sábado, 30 de maio de 2015

A VIRADA DO SÉCUO

O QUE CIENTISTAS PENSAM DO MUNDO (TERRA)
VEJA ESTE VÍDEO - IMPRESSIONANTE A PERSONALIDADE DESTE MENINO DE APENAS 10 ANOS DE IDADE
Conheça o estudante Gustavo Gomes da Silva, de 10 anos, que tem a MELHOR mensagem aos intolerantes do Brasil
Não é segredo para ninguém que o Brasil vive um momento de intolerância e polarização da sociedade, seja no campo social, política ou religioso. Para combater isso, o que resta? A educação. Não, a opinião não é só nossa.
O menino Gustavo Gomes da Silva tem apenas 10 anos, é negro, mas certamente tem mais noção do que muita gente que você conhece. Quer uma prova? Eis o que ele respondeu sobre o incentivo à cultura africana nas escolas.
“Eu já conhecia algumas outras histórias africanas. Eu acho que é muito bom, gosto muito das histórias africanas, gosto de ouvir, contas, às vezes até de fazer. Se eu sou mesmo afrodescendente, esse afrodescendente gosta de contar, de fazer história, porque mesmo que não apareça a moral, como nas fábulas, (elas) têm uma moral ali escondida que você toma (para si). Você aprende a ser humilde, a ser forte, aprende a respeitar os outros, assim como a gente deve ser”.
E não foi só. Para Gustavo, ler sobre a cultura africana desde cedo ajuda não só aos afrodescendentes, mas todos os estudantes. A resposta dele sobre o racismo e a intolerância é a MELHOR!
“Acho que aprendem a respeitar, aprendem que ninguém pode viver sozinho, viver isolado. Todo mundo tem que estar em conjunto, em uma equipe bem grande, para a gente combater o preconceito, a fome, combater praticamente tudo. Sempre se cria um debate, sempre vai haver alguém que é racista, que vai ter uma opinião diferente, por isso que eu gosto de sempre aprender alguma coisa, não para debater com ela, mas mostrar como que é ser negro, mudar o ponto de vista da pessoa como você se vê.
Você saber pedir, saber respeitar não é ser fraco. Ser fraco é você não pedir, não respeitar, não ajudar para não parecer fraco. Isso é ser fraco. Nunca é bom ser arrogante com as pessoas, nunca é bom tentar debater com a pessoa para deixar ela no chão, você tem que fazer a pessoa ver o seu ponto de vista. Isso vai mostrar para a pessoa que ‘você é negro, você é isso, você é aquilo’, não. Sou negro, mas eu tenho dois olhos, dois braços, duas pernas, dois rins, um pâncreas, um fígado, tudo o que você tem. O que muda é a cor da pele e a personalidade, porque o caráter é a única coisa que em quase nada pode mudar”.
As declarações de Gustavo foram feitas pela reportagem da Rede TVT, durante uma matéria sobre o Projeto Leituraço, realizado pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo em 2014. A reportagem do ano passado voltou a viralizar nas redes sociais nesta semana.

Gostou do Gustavo? A TVT fez uma segunda reportagem sobre ele, mostrando que o combate ao racismo começa também em casa.
+ UM VÍDEO DE GUSTAVO GOMES DA SILVA DE APENAS 10 ANOS DE IDADE
UMA PRESENTE DE DEUS
FAZ UMA CRIANÇA SER CAPEÃ COM DETERMINAÇÃO
VEJA

quarta-feira, 20 de maio de 2015

UM PRESENTE DE DEUS

VEJA ESTE VÍDEO
MÉDICOS CAPACITATADOS + NÃO É DO BRAZIL
COSTA RICA
UM PRESENTE DE DEUS - NÓS NÃO ESTAMOS SÓ
VEJA ESTE VÍDEO
NÓS NÃO SOMOS NADA, DIANTE DO IMENSO UNIVERSO DE DEUS
VEJA O CHORO MAIS LINDO DO MUNDO DESATE BEBÊ

