuto na complexa atmosfera da Cidade de Goiás, que permitiu a ela a descoberta de como a simplicidade pode ser o melhor caminho para atingir a mais alta riqueza de espírito.
Divulgação nacional
Foi ao ter a segunda edição (1978) de Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, composta e impressa pelas Oficinas Gráficas da Universidade Federal de Goiás, com capa (retratando um dos becos da cidade de Goiás) e ilustrações elaboradas pela consagrada artista Maria Guilhermina, orelha de J.B. Martins Ramos, e prefácio de Oswaldino Marques, saudada por Carlos Drummond de Andrade no Jornal do Brasil, a 27 de dezembro de 1980, que Aninha, já conhecida como Cora Coralina, ganhou a atenção e passou a ser admirada por todo o Brasil. "Não estou fazendo comercial de editora, em época de festas.
A obra foi publicada pela Universidade Federal de Goiás. Se há livros comovedores, este é um deles." Manifesta-se, ao ensejo, o vate Drummond. A primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais, seu primeiro livro, foi publicado pela Editora José Olympio em 1965, quando a poetisa já contabilizava 75 anos. Reúne os poemas que consagraram o estilo da autora e a transformaram em uma das maiores poetisas de Língua Portuguesa do século XX. Já a segunda edição, repetindo, saiu em 1978 pela imprensa da UFG.
E a terceira, em 1980. Desta vez, pela recém implantada editora da UFG, dentro da Coleção Documentos Goianos. Onze anos depois da primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais, compôs, em 1976, Meu Livro de Cordel. Finalmente, em 1983 lançou Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha (Ed. Global).
Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG (1983). E, logo depois, no mesmo ano, foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores. Dois anos mais tarde, veio a falecer. A 31 de janeiro de 1999, a sua principal obra, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, foi aclamada através de um seleto júri organizado pelo jornal O Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX. Enfim, Cora torna-se autora canônica.
Bibliografia da autora
Em ordem cronológica, as obras de Cora Coralina[4]
·         Meu Livro de Cordel, (poesia), 1976
·         Vintém de Cobre - Meias confissões de Aninha (poesia), 1983
·         Estórias da Casa Velha da Ponte (contos), 1985
·         Meninos Verdes (infantil), 1986 (póstumo)
·         Tesouro da Casa Velha (poesia), 1996 (póstumo)
·         A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (infantil), 1999 (póstumo)
·         Vila Boa de Goias (poesia), 2001 (póstumo)
·         O Prato Azul-Pombinho (infantil), 2002 (póstumo)

Poemas de Cora Coralina

Mãe
Renovadora e reveladora do mundo. A humanidade se renova no teu ventre. Cria teus filhos, não os entregues à creche. Creche é fria, impessoal. Nunca será um lar.
Para teu filho. Ele, pequenino, precisa de ti. Não o desligues da tua força maternal. Que pretendes, mulher? Independência, igualdade de condições... Empregos fora do lar? És superior àqueles que procuras imitar. Tens o dom divino de ser mãe. Em ti está presente a humanidade. Mulher, não te deixes castrar. Serás um animal somente de prazer e às vezes nem mais isso. Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar. Tumultuada, fingindo ser o que não és. Roendo o teu osso negro da amargura.
Poeminha Amoroso. Este é um poema de amor tão meigo, tão terno, tão teu... É uma oferenda aos teus momentos de luta e de brisa e de céu... E eu, quero te servir a poesia numa concha azul do mar ou numa cesta de flores do campo. Talvez tu possas entender o meu amor. Mas se isso não acontecer, não importa. Já está declarado e estampado nas linhas e entrelinhas deste pequeno poema, o verso; o tão famoso e inesperado verso que te deixará pasmo, surpreso, perplexo... eu te amo, perdoa-me, eu te amo...
