Os constantes
esforços científicos em torno da produção de órgãos artificiais vêm gerado
resultados impressionantes que prometem, em um futuro próximo, diversos
benefícios para a população mundial, principalmente em termos de transplantes
de órgãos.
É grande hoje a pesquisa sobre órgãos e tecidos
artificiais, apesar de alguns dispositivos inorgânicos como o marca-passos, um
dispositivo com o objetivo de regular os batimentos cardíacos, já existirem e
fazerem parte do cotidiano contemporâneo.
A produção de tecidos a partir de células-tronco é
alvo de pesquisadores há algum tempo. Inicialmente, vislumbrou-se a
possibilidade de utilização de células maduras do próprio paciente, cujos
núcleos eram transferidos para o citoplasma de um óvulo, uma técnica conhecida
como clonagem terapêutica. Contudo, apesar dos esforços, a ciência ainda não
conseguiu aperfeiçoar tal metodologia para uso.
A formação in vitro de órgãos, lança luz a novas
possibilidades para ciência. A técnica utiliza líquido amniótico que é perdido
no momento do parto. Este material poderá, inclusive, ser armazenado para
utilização futura, como já é feito com as células-tronco do sangue de cordão
umbilical, material rico em células-tronco que, possivelmente, poderão ser
utilizadas em conjunto com o líquido amniótico para formação de tecidos e
órgãos.
Em
2011, na Espanha, líder mundial de transplantes, inaugurou em Madri um
laboratório pioneiro na criação de órgãos bioartificiais com células-tronco. O
objetivo é esvaziar os corações e outros órgãos humanos inaptos para
transplantes de seu conteúdo celular e "recelularizá-los” com
células-tronco do paciente que possam reconstruir o interior do órgão.
Acerca
do que já vem sido desenvolvido podemos citar algumas pesquisas de potencial
relevância na área, no entanto são infindáveis o número de produções científicas
em torno do assunto.
Em
9 de junho de 2011 no Hospital Universitário Karolinska, na Suécia foi
realizado pela primeira vez o transplante de Traquéia artificial,com sucesso. O
órgão foi sintetizado a base de um material sintético conhecido como
nanocompósito. Um biorreator especial foi construído para "semear" o
nanocompósito com as células-tronco retiradas do paciente, para que elas
pudessem se desenvolver e formar a nova traqueia.
Dez
dias depois pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology, dos Estados
Unidos, informaram sobre a criação de um fígado humano artificial, fabricado
completamente em laboratório. O órgão foi produzido a partir de uma mistura de
hepatócitos humanos (células que compõem o fígado) com fibroblastos (células de
suporte) extraídas de ratos. Os fígados artificiais foram implantados em
cobaias, e integraram-se ao organismo das mesmas cerca de uma semana após ser
implantado.
Cientistas
já produziram também em laboratório os três tipos principais de células que
formam os vasos sanguíneos. A pesquisa, foi realizada na Universidade de
Cambridge, na Grã-Bretanha, e publicada na revista científica Nature Biology.
A
fabricação de vasos sanguíneos artificiais pode ser uma alternativa menos
arriscada do que alguns procedimentos cirúrgicos envolvendo o sistema
circulatório. Como pontes de safena e stents.
O
Brasil não fica de fora, um grupo do Centro de Nanotecnologia e Engenharia de
Tecidos da Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto, interior de São
Paulo, preparam os primeiros testes de um modelo misto para o desenvolvimento
de pele humana. “Esperamos, com isso, melhorar a integração desse tecido ao
sistema biológico do paciente transplantado”, esclarece Antônio Claudio Tedesco,
coordenador do laboratório.
Além
da bexiga e da uretra, outros 30 tecidos e órgãos construídos em laboratório
estão em estudo nos laboratórios da Wake Forest.
A
pesquisas não se limitam apenas à produção de órgãos para transplantes, também
vem sendo realizadas pesquisas de síntese de dispositivos capazes de imitar a
estrutura e a fisiologia de certos órgãos, constituindo plataformas de testes
muito melhores do que órgãos de animais ou culturas planas.
Muitos
são os benefícios que trazem a elaboração de órgãos artificiais. Além de
reduzir os riscos de rejeição, as enormes filas de transplantes serão reduzidas
e também visam uma maior sobrevida destes órgãos, aumentando a qualidade de
vida do paciente.
Referências:
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