Vídeo: Bebê se emociona ao ouvir mãe cantar

Um bebê de dez meses, muito lindo, já ganhou as atenções de quase 600 mil pessoas no Youtube. No vídeo, uma mãe canadense canta para a filha Mary Lynne Leroux. Até aí tudo bem, não fosse o fato da pequena começar a chorar como se estivesse realmente emocionada.  A cena é linda e a voz de Amanda também. A mamãe canta "My Heart Can't Tell You No", de Rod Stewart. A filmagem ganhou espaço no site americano The Huffington Post. A publicação conta que a mãe se considera tímida para cantar em público.
VEJA ESTE VÍDEO
O Fantástico explica como as emoções se desenvolvem numa criança. A bebê da reportagem se chama Mary Lynn e a mãe dela gosta de cantar para filha. E capricha numa música romântica dos anos 80. A Mary Lynn se transforma, faz beicinho, sorri e até parece que vai chorar. O pai dela postou o vídeo na internet há duas semanas e já foi visto 18 milhões de vezes. Deixou muita gente emocionada e outras em dúvida.
Mas por que ele começou a chorar? “Não é normal uma criança chorar ouvindo uma música”, destaca a mãe Ana Patrícia Ferreira. A partir de quando começa a nossa capacidade de se emocionar? O que que mexe com a gente? Já é conhecida a força que a música tem para despertar os sentimentos. Mas e com os bebês? O Fantástico acompanhou mães cantando para seus bebês numa creche onde as crianças têm a mesma idade de Mary Lynn, dez meses.
“As crianças nessa idade estão com isso bem desenvolvido, essa capacidade de explorar o ambiente ter a noção de que alguns sons representam coisas. Ela então já tem uma capacidade de atenção bem maior”, destaca o neurologista Charles André.
Os bebês prestam atenção na mãe, mas será que se comovem ainda tão novinhos? Para a psicóloga Renata Castro, a bebê se comove não pela música, mas pela ligação que tem com a mãe. “Já perto de um ano, a criança, ela começa a desenvolver a empatia. Ela deve ter um vínculo com essa mãe muito forte. A partir do momento que ela vê a mãe cantar, por empatia, entende a emoção da mãe naquele canto e toca ela”, disse a psicóloga.
Amanda é mãe de Mary Lynn. A canadense conta que a pequena não é chorona, mas não se comove com qualquer música, só com essa. A balada ficou famosa na voz do cantor inglês Rod Stewart. A letra fala de um coração partido. Mas Mary Lynn compreende que é uma canção triste? “Nós culturalmente sabemos o que é uma música romântica, o que é uma música agitada. Para criança, isso, esse aprendizado não está presente. E muito menos uma capacidade de entender aquela letra de forma clara ‘ah isso é uma mensagem triste’, explica o neurologista.
Essa capacidade só aparece mais tarde. “Dos dois aos três anos, ela já está com um vasto leque de sentimentos, emoções. Ela não está mais tão presa ao vínculo da mãe. Começa a fase do faz- de conta, que também aguça a parte sentimental, emocional”, destaca a psicóloga. Amanda garante que não foi truque. Senão, Mary Lynn ia chorar bem alto. O beicinho de Mary Lynn não é o único a tremer por aí.
A internet está cheia de bebês fofos que desmontam com uma cantoria. “Eu diria para todas as mães, cante bastante para seu filho. É uma ligação muito legal a criança ouvir cantar. Cante na hora do banho, cante na hora de dormir, cante na hora de brincar, canta na hora de acordar, porque é uma ligação muito gostosa”, diz Ana.
VEJA ESTE VÍDEO - BEBÊ NÃO ESTÁ NEM AÍ
SENHOTA MENDIGA, MUITO IDOSA TOCANDO UM PIANO NA RUA
UM PRESENTE DE DEUS E NO ENTANTO, NÓS NÃO NOTAMOS
UM PRESENTE DE DEUS - VEJA

MAIS UM GRANDE EXEMPLO DA PRÁTICA NA CARIDADE HUMANA
VEJA ESTE VÍDEO
VEJA, COMPREENDA E REFLITA

UM PRESENTE DE DEUS - VEJA
+ UM PRESENTE
UM PRESENTE DE DEUS

UM PRESENTE DE DEUS A TODAS AS IDADES
UM PRESENTE DE DEUS, LINDO E MARAVILHOSO
VEJA QUE AMOR DE ANJO PEQUENINO
UM PRESENTE DE DEUS - BLUES

PRA DEUS, SOMOS IGUAIS
UM PRESENTE DE DEUS - ELE NÃO COME CARNE
VEJA - IMPRESSIONISTIC

+ UM PRESENTE DE DEUS
VEJA QUE LOGEVIDADE
Quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Hidekichi Miyazaki imitando o gesto famoso de Usain Bolt - Foto: Reprodução Kyodo News.
O Japonês Hidekichi Miyazaki, conhecido como “Golden Bolt”, entrou para o Guinness Book (Livro dos Recordes), como o atleta mais rápido do mundo na prova dos 100m rasos, categoria acima de 105 anos. O japonês cravou 42,22 segundos na prova realizada nesta quarta-feira (23/09) na cidade de Kyoto. "Não estou satisfeito com o tempo", reclamou, depois de cruzar a meta. "Ia tão devagar durante a prova que tive vontade chorar". "Talvez esteja envelhecendo um pouco", disse, com um sorriso no rosto.
Miyazaki correu todo o trajeto com passadas superelegantes, dignas de um atleta profissional. Ao término da prova, imitou a famosa pose imortalizada pelo campeão e recordista mundial dos 100m, Usain Bolt, onde recebeu posteriormente os aplausos e flores dos bisnetos que o aguardavam emocionados na reta final. Audacioso, o japonês ainda afirmou com um sorriso no rosto: "Quero disputar uma corrida com Usain Bolt”.
Nota: Hidekichi Miyazaki entrou para o Guinness pelo fato de não haver registro oficial de nenhum tempo obtido nessa faixa etária. Em 03 de outubro de 2010, aos 100 anos, ele estabeleceu o recorde mundial da prova em sua categoria, com o tempo de 29.83s.

Na cola do japonês está o atleta brasileiro Frederico Fisher. Ele é o detentor do recorde mundial nas categorias M90 (para atletas acima de 90 anos) com o tempo de 17.53 e M95 (para atletas acima de 95 anos), com o tempo de 20.41s. Fisher ainda está em plena atividade, hoje com seus 99 anos de idade.

O ator Johnny Depp chegou hoje ao Brasil para tocar no Rock in Rio e além de doar 211 aparelhos auditivos a quem estava na fila do SUS, ajudou a colocar os aparelhos nas pessoas e zerou a fila do nosso precário sistema de saúde! Exerceu a cidadania fora de seu país com um belo ato de generosidade e compaixão! Meu enorme respeito a este Nobre Ser Humano !!!