Humildade Senhor, fazei com que eu aceite minha pobreza tal como sempre foi. Que não sinta o que não tenho. Não lamente o que podia ter e se perdeu por caminhos errados e nunca mais voltou. Daí, Senhor, que minha humildade seja como a chuva desejada caindo mansa, longa noite escura numa terra sedenta e num telhado velho. Que eu possa agradecer a Vós, minha cama estreita, minhas coisinhas pobres, minha casa de chão, pedras e tábuas remontadas. E ter sempre um feixe de lenha debaixo do meu fogão de taipa, e acender, eu mesma, o fogo alegre da minha casa na manhã de um novo dia que começa.
Coração é Terra que Ninguém Vê. Quis ser um dia, jardineira de um coração. Sachei, mondei - nada colhi. Nasceram espinhos e nos espinhos me feri. Quis ser um dia, jardineira de um coração. Cavei, plantei. Na terra ingrata nada criei. 
Semeador da Parábola.... Lancei a boa semente a gestos largos... Aves do céu levaram. Espinhos do chão cobriram. O resto se perdeu na terra dura da ingratidão 
Coração é terra que ninguém vê - diz o ditado. Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho, - Teu coração. Bati na porta de um coração. Bati. Bati. Nada escutei. Casa vazia. Porta fechada, foi que encontrei...
Assim Eu Vejo a Vida. A vida tem duas faces: Positiva e negativa. O passado foi duro, mas deixou o seu legado. Saber viver é a grande sabedoria. Que eu possa dignificar. Minha condição de mulher, aceitar suas limitações. E me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando. Nasci em tempos rudes. Aceitei contradições lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo. Aprendi a viver.
Meu Destino. Nas palmas de tuas mãos leio as linhas da minha vida. Linhas cruzadas, sinuosas, interferindo no teu destino. Não te procurei, não me procurastes –  íamos sozinhos por estradas diferentes. Indiferentes, cruzamos passavas com o fardo da vida.... Corri ao teu encontro. Sorri. Falamos. Esse dia foi marcado com a pedra branca da cabeça de um peixe. E, desde então, caminhamos juntos pela vida...
Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes. O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade. Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende!
Conclusões de Aninha. Estavam ali parados. Marido e mulher. Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça tímida, humilde, sofrida. Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho, e tudo que tinha dentro. Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar novo rancho e comprar suas pobrezinhas. O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula, entregou sem palavra. A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou, se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar e não abriu a bolsa. Qual dos dois ajudou mais? Donde se infere que o homem ajuda sem participar e a mulher participa sem ajudar. Da mesma forma aquela sentença: "A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar." Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada, o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso e ensinar a paciência do pescador. Você faria isso, Leitor?  Antes que tudo isso se fizesse o desvalido não morreria de fome? Conclusão: Na prática, a teoria é outra

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

BELA ARTE DA CONSTRUÇÃO

Há um plano para reconstruir o colosso de Rodes
Uma estátua de bronze de 500 pés do deus grego Hélios, que se erguia sobre a entrada de um porto. Basta pensar no Titã de Bravos de Game of Thrones.
Um coletivo de arquitetos europeus propôs construir uma versão do século 21 do Colosso de Rodes, a estátua grega antiga erguida na ilha de Rodes, no século III a.C. A nova estátua seria de 500 metros de altura e servir como um centro cultural, bem como um farol. Uma das sete maravilhas do mundo antigo, o colosso de Rhodes era uma estátua de bronze de 100 pés de Hélios, deus grego do titã do sol. Foi construído em 280 a.C. Para celebrar uma vitória militar sobre Antigo nus I Monophthalmus, o governante de Chipre que sitiou sem sucesso Rhodes em 305 a.C. O Colossos estava como uma das estruturas as mais altas do mundo antigo até um terremoto o ter derrubado em 226 BC.
Agora, um grupo de arquitetos, engenheiros civis e arqueólogos de toda a Europa querem construir uma versão moderna da estátua, cinco vezes mais alta do que o original. O site do projeto descreve "um edifício contemporâneo de 150 metros de altura que seria usado como um centro cultural, como uma biblioteca, uma sala de exposições e um farol". Os designers querem cobrir todo o exterior com painéis solares para alimentar o enorme edifício.
