segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A GRAVIDADE X CORPO HUMANO

A gravidade é a força que nos mantém presos ao solo terrestre. Essa é a mesma força que faz com que as estrelas sigam seus cursos celestiais e os planetas fiquem em suas órbitas. No espaço, graças ao efeito de queda livre na órbita terrestre, a força da gravidade sentida pelo astronauta é reduzida a praticamente zero. E sabe-se que existe um efeito negativo sobre o organismo de um ser humano em órbita terrestre.
Alguns astronautas relatam que sentem inflar as veias do pescoço poucos minutos após saírem da atmosfera da Terra. Alguns sentidos - como o paladar e o olfato - também ficam alterados: os astronautas só conseguem sentir o sabor das comidas muito temperadas.
Outras partes do corpo ainda são afetadas, como os pulmões. Na superfície terrestre, os níveis de oxigênio e de sangue nesse órgão são constantes; já no espaço, esses níveis se alteram. Todos os músculos, especialmente os que suportam a postura ereta atrofiam durante uma missão espacial.
Quando os astronautas retornam à Terra, novas mudanças ocorrem em seus corpos. Embora os efeitos da falta de gravidade sejam completamente reversíveis, o corpo tende a voltar ao normal só uma ou duas semanas depois do retorno. Muitos astronautas ficam desorientados e não conseguem manter o equilíbrio do corpo, além de apresentarem um enfraquecimento dos ossos, que podem se quebrar mais facilmente.
Os seres humanos são mais afetados pela gravidade do que a maioria dos outros animais, por causa de nossa postura ereta. Os efeitos máximos da gravidade, ocorre quando estamos em pé e a força gravitacional age no sentido cabeça-pé, ou eixo Z. Quando estamos deitados, é como se a gravidade estivesse nos achatando em vetores corporais diferentes, não atuando em seu comprimento.
Se os astronautas não envelhecem mais rapidamente no espaço, por que eles retornam à Terra com sintomas que associamos ao envelhecimento? A teoria de Joan Vernikos, pesquisadora da NASA, baseia-se na redução gradual e progressiva da influência da gravidade o corpo humano. E isso é a causa do envelhecimento.
Os povos que adotam um estilo de vida mais fácil, estão de fato protegendo-se da gravidade. Os astronautas acabam desenvolvendo sintomas que são associados com a idade avançada ou a velhice. As pessoas que “evitam usar” a gravidade envelhecerão muito mais rapidamente que aquelas que desenvolveram hábitos relacionados com o uso da gravidade.
Neil Armstrong 1930-2012
Uma abordagem fictício-científica de temas atemporais como o envelhecimento
Imagine uma sociedade criada para atender os interesses econômicos mundiais, a partir da desumanização de seus indivíduos e do condicionamento dos mesmo a viverem em função da comunidade. Esse é o mundo projetado por Aldous Huxley neste romance de ficção científica "Admirável mundo novo", publicado na década de 30 e que mantém a atualidade das questões levantadas.
Inspirados pelo Fordismo, os administradores mundiais - responsáveis por manter o modelo ideal de consumo - utilizam o alto saber científico desenvolvido na época para aplicar a produção em série a Biologia. São criados centros de incubação e condicionamento nos quais a reprodução humana é feita em laboratório utilizando-se um procedimento chamado "Processo Bokanovsky": um único zigoto divide-se em até 96 vezes, criando gêmeos idênticos, homens e mulheres em grupos uniformes.
Seguindo o princípio da padronização, os zigotos de um mesmo grupo bokanovsky são predestinados socialmente para a casta que ocuparão e é esta que determinará a nutrição do embrião (as castas mais baixas recebem menos oxigênio para que não sejam inteligentes, por exemplo) e o condicionamento do bebê, que deve ser um adulto apto a cumprir os deveres de sua casta e feliz com seu destino social, do qual não pode escapar.