Faça o Bem Sem Olhar a Quem

QUE DETERMINAÇÃO HÉM!
Este vídeo de uma criança de 8 anos de idade com paralisia cerebral Terminar um Triathlon, que na verdade determinação para ele é tudo
"Ele não vê a si mesmo como diferente de qualquer outra pessoa", diz a mãe de Bailey Matthews.
Oito anos Bailey Matthews partir de Nottinghamshire, Inglaterra do Norte podem ter paralisia cerebral, mas ele não ia deixar uma condição que afeta a mobilidade ficar no caminho de completar um triatlo esgotante.
Centenas de pessoas vibraram Matthews sobre a linha de chegada no sábado depois que ele completou um mergulho de 100 metros, 4.000 metros passeio de bicicleta e correr 1.300 metros no Castelo Howard Triathlon em North Yorkshire, relata o Yorkshire Post.
Matthews usou um andador especialmente adaptado para ajudá-lo em volta do campo, mas em metragem publicado on-line pelo usuário do YouTube Andrew Cannon, ele pode ser visto empurrando o quadro de lado para terminar os últimos 20 metros sem ajuda.
"Você pode ver seu rostinho quando ele deu a volta e vi todos, que era sua maneira de terminar em estilo e mostrar a todos o que ele poderia fazer. Foi a resposta da multidão que o empurrou para fazer isso ", sua mãe Julie Hardcastle disse ao Yorkshire Post.
Matthews nasceu nove semanas início e aos 18 meses foi diagnosticado com paralisia cerebral, uma desordem neurológica que afeta o ônus ​​muscular, movimento e habilidades motoras.
"Ele sempre lutou com se vestir, coisas que os pais de outras crianças tomam para concedido, ele luta com, apenas a cada dia as coisas são mais difíceis para ele, mas ele nunca deixa incomodá-lo. Ele não vê a si mesmo como diferente de qualquer outra pessoa ", disse a mãe.
Matthews pegou sua determinação para completar um triatlo de seu pai, ele próprio um triatleta, que usou para empurrar seu filho em uma cadeira de rodas em torno de eventos de corridas semanas.
UM PRESENTE DE DEUS
OLHA QUE NENENZINHO DE FOFURA
QUE VOZ - UM PRESENTE DE DEUS

Righteous Brothers - Unchained Melody [Live - Best Quality] (1965)
Eu tenho que te dizer, eu estava verdadeiramente abençoada por ter nascido na década de 50 para realmente apreciar toda a música dos anos 60 e 70 do A Hora do WONDER & Joy... Esta canção envia calafrios para cima e para baixo minha espinha... Traz lágrimas aos meus olhos... Absolutamente lindo ... a música, as letras e os vocais ... "Velocidade do deus seu amor para mim" Enjoy..¸¸¸. • * ¨ * ..Peace
Dvd - Ghost - Do Outro Lado Da Vida
Diário de Pernambuco-19 de ago de 2015
Patrick Swayze morreu em 14 de setembro de 2009. Vai fazer seis anos. Nesta terça, 18 de agosto, ele estaria completando 63 anos. Mais um ...
veja - + um presente de Deus
+ UM PRESENTE DE DEUS
Crianças de 5 aninhos
UM PRESENTE DE DEUS
Humor - Um presente de Deus
fantastico - veja
+ UM PRESENTE DE DEUS NA CRIAÇÃO
Um presente de Deus, enviar um Anjo pra cuidar dos animais - Wilson Martins Coutinho
VEJA

Resultados da pesquisa

Blog da Mimis - Qualidade de vida, comportamento e bem ...

quinta-feira, 14 de maio de 2015

A ORIGEM DA TERRA

NADA É POR UM ACASO - DEUS SABE O QUE FAZ
VEJA
CUIDAMOS JUNTOS
O Dia da Terra 2013 - ou, oficialmente, Dia Internacional da Mãe Terra - é uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2009 para marcar a responsabilidade coletiva para promover a harmonia com a natureza e a Terra e alcançar um balanço entre economia, sociedade e ambiente.
"O Dia Internacional da Mãe Terra é uma chance de reafirmar nossa responsabilidade coletiva para promover a harmonia com a natureza em um tempo em que nosso planeta está sob ameaça da mudança climática, exploração insustentável dos recursos naturais e outros problemas causados pelo homem. Quando nós ameaçamos nosso planeta, minamos nossa própria casa - e nossa sobrevivência no futuro", diz mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Contudo, a história dessa comemoração é bem mais antiga. O primeiro Dia Nacional da Terra ocorreu em meio ao movimento hippie americano, em 1970. Se por um lado a música e os jovens eram engajados, de outro os americanos viviam com seus carros com motor V8 e a indústria despejando produtos poluidores com pouco medo de represálias legais.
A ideia de uma data para marcar a luta pelo ambiente veio do senador Gaylord Nelson, após este ver a destruição causada por um grande vazamento de óleo na Califórnia, em 1969. Ele recebeu o apoio do congressista republicano conservador Pete McCloskey e recrutou o estudante de Harvard Denis Hayes como coordenador da campanha.