Para garantir que a estátua não sucumbirá ao mesmo destino que o antigo Colossus, a equipe de engenharia diz que usará "sistemas inteligentes para prevenir as consequências dos terremotos e das forças do vento". Isso equivale a construir a estátua como uma estrutura de tripé - duas pernas e um terceiro apoio do cinturão drapejado sobre o braço do titã e tocar o chão - e colocando um suporte de aço pesado em torno da base para agir como um contrapeso. Um sistema de suspensão permitiria à estátua balançar para a frente e para trás.
O Colossus of Rhodes Project diz em sua declaração de missão que um dos objetivos do projeto é aliviar as dificuldades econômicas que têm atormentado Grécia recentemente, tanto empregando trabalhadores da construção civil e atraindo turistas para a ilha de Rodes. A estátua planejada tem a intenção de "colocar Rhodes novamente no mapa do mundo".
Os patrocinadores estimam o custo da estátua em US $ 283 milhões. Eles acreditam que podem levantar tanto dinheiro através de crowdfunding e investimentos privados. É um plano incrivelmente ambicioso para ter certeza, e não estamos convencidos de que ele nunca vai sair do chão. Mas se o Colosso de Rodes for ressuscitado, navegar para o porto da ilha seria a experiência de uma vida - uma versão da vida real de cruzar em Bravos.

O IMPERADOR

O Imperador etíope

Nascido na província de Arsi, na Etiópia, no ano de 1973, Haile Gebrselassie teve uma infância pobre junto com seus nove irmãos e seus pais, pequenos agricultores. Percorria (correndo) um trajeto de aproximadamente 10 km para ir para a escola todas as manhãs. A volta também se dava pelo mesmo percurso. Essa experiência lhe rendeu, além de um futuro inimaginável na corrida, um pequeno defeito de postura. Como carregava os livros embaixo do braço esquerdo, Haile, por muito tempo, apresentou um jeito peculiar de correr, como se ainda tivesse os objetos de estudo ali, presos.
Aos 16 anos participou da sua primeira prova. Contra corredores mais velhos, o jovem aspirante a atleta largou rápido para o percurso de 1.500 metros. “As pessoas olhavam e diziam: `Vejam esse garoto. Vai desistir daqui a pouco´” lembra Haile, em entrevista à Revista O2 de maio de 2008. Ele não desistiu. Foi além. Venceu a prova e levou para casa, como premiação, um calção e uma camiseta, que guarda até hoje.
Obteve certo reconhecimento em 1992, quando conquistou os 5 mil (13min36s) e os 10 mil metros (28min03s) no Campeonato Mundial de Atletismo Júnior. Porém, a fama veio mesmo no ano seguinte, quando foi ouro nos 10 mil metros do Campeonato Mundial, feito que repetiria mais três vezes, em 1995, 1997 e 1999. Nas olimpíadas, possui duas medalhas de ouro, ambas conquistadas também nos 10 mil metros, em Atlanta 1996 e Sidney 2000.
Na principal cidade australiana, inclusive, durante os jogos, protagonizou juntamente com Paul Tergat umas das mais emocionantes disputas já vistas, na final que lhe rendeu o lugar mais alto do pódio. Ambos eram os favoritos para a conquista do ouro, e percorreram boa parte da prova lado a lado, juntamente com os outros atletas. Nos metros finais, porém, Tergat aumentou a velocidade e disparou na frente. Haile veio no embalo, não deixando o queniano escapar. Nos últimos metros, o Imperador conseguiu ultrapassar Paul Tergat, que teve que se contentar com a prata. Veja abaixo o vídeo:
O imperador
O apelido, pelo qual o atleta é conhecido até hoje, vem de dois motivos distintos. Em alusão ao imperador etíope Haile Selassie, que foi regente da Etiópia entre os anos de 1916 e 1930 e Imperador entre 1930 e 1974 e por causa de seu domínio nas principais provas de fundo nos últimos anos. Geb, como também é chamado, já quebrou nada mais nada menos que 27 recordes mundiais e é o atual recordista da maratona, principal prova do atletismo, com o incrível tempo de 2h03min59s conquistado na Maratona de Berlim em 2008.