Para manter uma comunidade estável todos recebem uma educação moral que despreza valores como família, sentimento e espiritualidade. Nesse contexto insere-se também a velhice. O envelhecer é visto como um grande causador da instabilidade pois leva ao sofrimento físico e emocional, além de ser esteticamente feio. Preza-se muito a aparência e a ciência trabalha no sentido de retardar o envelhecimento das pessoas até onde for possível, logo os personagens mantém o corpo de um adulto seja com 25 ou 40 anos.
A partir do momento em que não é possível mantê-lo assim é preferível morrer. Ser idoso e ter de lidar com os problemas da idade é perda de tempo, ao passo que morrer proporciona uma enorme economia para a comunidade.
Ler Admirável mundo novo nos remete a uma reflexão sobre os valores encontrados nessa sociedade padronizada. Até que ponto a nossa se assemelha a ela? Há 80 anos atrás quando foi publicado, em 1932, parecia absurdo pessoas organizadas dessa forma todavia hoje em dia há uma linha fina que separa essa ficção da realidade.
Breve resumo sobre as causas evolutivas do envelhecimento
CASAL SIMPÁTICOS, "LINDOS", CURTINDO A EVOLUÇÃO DA LEI
Na origem da vida, há 4 bilhões de anos atrás, os primeiros seres vivos eram unicelulares, semelhantes às bactérias que conhecemos hoje, se reproduziam assexuadamente, driblando a morte, dando continuidade à sua informação genética. Poderíamos considerar esses seres imortais, uma vez que sua célula não tinha nenhum mecanismo de envelhecimento e um indivíduo se dividia em dois assim por diante, crescendo a uma taxa exponencial, limitados apenas por restrições ambientais.
As causas evolutivas sempre levam a algum mecanismo interno (causas físicas) que desencadeiam o processo de envelhecimento.Com a evolução dos organismos, a mutação e Seleção Natural destes, as células começaram a ter mecanismos de defesa, como o medo, a simples percepção do perigo. Esses organismos sobreviviam mais que os que não tinham esse mecanismo, logo, se reproduziam com mais sucesso. Assim, podemos dizer que a causa evolutiva do medo seria devido a uma adaptação genética de percepção de perigo, e as causas físicas seriam a liberação de hormônios específicos para preparar o corpo para a ação.
Vantagens e desvantagens da imortalidade
Organismos Mortais (Envelhecem)
Organismos Imortais (Não envelhecem)
(+) Maior taxa de mutação benéfica. (Uma taxa de morte maior permite que mais nascimentos ocorram. Cada nascimento novo pode carregar uma nova mutação)
(-) Menor taxa de mutação benéfica. (Uma menor taxa na mortalidade impede que nascimentos novos sobrevivam).
(-) Maior taxa de mutações maléficas. (Idem)
(+) Menor taxa de mutações maléficas.
(+) Maior taxa evolutiva da espécie. (O conjunto populacional é substituído mais rapidamente por novas gerações).
(-) Menor taxa evolutiva da espécie. (Organismos antigos tendem a permanecerem vivos e consumir recursos que poderiam servir aos novos).
Se a espécie é imortal, isto é, se não há uma morte programada em seu DNA (não há envelhecimento), os únicos nascimentos que poderiam sobreviver, e chegar à maturidade, são os que iriam ocupar a “vaga” dos indivíduos que morressem por morte acidental como, por exemplo, brigas, acidentes, predadores, doenças etc.
Se não há envelhecimento dentro de uma espécie, todos os possíveis nascimentos desta espécie morreriam de fome antes de atingirem a maturidade, pois não haveria recursos alimentares aos novos organismos. Desta forma também não haveria evolução, uma vez que não poderiam nascer organismos mutantes, que são a matéria prima da evolução. E uma espécie que não evolui é uma espécie fadada à extinção, já que não pode se adaptar às mudanças ambientais e nem à competição com outras espécies.
O envelhecimento, como uma adaptação evolutiva, só poderia ocorrer em espécies com reprodução sexuada, que possibilita uma maior probabilidade para a ocorrência de “super organismos”, que podem espalhar a mutação com muito mais rapidez e eficácia.
Espécies pluricelulares, de reprodução assexuada, não apresentariam senescência, mas poderiam perecer devido à acumulação de danos em seu DNA.

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