No dia 22 de abril, 20 milhões de pessoas nos Estados Unidos saíram às ruas para protestar em favor de um planeta mais saudável e sustentável. Milhares de escolas e universidades organizaram manifestações contra a deterioração do ambiente e engrossaram os grupos ambientalistas. Foi um raro momento que juntou até mesmo democratas e republicanos. O resultado prático foi a criação da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e dos atos do Ar Limpo, Água Limpa e das Espécies Ameaçadas. "Foi uma aposta", lembra o senador, "mas funcionou."

CRIATIVIDADES

VEJA A PERFEIÇÃO HUMANA
DESENHO EM 3D NA PALMA DA MÃO! SENSACIONAL
história do desenho (ou “pré-história”) começa quase que ao mesmo tempo em que a do homem. Nas cavernas ficaram gravados, por meio de desenhos, os hábitos e experiências dos primitivos “homens das cavernas” que usavam as pinturas rupestres como forma de se expressar e comunicar antes mesmo que se consolidasse uma linguagem verbal. Ao longo dos séculos o desenho passou a ser utilizado cada vez de formas mais diferentes. Sendo até mesmo, um precursor da linguagem escrita, da fotografia e assim, do cinema, e até mesmo das representações cartográficas.
Ora ilustrando templos sagrados e tumbas, como dos egípcios onde se vê relatada, praticamente, todas as histórias da vida cotidiana e mesmo da vida após a morte, ora representando os deuses mitológicos gregos, ou ainda, conduzindo navegantes por mares desconhecidos como durante os séculos XV e XVI e nos séculos posteriores, a arte de desenhar acompanhou o homem durante todo seu desenvolvimento fazendo parte de sua história e, ainda hoje, é capaz de surpreender e encantar a qualquer um que se permita uma breve contemplação.
Na pré-história o desenho surgiu como forma de as pessoas se comunicarem facilitando o desenvolvimento de uma linguagem falada e escrita. Não que o homem tenha aprendido a desenhar antes de falar, porque isso é praticamente impossível de determinar uma vez que a linguagem falada não deixa marcas em paredes como as pinturas rupestres. Mas é inegável que a expressão por meio de pinturas facilitou a comunicação para aqueles povos.
Na antiguidade o desenho ganha status sagrado, principalmente no Egito, onde é usado para decorar tumbas e templos. Tanto o é que, para os antigos egípcios uma grave condenação para alguém após a morte é ter raspados todos os desenhos e inscrições de sua tumba. Mesopotâmicos, Chineses e povos do continente Americano desenvolveram cada qual um sistema diferente de desenhar, com significados próprios e que caracterizaram cada população. Da mesma forma ocorreu na antiguidade clássica, quando gregos e romanos utilizaram o desenho para representar seus deuses. Já na mesopotâmia o desenho foi utilizado para criar representações da terra e de rotas de forma bastante primitiva. O nascimento da representação cartográfica de rotas comerciais e domínios ganha fôlego com a expansão do Império Romano e a popularização de suas cartas.
Mas um acontecimento realmente importante para todas as formas de desenho foi a invenção do papel pelos chineses há mais de três mil anos. Até então eram usados diferentes materiais para as representações como blocos de barro ou argila, couro, tecidos, folhas de palmeira, pedras, ossos de baleia, papiro (uma espécie de papel mais fibroso muito usado pelos egípcios) e até mesmo bambu.
Estima-se que por volta do ano VI a.C. os chineses já utilizassem um papel de seda branco próprio para desenho e escrita. Mas, o papel da forma que conhecemos hoje surgiu em 105 d.C. tendo sido mantido em segredo pelos chineses durante quase 600 anos. A técnica, embora tenha evoluído, ainda mantém o mesmo princípio de extração de fibras vegetais, prensagem e secagem. Os apetrechos utilizados para fazer o desenho também foram bem diferentes até que se inventasse a tão comum caneta em esferográfica, em 1938. O primeiro “utensílio” usado para desenhar foram os dedos com os quais os homens da caverna fizeram suas pinturas rupestres, depois foram usados pelos babilônicos pedaços de madeira ou osso em formato de cunha para desenhar em tábuas de argila (daí o nome da escrita “cuneiforme”).
Com a invenção do papiro pelos egípcios foi necessário desenvolver outros materiais para escrita e o desenho. Passaram então a ser utilizados madeira e ossos molhados em tinta vegetal e, depois, as famosas penas ou ainda o carvão que já era utilizado pelo homem das cavernas. As penas, no século XVIII, passaram a ser de metal e em 1884, Lewis E. Watterman patenteou a caneta tinteiro, precursora das esferográficas. Da mesma forma que os instrumentos utilizados para o desenho evoluíam, o próprio desenho evoluía junto. No Japão, a época mais próspera dos samurais (1192 a 1600) o desenho experimenta um grande crescimento.
Os samurais além de guerreiros se dedicavam às artes. É no Japão que foi divulgada a tinta nanquim criada pelos chineses, ao contrário do que se costuma pensar. Uma tinta preta bastante usada para desenhar e que era feita de um pigmento negro extraído de compostos de carbono queimados (como o carvão). Assim como praticamente todas as formas tradicionais de arte, o desenho foi bastante difundido por religiosos seja no oriente ou no ocidente. Assim, a arte mantém ainda uma ligação com o religioso, embora no Japão tenha se popularizado a representação da natureza e na antiguidade já se fizessem desenhos sobre a vida e as pessoas.
É no Renascimento que o desenho ganha perspectivas e passa a retratar mais fielmente a realidade ao contrário do que ocorria, por exemplo, nas ilustrações da Idade Média, quando a falta de perspectiva criava cenários completamente impossíveis. Com o Renascimento surge também um conhecimento mais aprofundado da anatomia humana e os desenhos ganham em realidade. Mestres da pintura na época eram também exímios desenhistas que usavam os conhecimentos da anatomia para dar mais realidade as imagens através do uso de sombras, proporções, luz e cores. Devido a Revolução Industrial surge uma nova modalidade de desenho voltado para a projeção de máquinas e equipamentos: o desenho industrial.
Em 1890, outro marco para o desenho: surge a primeira revista em quadrinhos semanal da história. No dia 17 de maio de 1890 foi lançada a Comic Cuts pelo magnata londrino Alfred Harmsworth, mais tarde Lord Northcliffe. Mas, outras fontes atribuem o feito a obras anteriores: uma destas obras seria o desenho chamado “Yellow Kid” publicada em 1897 por Richard Outcalt. No Brasil, as precursoras foram as tiras do ítalo-brasileiro Ângelo Agostini, publicadas em 1869, no jornal “Vida Fluminense” com o título de “As Aventuras de Nhô Quim”.
Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) as caricaturas e charges se popularizam e sua utilização passa a ser cada vez mais frequente. Com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) não só as caricaturas em periódicos de grande circulação, mas também as animações passam a ser utilizadas por ambos os lados numa verdadeira “guerra visual”, seja para fazer propaganda ou para fazer críticas a um e outro sistema. Da década de 90 para cá as evoluções foram enormes.
Centenas de periódicos no mundo todo tratam exclusivamente do assunto “desenho” em suas mais diversas modalidades: cartuns, charges, desenhos técnicos, desenho artístico, caricatura, animes, mangás, grafite e outros. Técnicas cada vez mais apuradas de desenho, arte final, diagramação, impressão e distribuição possibilitaram além da melhoria da técnica, a criação de estilos tão variados quanto é a variedade de público. E que essa história nunca termine...