Além dos 42 km, o atleta ainda é o detentor dos seguintes recordes: 30 km, com o tempo de 1h27min49s; uma hora, percorrendo a distância de 21.285 metros e 20 mil metros, com a marca de 56min26s. Em campeonatos mundiais Gebrselassie contabiliza um total de oito medalhas de ouro, conquistadas nos 10 mil metros, nos 3 mil metros e nos 1.500 metros.
Bom corredor, boa gente…
Além de um atleta exemplar, Haile é também uma pessoa amada em seu país. Grande parte do dinheiro que recebeu com suas conquistas investiu na Etiópia. Calcula-se que seus empreendimentos empreguem mais de 400 pessoas (dados de 2008). São dois hotéis, uma academia e uma revendedora de carros. Mais de 1.200 alunos estudam nas duas escolas que ele abriu.
“Às vezes ficam chateados comigo porque não distribuo dinheiro. Mostro às pessoas que, se quiserem trabalhar, posso empregá-las. As pessoas não crescem com presentes, mas com oportunidades”, fala Haile, que até para presidente do país já foi cogitado. “Dizem isso de mim. Não sei se um dia serei presidente. Mas realmente quero fazer algo por meu país”.
Aposentadoria?
Recentemente, mais precisamente no último dia 7 de novembro, após abandonar a Maratona de Nova York, prova que participou pela primeira vez em sua carreira e que tinha um grande desejo pessoal de conquista, Haile Gebrselassie decidiu que iria se aposentar. O motivo de deixar a disputa (e também a vida de atleta) são as constantes dores que sente.
“Eu fiz um treinamento realmente muito forte para vencer esta corrida. Não funcionou. Cada vez que eu tenho um problema como este é difícil, e reclamar novamente e novamente é ruim. Vocês sabem quantas vezes eu reclamo? Antes de vir para cá eu treinei tão duro. É melhor parar por aqui”, disse decepcionado em entrevista coletiva logo após a prova.
Porém, já no dia 9 de novembro, em sua página de relacionamento, o corredor escreveu, para a esperança de seus fãs. “Agora é hora de eu pensar em um monte de coisas. Eu ainda amo correr. Eu sempre correrei. Apenas me dê algum tempo para pensar sobre as coisas”. Além da declaração, outro ponto que indica que talvez a decisão de pendurar os tênis seja adiada é que Haile sempre declarou sonhar em disputar sua última Olimpíada em Londres 2012. Mas isso, só o tempo irá dizer.
Identidade:
Nome: Haile Gebrselassie
Nascimento: 18 de abril de 1973
Cidade Natal: Arsi (Ethiópia)
Nacionalidade: Ethíope
Esporte: Atletismo
Olimpíadas: Atlanta, em 1996; Sidney, em 2000; Atenas, em 2004
Medalhas: 2 de ouro

sábado, 21 de janeiro de 2017

G20

G20
O que é o G20, países membros, objetivos do grupo, reuniões, maiores economias do mundo
26/G20
Grupo dos Top 20 da Economia
G20
Mapa-mundial destacando os países do G20
Fundação 1990/2008 (Cúpula)
Membros 20
Presidência Xi Jinping
Sítio Oficial www.g20.org
O que é 
O G20 (Grupo dos 20) é um grupo constituído por ministros da economia e presidentes de bancos centrais dos 19 países de economias mais desenvolvidas do mundo, mais a União Europeia. Criado em 1999, na esteira de várias crises econômicas da década de 1990, o G20 é uma espécie de fórum de cooperação e consulta sobre assuntos financeiros internacionais.
Principais objetivos do G20
- Favorecimento de negociações econômicas internacionais;
- Debates importantíssimos de valores sólidos, sobre Políticas Globais para promover grandes desenvolvimentos econômico mundial de forma sustentável;
- Discussão de regras comuns para a flexibilização do mercado de trabalho;
- Criação de mecanismos voltados para a desregulamentação econômica;
- Criação de formas para liberação do comércio mundial.
