segunda-feira, 7 de agosto de 2017

NÃO É + FICÇÃO CIENTÍFICA

Os constantes esforços científicos em torno da produção de órgãos artificiais vêm gerado resultados impressionantes que prometem, em um futuro próximo, diversos benefícios para a população mundial, principalmente em termos de transplantes de órgãos.
É grande hoje a pesquisa sobre órgãos e tecidos artificiais, apesar de alguns dispositivos inorgânicos como o marca-passos, um dispositivo com o objetivo de regular os batimentos cardíacos, já existirem e fazerem parte do cotidiano contemporâneo. 
A produção de tecidos a partir de células-tronco é alvo de pesquisadores há algum tempo. Inicialmente, vislumbrou-se a possibilidade de utilização de células maduras do próprio paciente, cujos núcleos eram transferidos para o citoplasma de um óvulo, uma técnica conhecida como clonagem terapêutica. Contudo, apesar dos esforços, a ciência ainda não conseguiu aperfeiçoar tal metodologia para uso.
A formação in vitro de órgãos, lança luz a novas possibilidades para ciência. A técnica utiliza líquido amniótico que é perdido no momento do parto. Este material poderá, inclusive, ser armazenado para utilização futura, como já é feito com as células-tronco do sangue de cordão umbilical, material rico em células-tronco que, possivelmente, poderão ser utilizadas em conjunto com o líquido amniótico para formação de tecidos e órgãos. 
Em 2011, na Espanha, líder mundial de transplantes, inaugurou em Madri um laboratório pioneiro na criação de órgãos bioartificiais com células-tronco. O objetivo é esvaziar os corações e outros órgãos humanos inaptos para transplantes de seu conteúdo celular e "recelularizá-los” com células-tronco do paciente que possam reconstruir o interior do órgão.
Acerca do que já vem sido desenvolvido podemos citar algumas pesquisas de potencial relevância na área, no entanto são infindáveis o número de produções científicas em torno do assunto.
Em 9 de junho de 2011 no Hospital Universitário Karolinska, na Suécia foi realizado pela primeira vez o transplante de Traquéia artificial,com sucesso. O órgão foi sintetizado a base de um material sintético conhecido como nanocompósito. Um biorreator especial foi construído para "semear" o nanocompósito com as células-tronco retiradas do paciente, para que elas pudessem se desenvolver e formar a nova traqueia. 
Dez dias depois pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology, dos Estados Unidos, informaram sobre a criação de um fígado humano artificial, fabricado completamente em laboratório. O órgão foi produzido a partir de uma mistura de hepatócitos humanos (células que compõem o fígado) com fibroblastos (células de suporte) extraídas de ratos. Os fígados artificiais foram implantados em cobaias, e integraram-se ao organismo das mesmas cerca de uma semana após ser implantado.
Cientistas já produziram também em laboratório os três tipos principais de células que formam os vasos sanguíneos. A pesquisa, foi realizada na Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, e publicada na revista científica Nature Biology.
A fabricação de vasos sanguíneos artificiais pode ser uma alternativa menos arriscada do que alguns procedimentos cirúrgicos envolvendo o sistema circulatório. Como pontes de safena e stents.
O Brasil não fica de fora, um grupo do Centro de Nanotecnologia e Engenharia de Tecidos da Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, preparam os primeiros testes de um modelo misto para o desenvolvimento de pele humana. “Esperamos, com isso, melhorar a integração desse tecido ao sistema biológico do paciente transplantado”, esclarece Antônio Claudio Tedesco, coordenador do laboratório.
Além da bexiga e da uretra, outros 30 tecidos e órgãos construídos em laboratório estão em estudo nos laboratórios da Wake Forest.
A pesquisas não se limitam apenas à produção de órgãos para transplantes, também vem sendo realizadas pesquisas de síntese de dispositivos capazes de imitar a estrutura e a fisiologia de certos órgãos, constituindo plataformas de testes muito melhores do que órgãos de animais ou culturas planas. 
Muitos são os benefícios que trazem a elaboração de órgãos artificiais. Além de reduzir os riscos de rejeição, as enormes filas de transplantes serão reduzidas e também visam uma maior sobrevida destes órgãos, aumentando a qualidade de vida do paciente. 
Referências:

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