segunda-feira, 4 de maio de 2015

COMO NÓS SOMOS GRANDES.

A HUMANIDADE, NÃO IMAGINA A DIMENSSÃO DO UNIVERSO
VEJA
Uma galáxia com 40 bilhões de Terras
Para cientistas, o Kepler-186f foi apenas o primeiro planeta parecido com a Terra a ser descoberto na Via Láctea. O avanço da ciência espacial sugere que a pergunta que há milênios nos intriga — estamos sozinhos no universo? — Tem resposta: Não
A Via Láctea, vista de cima: muitos outros planetas, além da Terra, podem abrigar vida(Nasa/VEJA)
Na Via Láctea não há apenas uma Terra. Há 40 bilhões delas. O Kepler-186f, planeta fora do Sistema Solar muito semelhante ao nosso, descoberto no último dia 17, provavelmente será conhecido como o primeiro dessa espécie. Em um futuro próximo, contudo, muitos planetas assim, parecidos com a Terra, serão revelados pelos astrônomos.
Com dimensões muito próximas às do mundo onde vivemos, o Kepler-186f deve ser rochoso e composto também de ferro, água e gelo, segundo cientistas. Isso significa que sua atmosfera também deve ser parecida com a nossa. Ele orbita a zona habitável de uma estrela anã - ou seja, uma faixa nem muito próxima e nem muito distante de sua fonte de calor e luminosidade, o que faz com que suas temperaturas não sejam extremas. Essa é uma das características que mais empolgou a comunidade científica: o planeta tem grandes chances de ter água na forma líquida, uma das condições fundamentais para a existência de vida sobre sua crosta.
"Essa descoberta mostra que realmente existem planetas do tamanho do nosso em zonas habitáveis", afirma a astrofísica Elisa Quintana, principal pesquisadora da Nasa responsável pela revelação do Kepler-186f. "Estamos percebendo que há muitos como ele e, por isso, as chances de existir vida em outros planetas é muito alta."
Até 2010 ainda não havia confirmações de que outros lugares no espaço poderiam reunir as mínimas condições propícias à vida - água na forma líquida, energia e algum dos seis elementos fundamentais para a existência (carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre). No entanto, com o lançamento de missões como a Kepler, há cinco anos, e o avanço de telescópios capazes de visualizar e enxergar não só partes longínquas do cosmo, mas também pequenos planetas (do tamanho da Terra ou menores que ela), os cientistas estão percebendo que, sim, há bilhões de planetas que exibem as mesmas características do nosso. E deles, o Kepler-186f é o mais semelhante à Terra até agora. Então por que, entre inúmeras possibilidades, seríamos os únicos privilegiados com a vida?
Para a NASA, vida é oficialmente definida como "um sistema químico autossustentado, capaz de sofrer evolução Darwiniana". Não significa dizer que há animais ou civilizações como as criadas pelo homem em planetas afastados. Mesmo organismos muito simples, como vírus ou colônias de bactérias, significam vida para a NASA e para as quase 150 missões em todo o mundo que buscam planetas fora do Sistema Solar.
Em conjunto, eles tentam responder à questão que inquieta astrônomos desde a Antiguidade: estamos sozinhos no universo? Ainda não chegou a confirmação categórica de que existe vida fora da Terra. Mas o conjunto de evidências, que agora ganhou reforço com a existência do Kepler-186f, indica que a resposta está cada vez mais próxima. E talvez a pergunta a ser respondida nos próximos anos seja outra: que tipo de vida nos cerca?