Países membros - G20 
África do Sul
Alemanha
Arábia Saudita
Argentina
Austrália
Brazil
Canadá
China
Coreia do Sul
EUA
França
Índia
Indonésia
Itália
Japão
México
Reino Unido
Rússia
Turquia
Países Membro da União Europeia
 Reunião de Cúpula
- A última reunião do G20 (11º Cúpula) aconteceu entre os dias 4 e 5 de setembro de 2016, na cidade de Hangzhou (China). A abertura do encontro foi feita pelo presidente da China Xi Jinping.
Os chefes de estado apresentaram resultados de medidas adotadas, compromissos definidos no último encontro, para a melhoria do desenvolvimento econômico, combate ao crime organizado e terrorismo, imigração, além de questões relacionadas ao meio ambiente (principalmente na redução do uso de combustíveis fósseis para diminuir o aquecimento global). Foram também discutidas medidas para acelerar o desenvolvimento econômico mundial, principalmente investimentos em infraestrutura.
- A próxima Reunião de Cúpula do G20 (12ª edição), ocorrerá entre os dias 07 e 08 de julho de 2017, na cidade de Hamburgo (Alemanha). A de 2018, ainda sem datas definidas, ocorrerá em Buenos Aires, Argentina.
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Durante os dias de ontem e hoje, 4 e 5 de setembro de 2016, a China recebe a Reunião de Cúpula do G20, grupo dos vinte países mais ricos do mundo, um encontro que tem diversos temas importantes em discussão, como o meio ambiente e a economia mundial, e tem a peculiaridade da primeira visita do atual Presidente do Brasil, Michel Temer. O impeachment do Presidente afastada, Dilma Rousseff, ganhou as manchetes no mundo e esse assunto está sendo tratado nas reuniões do grupo e nos diálogos bilaterais.
Sediar o encontro do G20 é importante para os chineses. Segundo a diretora do Instituto de Economia Internacional da Academia de Estudos Internacionais de Shanghai, Zhang Haibing, esse é um momento para mostrar ao mundo a importância que o país ganhou no cenário internacional.
Beijing se preocupa bastante em como os demais países olham para si, por isso, manter uma boa imagem é muito importante para o Governo chinês e quando o país é elogiado por ações positivas o noticiário local dissemina intensamente a informação. 
Atualmente, os Estados Unidos elogiaram a cooperação existente entre chineses e norte-americanos, o que vem ganhando destaque nos principais canais midiáticos do país asiático, destacando-se que este é um dos Acordos de Cooperação China-EUA que não são abalados, mesmo quando há divergência de interesses entre os dois Estados.
O evento receberá a última visita de Barack Obama como Presidente dos EUA, ele que sempre saudou a ascensão pacífica do gigante asiático. Além disso, entrará para a história com a primeira viagem oficial do atual Presidente do Brasil, Michel Temer, que assumiu a Presidência após o afastamento definitivo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Ao longo destes dois dias, Shanghai é o centro das atenções de empresários, governantes e outros interessados na economia e no desenvolvimento mundial. Muito se espera do encontro e, para os chineses, será mais uma oportunidade de apresentar seu grande potencial para o mundo.
No mês de setembro deste ano (2016), a China sediará, pela primeira vez, a reunião de Chefes de Estado dos países membros do G20. Este evento representa uma oportunidade para que possa ela capitalizar o encontro, em uma tentativa de reforçar sua liderança no campo do desenvolvimento internacional.
A China sediou outras reuniões do G20 ainda neste ano, com destaque para a reunião de Ministros das Finanças e Presidentes dos Bancos Centrais dos países membros, que ocorreu na cidade de Chengdu, nos dias 23 e 24 de julho. Entre os assuntos discutidos na pauta podem ser citados: os desafios para o crescimento global, incluindo aspectos ligados a investimentos em infraestrutura; a arquitetura financeira internacional; as reformas no setor de serviços; a criação de impostos internacionais e o financiamento para projetos sustentáveis.
A declaração oficial do Evento afirma que a turbulência global e as incertezas decorrentes da crise econômica de 2008 prejudicam as condições para o desenvolvimento sustentável a nível global. Mais do que isto, afirma-se que o padrão de baixo crescimento dos últimos anos e o acirramento da desigualdade são as causas chaves de diversos problemas sociais visíveis no cenário internacional. Mencionam-se as instabilidades advindas de tensões geopolíticas, fluxos migratórios e, de forma um pouco mais substancial, é abordada a questão da ameaça representada pelo terrorismo.
A recomendação exposta, no entanto, propõe mais do mesmo: que serão utilizadas todas as ferramentas macroeconômicas possíveis para promover o crescimento inclusivo e sustentável e que deve ser mantido o firme apoio à globalização e à liberalização comercial e financeira.
A reunião dos Ministros das Finanças e Presidentes dos Bancos Centrais tem um caráter mais técnico na composição de seus membros e nos assuntos discutidos. A reunião dos Chefes de Estado do G20 deverá apresentar maiores repercussões de cunho político. Espera-se que o encontro apresente um caráter propositivo diferente do modelo tradicional de liberalização.
Em uma conjuntura de grandes desafios à globalização, a liderança chinesa para o desenvolvimento dependerá da capacidade do país de promover um modelo de desenvolvimento diferente do receituário ortodoxo. É importante que sejam abordadas questões que são importantes deficiências para os países em desenvolvimento, tais como: a necessidade de infraestrutura e financiamento; a transferência de conhecimento e tecnologia; além da capacitação de mão de obra.
VEJA ESTAS FOTOS 
Políticos acham e afirmam: - Quanto mais presos tiver,  Brasil mais rico.
 
PURA REALIDADE DE NOSSA VISÃO HOJE
GRANDES OBSERVAÇÕES GLOBAIS A RESPEITOS DE PRESOS NAS PENITENCIÁRIAS
Com cerca de 170.000 detentos agrupados em cerca de 512 prisões, milhares de delegacias e vários outros estabelecimentos, o Brasil administra um dos dez maiores sistemas penais do mundo. No entanto, seu índice de encarceramento--isto é, a razão preso-população--é relativamente moderada. Com uma taxa aproximada de 108 presos por 100.000 habitantes, o Brasil encarcera menos pessoas per capita que muitos outros países da região e, de longe, bem menos do que os Estados Unidos.
Normas Legais Nacionais
A Constituição de 1988 contém garantias explícitas para proteção da população encarcerada, entre essas o inciso onde "é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral". As constituições de certos estados possuem provisões semelhantes. A Constituição do estado de São Paulo determina, por exemplo, que "a legislação penitenciária estadual assegurará o respeito às regras mínimas da Organização das Nações Unidas para o tratamento de reclusos, a defesa técnica nas infrações disciplinares(...)".
A descrição mais detalhada sobre as normas prisionais brasileiras--ou pelo menos suas aspirações para o sistema prisional--pode ser encontrada na Lei de Execução Penal (LEP). Adotada em 1984, a LEP é uma obra extremamente moderna de legislação; reconhece um respeito saudável aos direitos humanos dos presos e contém várias provisões ordenando tratamento individualizado, protegendo os direitos substantivos e processuais dos presos e garantindo assistência médica, jurídica, educacional, social, religiosa e material. Vista como um todo, o foco dessa lei não é a punição, mas, ao invés disso, a "ressocialização das pessoas condenadas". Além de sua preocupação com a humanização do sistema prisional, também incita juízes a fazerem uso de penas alternativas como fianças, serviços comunitários e suspensão condicional.
As Regras Mínimas para o Tratamento do Preso no Brasil, que data de 1994, é um documento, ainda mais obviamente, de aspirações. Consistindo-se de sessenta e cinco artigos, as regras abrangem tópicos tais como classificação, alimentação, assistência médica, disciplina, contato dos presos como o mundo exterior, educação, trabalho e direito ao voto. As regras basearam-se amplamente no modelo nas Regras Mínimas para o Tratamento de Prisioneiros das Nações Unidas e foram oficialmente descritas como um "guia essencial para aqueles que militam na administração de prisões".