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A descoberta de mundos - A divulgação do novo planeta mereceu a atenção de todo o mundo porque era aguardada desde a metade do século XX pelos cientistas. Foi nessa época, com o lançamento de telescópios como o Hubble, que os cientistas puderam, finalmente, ter imagens nítidas do cosmo.
Cintinue lendo.
Com elas, perceberam que vivemos em um universo muito mais rico e cheio de planetas do que antes se imaginava. As novas informações indicaram a possibilidade da existência de diversos sistemas estelares, ou seja, que outras estrelas, além do Sol, têm planetas orbitando ao seu redor. A confirmação dessa hipótese, entretanto, só veio em 1995, quando astrônomos da Universidade de Genebra, na Suíça, identificaram um planeta feito de gás, como Júpiter, em volta de uma estrela, a 51 Pegasi. Assim, faz menos de 20 anos que sabemos que outros sistemas solares, como o nosso, podem povoar o universo.
"Nossa galáxia tem cerca de 300 bilhões de estrelas e estamos rapidamente confirmando a noção de que todas têm planetas rochosos ao seu redor", afirma o astrofísico Stephen Kane, da Universidade Estadual de São Francisco, nos Estados Unidos, coautor da pesquisa que descreveu o Kepler-186f. "Resultados da missão Kepler têm nos mostrado que, quanto menor o planeta, mais comum é sua existência. Assim, parece-nos que planetas rochosos são muito frequentes. Ainda precisamos saber quantos deles estão em zonas habitáveis, mas as primeiras estimativas já mostram que o número também deve ser incrivelmente alto."
A última conta feita pelos cientistas, publicada em novembro de 2013 na revista Pnas, mostra que uma em cada cinco estrelas como o Sol tem pelo menos um planeta do tamanho da Terra em sua zona habitável. Isso significa que só na Via Láctea podem existir 11 bilhões de planetas como o nosso. Se na conta entrarem os planetas ao redor de estrelas anãs, o número sobre para 40 bilhões. De acordo com os autores do estudo - entre eles Geoffrey Marcy, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, um dos "caçadores de planetas" mais bem-sucedidos da astronomia moderna - o mais próximo pode estar a 12 anos-luz de distância (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros).
Ou seja, os astrônomos imaginavam que planetas como o Kepler-186f existiam aos bilhões, mas ainda não tinham visto nenhum. A cerca de 500 anos-luz do Sol, o novo planeta orbita uma estrela anã, o tipo mais comum em nossa galáxia - elas são mais de 70% das centenas de bilhões de estrelas.
"Há pelo menos um século tínhamos ideias sobre os planetas fora do sistema solar e há mais de cinquenta anos desenvolvemos o conceito de zona habitável. Ainda não contávamos, no entanto, com telescópios potentes para fazer os experimentos e ter as confirmações que precisávamos sobre eles. Agora finalmente possuímos essa tecnologia", afirma Kane. "Nos próximos anos, muitas descobertas devem ser feitas. Só nos dados da missão Kepler há várias, aguardando para serem reveladas."
Missões do futuro - A sonda Kepler, que forneceu os dados para a revelação do novo planeta, foi a grande alavanca para a explosão de novos planetas encontrados pelos cientistas nos últimos anos. Lançada em março 2009 pela agência espacial americana, ela tinha o objetivo principal de procurar planetas parecidos com o nosso, durante quatro anos.
Seu telescópio e um sistema de imagens em alta definição são capazes de identificar mesmo planetas considerados pequenos, como a Terra. Em relação ao Hubble, a Kepler tem duas vantagens: capta mais estrelas em detalhes e faz imagens mais nítidas por possuir um filtro que diminui as interferências luminosas e detecta diferentes cores.
Continue ledo.
Até agora, a maior parte dos planetas revelados por ela tem um tamanho intermediário entre a Terra e Netuno, quatro vezes maior que a Terra. A análise das informações dos três primeiros anos da missão já identificou 3 845 possíveis candidatos a planetas. Desses, 962 foram confirmados.
Como outras missões de busca, a Kepler tem mais facilidade em identificar grandes planetas. Eles são mais visíveis e facilmente monitorados pelos telescópios em regiões longínquas do cosmo. Por isso, grande parte das descobertas são de super. -Terras, planetas mais pesados e maiores que Terra, ou gigantes gasosos, bolas de gás como Júpiter, planeta de hidrogênio com massa equivalente à de 317 terras. Lugares assim, no entanto, exibem condições menos propícias à vida-os gigantes gasosos costumam ter uma atmosfera maciça, causando uma grande pressão que praticamente inviabiliza a existência de seres complexos, enquanto as super. -Terras têm menor probabilidade de reunir as condições atmosféricas necessárias para garantir a presença de vida.
Por isso, programas espaciais em todo o mundo investem maciçamente em telescópios potentes, capazes de captar planetas menores. Dados e imagens ainda mais precisos que os da missão Kepler - que encerrou a primeira fase de seu programa em 2013 e, no início da segunda fase, chamada K2, teve um problema com o sistema que "mira" o telescópio, mas continua em atividade - virão de programas como aquele que será lançado pela NASA em 2017, com uma nova geração de telescópios.