Estabelecimentos Prisionais
A população carcerária do Brasil está distribuída em vários estabelecimentos de diferentes categorias, incluindo penitenciárias, presídios, cadeias públicas, cadeiões, casas de detenção e distritos ou delegacias policiais. A LEP estabelece que as várias categorias de estabelecimentos sejam identificáveis por características específicas e que sirvam a tipos específicos de presos. Na prática, no entanto, essas categorias são muito mais maleáveis e a troca de presos das várias classificações entre os diversos estabelecimentos, muito maiores do que a lei sugere. Em teoria, a rota de um preso pelo sistema penal deveria seguir um curso previsível: logo após ser preso, o suspeito criminoso deveria ser levado à delegacia de polícia para registro e detenção inicial.
Dentro de poucos dias, caso não fosse libertado, deveria ser transferido para uma cadeia ou casa de detenção enquanto aguardasse julgamento e sentencia-mento. Se condenado, ele deveria ser transferido para um estabelecimento específico para presos condenados. Ele talvez passasse suas primeiras semanas ou meses num centro de observação, onde especialistas estudariam seu comportamento e atitudes--entrevistando-o, aplicando exames de personalidade e "criminológicos" e obtendo informações pessoais sobre ele--para selecionar o presídio ou outro estabelecimento penal melhor equipado para reformar suas tendências criminosas.
Segundo a LEP, estabelecimentos para presos condenados seriam divididos em três categorias básicas: estabelecimentos fechados, i.e., presídios; semiaberto, que incluem colônias agrícolas e industriais; e estabelecimentos abertos, i.e., casa do albergado. Um preso condenado seria transferido para um desses estabelecimentos segundo o período de sua pena, o tipo de crime, periculosidade avaliada e outras características. No entanto, se ele iniciasse o cumprimento de sua pena em um presídio, ele deveria normalmente ser transferido para um do tipo menos restritivo antes de servir toda sua pena, permitindo assim que ele se acostumasse com uma liberdade maior--e, de forma ideal, ganhasse noções úteis--antes de retornar à sociedade.
Como este relatório descreve, a realidade no Brasil passa longe das descrições da lei. Primeiro, o sistema penal do país sofre a falta de uma infraestrutura física necessária para garantir o cumprimento da lei. Em muitos estados, por exemplo, as casas dos albergados simplesmente não existem; em outros, falta capacidade suficiente para atender o número de detentos. Colônias agrícolas são igualmente raras. De fato, como será descrito de forma pormenorizada abaixo, não existem vagas suficientes nos presídios para suportar o número de novos detentos, forçando muitos presos condenados a permanecerem em delegacias durante anos.
Os estabelecimentos penais brasileiros espalham-se por todo o país, mas estão mais concentrados nos arredores das zonas urbanas e regiões mais populosas. São Paulo, o estado mais populoso do Brasil, tem de longe a maior população carcerária. De fato, só o estado de São Paulo mantém cerca de 40% dos presos do país, uma população carcerária maior do que a da maioria dos países latino-americanos. Outros estados com significativas populações carcerárias são o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Paraíba.
Oito dos vinte e seis estados do Brasil, por outro lado, mantêm cada um menos do que mil presos. Dentre esses estão vários com os mais baixos índices de encarceramento; em outras palavras, suas pequenas populações carcerárias não apenas refletem seus menores números de habitantes como também que se prende uma proporção menor de pessoas. Alagoas, por exemplo, possui um índice de encarceramento de 17.8 presos por 100.000 habitantes em 1995--o menor índice do Brazil--daí o estado só mantinha 478 pessoas confinadas, muito embora fique entre os estados brasileiros de população de médio porte.
Autoridades Responsáveis
O Brasil, na verdade, não possui um sistema penal e sim muitos. Como nos Estados Unidos e outros países, embora diferentemente da maioria dos países latino-americanos, as prisões, cadeias e centros de detenção no Brasil são administrados pelos governos estaduais. Isto é, cada um dos vinte e seis governos estaduais, assim como o governo do Distrito Federal, administra um conjunto separado de estabelecimentos penais com uma estrutura organizacional distinta, polícias independentes e, em alguns casos, leis de execução penal suplementares. A independência da qual os estados gozam ao estabelecer a política penal reflete na ampla variedade entre eles em assuntos tão diversos como os níveis de superlotação, custo mensal por preso e salários dos agentes carcerários.
A estrutura estadual dos sistemas penais não segue um modelo rígido. Mais frequentemente, o poder executivo estadual, que é liderado pelo governador, administra o sistema prisional através de sua Secretaria de Justiça, enquanto sua Secretaria de Segurança Pública, órgão encarregado das polícias, geralmente gerencia as delegacias de polícia. (Estabelecimentos denominados de cadeias públicas ou cadeiões podem recair sobre qualquer uma das secretarias.) No entanto, são muitas as exceções a esse modelo. No estado de São Paulo, de forma mais notável, o sistema prisional tem sua própria secretaria, como recomendado pela LEP. No estado do Amazonas, por outro lado, até recentemente, tanto os presídios quanto as delegacias estavam sob o controle da Secretaria de Segurança Pública.
O papel dos juízes
Segundo a LEP, as responsabilidades judiciais para com os presos não terminam com o pronunciamento da sentença. Muito pelo contrário, os juízes têm a obrigação central de conduzir os presos pelos vários estágios do sistema penal. Dentre suas atribuições estão a avaliação e determinação sobre os pedidos de transferência dos presos para regimes menos restritivos (i. e. do regime fechado para semiaberto) ou simplesmente para outras prisões; autorizando saídas temporárias, livramento condicional, suspensão condicional e convertendo um tipo de pena em outro.
Da mesma forma que os estados têm autonomia para determinar as secretarias do poder executivo, também gozam de um grau de liberdade para estabelecer seus próprios sistemas judiciais de supervisão dos presos, resultando em algumas variações de estado para estado. Muitos dos estados estabeleceram postos especializados denominados de juízes da vara de execução penal ou juízes de execuções criminais para trabalhar especificamente a questão dos presos, tanto em tempo integral quanto parcial.
São Paulo, com sua enorme população carcerária, tem um número substancial desses juízes. Em áreas sem tais cargos, o juiz que sentenciou um determinado preso permanece responsável pelo seu caso durante todo o tempo que ele permanecer na prisão. Presos provisórios são normalmente supervisionados pelos juízes que presidem seus casos criminais, mas pelo menos em um estado, São Paulo, foi estabelecido o cargo de juiz corregedor da polícia para supervisionar os presos mantidos em estabelecimentos sob o controle da Secretaria de Segurança Pública.
O papel do governo federal
Autoridade estadual sobre presídios não quer dizer que o governo federal esteja totalmente ausente dessa área. Dentro do Ministério da Justiça operam duas agências federais preocupadas com a política prisional, o Departamento Penitenciário e o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Esses dois grupos, que até recentemente eram presididos pela mesma pessoa, possuem áreas de interesses diferentes: o primeiro é primordialmente incumbido com aspectos práticos, tais como o financiamento para construção de novos presídios, enquanto o outro tem seu foco na orientação das políticas em nível intelectual.
Uma contribuição importante do Conselho Nacional é a pesquisa e publicação do Censo Penitenciário Nacional. Baseado em pesquisas coletadas pelas autoridades prisionais estaduais, o censo contém informação relevante e estatísticas sobre os presos, agentes penitenciários e outros funcionários do sistema penal, custos do encarceramento e o estado da infraestrutura das prisões no Brasil. O censo é atualizado de dois em dois anos. O mais recente foi divulgado à imprensa no princípio de 1998, mas não foi distribuído ao público de outra forma. O Conselho Nacional recomenda projetos de lei sobre prisões e assuntos relacionados a fim de remediar problemas como a superlotação.
ISSO PODE MUDAR? 
CLARO