Nessa data, irá para o espaço o Transiting Exoplanet Survey Satellite (Tess) e o telescópio James Webb, substituto do Hubble. O Tess vai monitorar planetas ao redor de estrelas anãs, enquanto o James Webb pretende examinar a atmosfera desses planetas e procurar substâncias que só poderiam ser geradas por organismos vivos, como os seis elementos essenciais à vida (carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre).
Possibilidade de vida - Quanto mais planetas são descobertos, maior é a probabilidade de achar planetas semelhantes ao nosso e, assim, os astrônomos acreditam que aumente também as chances de encontrar vida em outros lugares do universo. A definição de vida, porém, é algo complexo, que está longe de ser consenso entre os cientistas. O estudo da vida terráquea - o único tipo conhecido até hoje - mostrou que, apesar da grande biodiversidade terrestre, todos os seres são similares: são feitos de células ou, como os vírus, dependem delas; usam ácidos nucleicos como o DNA para armazenar e transmitir informação genética; e possuem um metabolismo similar.
Mas não é impossível a existência de outros tipos de vida espalhados pelo universo. Afinal, mesmo a Terra guarda muitos organismos que ainda são enigmas para os cientistas. Em 2010, pesquisadores da NASA encontraram uma bactéria em um lago da Califórnia, nos Estados Unidos, que se comporta como um ser extraterrestre: não usava nenhum dos seis elementos fundamentais à existência, mas sobrevivia a partir de arsênio, um elemento altamente tóxico. "Sabemos que para surgir vida é necessária uma complexidade química mínima, ou seja, moléculas orgânicas e razoavelmente complexas, formadas a partir de elementos básicos. Mas sua origem pode exigir algumas condições especiais.
Ainda estamos aprendendo como todos esses elementos se juntam para formar um sistema químico autossustentado, capaz de se reproduzir e evoluir", explica Douglas Galante, pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, e do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da Universidade de São Paulo (USP). Por isso, os cientistas ainda procuram corpos vivos no espaço de uma maneira "Terrocêntrica", buscando as condições que proporcionaram o surgimento dos seres por aqui: presença de água líquida ou moléculas orgânicas complexas.
"Mesmo a vida que conhecemos tem uma flexibilidade imensa a diferentes situações. Não é impossível imaginar um universo com muitos planetas, alguns mais quentes, outros frios, porém todos com organismos capazes de lidar com essas condições. Talvez em muitos desses planetas que estamos descobrindo as condições sejam extremas demais para atingir a multicelularidade, ou chegar a uma civilização tecnológica como a nossa. Mas, ainda assim, isso mostraria que a Terra não é privilegiada em ter vida", afirma o cientista.
Um cosmo próspero? - Quando se fala da existência de seres animados no espaço, normalmente os cientistas imaginam formas microscópicas, como as primeiras que provavelmente habitaram a Terra em sua origem. "Se houver vida, como ela funciona? Podemos estar próximos a um momento de descobrir sistemas vivos completamente novos, novas biosferas para conhecer e explorar. É quase como se estivéssemos no papel do naturalista inglês Charles Darwin, em 1800, a bordo do navio Beagle explorando novas terras e toda a sua riqueza", diz Galante.
Para a maior parte dos astrônomos envolvidos com a busca de planetas fora do Sistema Solar, é muito improvável que, em um universo tão cheio de constelações, planetas e sistemas estelares com condições próximas a nossa, a Terra seja o único lugar a ter desenvolvido organismos vivos. "Sabemos agora que planetas semelhantes à Terra são comuns na Via Láctea. Para nosso planeta ser o único com vida na galáxia, isso significa que a vida é algo incrivelmente raro - uma ocorrência em 40 bilhões. Mas, mesmo que a probabilidade seja apenas de 1 em 1 milhão de possibilidades, isso já significaria muita vida só nessa galáxia", afirma o astrofísico Erik Petigura, pesquisador da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Se essas hipóteses forem confirmadas nos próximos anos pelos cientistas, esses alienígenas, que podem estar na iminência de serem encontrados, causariam uma grande revolução científica, semelhante à provocada pelo astrônomo Nicolau Copérnico, quando ele formulou, no século XVI, a teoria de que o Sol é o centro do Sistema Solar. Teríamos de aprender que somos apenas mais um planeta - e minúsculo - cercado de bilhões de outros com seres diferentes.
"Uma descoberta como essa teria impactos profundos. Até o momento, o conhecimento que temos parte da hipótese de que a Terra é o único lugar do cosmo onde a vida apareceu e evoluiu. Se for provado que a vida é uma consequência natural da formação de planetas nas zonas habitáveis, assim como foi provado que a formação de planetas é uma consequência natural da formação de estrelas, então isso significa que o universo é, literalmente, fértil em vida", diz o astrofísico Stephen Kane. "O único desafio que permanecerá depois disso será descobrir como atravessar as vastas distância que nos separam desses outros seres."
Kepler-438b e Kepler-442b
Candidatos a explonetas mais parecidos com a Terra já descobertos, eles orbitam estrelas anãs vermelhas, menores e mais frias do que o Sol. Enquanto a órbita do primeiro é de 35 dias, o Kepler-442b completa uma órbita em sua estrela a cada 112 dias. Com diâmetro apenas 12% maior do que o do planeta azul, o Kepler-4386 tem 70% de chance de ser rochoso, afirmam os pesquisadores, enquanto o outro, cerca de 30% maior do que a Terra, tem 60%.
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Sonda encontra luzes misteriosas em planeta anão Ceres
A sonda Dawn, da NASA, detectou duas luzes piscando na superfície do objeto, e os cientistas ainda não sabem a explicação para o fenômeno.
Imagem do planeta anão Ceres feita em 19 de fevereiro pela sonda Dawn
(NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA/VEJA)
A NASA divulgou na quarta-feira fotografias do planeta anão Ceres, feitas pela sonda Dawn a 46.000 quilômetros de distância do corpo celeste, localizado no cinturão de asteroides existente entre Marte e Júpiter. As imagens mostram duas luzes piscando na superfície do planetoide, um fenômeno para o qual os cientistas ainda não têm explicação.
Chris Russell, principal investigador da missão, afirmou que os pontos brilhantes podem ser estruturas vulcânicas do planeta anão, mas que será preciso esperar fotografias com resolução melhor para tirar conclusões.
A sonda Dawn entrará na órbita de Ceres no dia 6 de março. "Os pontos brilhantes continuam sendo muito pequenos para a resolução da nossa câmera, mas, apesar do tamanho, são mais brilhantes do que qualquer coisa em Ceres", afirmou Andreas Nathues, principal pesquisador de uma das câmeras da sonda Dawn. "Isso é algo inesperado e um mistério para nós."
Lançada em 2007 pela NASA, a Missão Dawn tem como objetivo orbitar os asteroides Vesta e Ceres para estudar sua estrutura interna, densidade, forma, tamanho, composição e massa, entre outros aspectos. Os dados ajudarão os cientistas a entender a história desses objetos e quais meteoritos encontrados na Terra vêm desses corpos. Em agosto de 2011, a Missão Dawn orbitou o asteroide Vesta, ficando lá até setembro do ano seguinte. Ela fez mais de 30.000 imagens dele, assim como diversas medições e informações sobre sua composição geológica.
As principais missões espaciais de 2015
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De olho nos ventos
O satélite ADM-Aeolus, previsto para ser lançado em 2015 pela ESA, vai monitorar os ventos ao redor do globo. Os dados coletados por ele devem melhorar a compreensão sobre os sistemas climático da Terra e os fatores que os influenciam, assim como melhorar os modelos de previsão do tempo.
Candidato à mundo alienígena menor que a Terra é revelado acidentalmente
Telescópio espacial usado para estudar corpos frios registrou alteração no nível de radiação infravermelha de estrela a 33 anos-luz. Dados revelam pequeno planeta de lava, com temperaturas que podem chegar a 560 graus Celsius.
X Concepção artística mostra o UCF 1.01, um candidato a ex-oplaneta a 33 anos-luz da Terra. Astrônomos acreditam que ele é coberto por lava (Universidade da Flórida Central/VEJA)
Cientistas descobriram um candidato a ex-oplaneta - como são chamados os mundos fora do Sistema Solar - com dois terços do tamanho da Terra. Não é o menor já encontrado, mas chegou perto do pequeno KOI-961.03, um ex-oplaneta quase do tamanho de Marte anunciado em janeiro. O que torna interessante a descoberta do UCF-1.01, um planetinha a 33 anos-luz da Terra, é que ele foi encontrado acidentalmente por um telescópio espacial em órbita há nove anos, mas que nunca havia sido usado para este fim.
Os pesquisadores da Universidade da Flórida Central, nos Estados Unidos, não são caçadores de planetas. Eles estavam estudando as propriedades de um sistema solar distante (a 33 anos-luz da Terra), denominado GJ 436. O estudo foi conduzido através do Telescópio Espacial Spitzer, da NASA (agência espacial americana), um observatório que analisa a radiação infravermelha de corpos celestes. O telescópio não é usado para caçar planetas.
Contudo, os pesquisadores perceberam quedas periódicas no nível de radiação infravermelha emanada pela estrela-mãe do sistema GJ 436, uma gigante vermelha. Algum objeto estava bloqueando de forma regular a luz do astro brilhante. Ao analisar as quedas no nível de energia com mais cuidado, a equipe descobriu evidências fortes que indicam a presença de um planeta bem pequeno e quente próximo à estrela. A técnica avaliou o "trânsito" do planeta entre a estrela e o telescópio - por isso se chama "técnica de trânsito", utilizada pelo telescópio espacial Kepler, também da NASA.
Denominado UCF-1.01, o Ex-oplaneta possui 8.400 quilômetros de diâmetro, o equivalente a dois terços da mesma medida para a Terra. Porém, o Ex-oplaneta não se parece em nada com nosso mundo. Ele está a 2,7 milhões de quilômetros da Estrela-Mãe, tão próximo que completa sua órbita em apenas 1,4 dia. Os astrônomos supõem que o UCF-1.01 é extremamente quente, com a temperatura média da superfície chegando a 540 graus Celsius. A temperatura média da Terra, em comparação, é de apenas 15 graus.
UCF-1.01 permanece um 'candidato' a ex-oplaneta porque os pesquisadores ainda precisam medir sua massa, utilizando técnicas alternativas. Os astrônomos esperam que a descoberta seja confirmada em estudos futuros. A pesquisa foi publicada no periódico The Astrophysical Journal.