A gravidade é a força que nos mantém presos ao solo
terrestre. Essa é a mesma força que faz com que as estrelas sigam seus cursos
celestiais e os planetas fiquem em suas órbitas. No espaço, graças ao
efeito de queda livre na órbita terrestre, a força da gravidade sentida pelo
astronauta é reduzida a praticamente zero. E sabe-se que existe um efeito
negativo sobre o organismo de um ser humano em órbita terrestre.
Alguns
astronautas relatam que sentem inflar as veias do pescoço poucos minutos após
saírem da atmosfera da Terra. Alguns sentidos - como o paladar e o olfato -
também ficam alterados: os astronautas só conseguem sentir o sabor
das comidas muito temperadas.
Outras
partes do corpo ainda são afetadas, como os pulmões. Na superfície terrestre,
os níveis de oxigênio e de sangue nesse órgão são constantes; já no espaço,
esses níveis se alteram. Todos os músculos, especialmente os que suportam
a postura ereta atrofiam durante uma missão espacial.
Quando
os astronautas retornam à Terra, novas mudanças ocorrem em seus corpos. Embora
os efeitos da falta de gravidade sejam completamente reversíveis, o corpo tende
a voltar ao normal só uma ou duas semanas depois do retorno. Muitos astronautas
ficam desorientados e não conseguem manter o equilíbrio do corpo, além de
apresentarem um enfraquecimento dos ossos, que podem se quebrar mais
facilmente.
Os
seres humanos são mais afetados pela gravidade do que a maioria dos outros
animais, por causa de nossa postura ereta. Os efeitos máximos da gravidade,
ocorre quando estamos em pé e a força gravitacional age no sentido cabeça-pé,
ou eixo Z. Quando estamos deitados, é como se a gravidade estivesse nos
achatando em vetores corporais diferentes, não atuando em seu comprimento.
Se
os astronautas não envelhecem mais rapidamente no espaço, por que eles retornam
à Terra com sintomas que associamos ao envelhecimento? A teoria de Joan
Vernikos, pesquisadora da NASA,
baseia-se na redução gradual e progressiva da influência da gravidade o corpo
humano. E isso é a causa do envelhecimento.
Os
povos que adotam um estilo de vida mais fácil, estão de fato protegendo-se da
gravidade. Os astronautas acabam desenvolvendo sintomas que são associados com
a idade avançada ou a velhice. As pessoas que “evitam usar” a gravidade
envelhecerão muito mais rapidamente que aquelas que desenvolveram hábitos
relacionados com o uso da gravidade.
Neil Armstrong 1930-2012
Uma abordagem fictício-científica de temas atemporais
como o envelhecimento
Imagine uma sociedade criada para atender os
interesses econômicos mundiais, a partir da desumanização de seus indivíduos e
do condicionamento dos mesmo a viverem em função da comunidade. Esse é o mundo
projetado por Aldous Huxley neste romance de ficção científica "Admirável
mundo novo", publicado na década de 30 e que mantém a atualidade das
questões levantadas.
Inspirados pelo Fordismo, os administradores
mundiais - responsáveis por manter o modelo ideal de consumo - utilizam o alto
saber científico desenvolvido na época para aplicar a produção em série a
Biologia. São criados centros de incubação e condicionamento nos quais a
reprodução humana é feita em laboratório utilizando-se um procedimento chamado
"Processo Bokanovsky": um único zigoto divide-se em até 96 vezes,
criando gêmeos idênticos, homens e mulheres em grupos uniformes.
Seguindo o princípio da padronização, os zigotos de
um mesmo grupo bokanovsky são predestinados socialmente para a casta que
ocuparão e é esta que determinará a nutrição do embrião (as castas mais baixas
recebem menos oxigênio para que não sejam inteligentes, por exemplo) e o
condicionamento do bebê, que deve ser um adulto apto a cumprir os deveres de
sua casta e feliz com seu destino social, do qual não pode escapar.
Para manter uma comunidade estável todos recebem
uma educação moral que despreza valores como família, sentimento e
espiritualidade. Nesse contexto insere-se também a velhice. O envelhecer é
visto como um grande causador da instabilidade pois leva ao sofrimento físico e
emocional, além de ser esteticamente feio. Preza-se muito a aparência e a
ciência trabalha no sentido de retardar o envelhecimento das pessoas até onde
for possível, logo os personagens mantém o corpo de um adulto seja com 25 ou 40
anos.
A partir do momento em que não é possível mantê-lo
assim é preferível morrer. Ser idoso e ter de lidar com os problemas da idade é
perda de tempo, ao passo que morrer proporciona uma enorme economia para a
comunidade.
Ler Admirável
mundo novo nos remete a uma reflexão sobre os valores encontrados
nessa sociedade padronizada. Até que ponto a nossa se assemelha a ela? Há 80
anos atrás quando foi publicado, em 1932, parecia absurdo pessoas organizadas
dessa forma todavia hoje em dia há uma linha fina que separa essa ficção da
realidade.
Breve resumo sobre as causas evolutivas do
envelhecimento
CASAL SIMPÁTICOS, "LINDOS", CURTINDO A EVOLUÇÃO DA LEI
Na
origem da vida, há 4 bilhões de anos atrás, os primeiros seres vivos eram
unicelulares, semelhantes às bactérias que conhecemos hoje, se reproduziam
assexuadamente, driblando a morte, dando continuidade à sua informação
genética. Poderíamos considerar esses seres imortais, uma vez que sua célula
não tinha nenhum mecanismo de envelhecimento e um indivíduo se dividia em dois
assim por diante, crescendo a uma taxa exponencial, limitados apenas por
restrições ambientais.
As
causas evolutivas sempre levam a algum mecanismo interno (causas físicas) que
desencadeiam o processo de envelhecimento.Com a evolução dos organismos, a
mutação e Seleção Natural destes, as células começaram a ter mecanismos de
defesa, como o medo, a simples percepção do perigo. Esses organismos
sobreviviam mais que os que não tinham esse mecanismo, logo, se reproduziam com
mais sucesso. Assim, podemos dizer que a causa evolutiva do medo seria
devido a uma adaptação genética de percepção de perigo, e as causas físicas seriam
a liberação de hormônios específicos para preparar o corpo para a ação.
Vantagens e desvantagens da imortalidade
Organismos Mortais (Envelhecem)
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Organismos Imortais (Não envelhecem)
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(+) Maior
taxa de mutação benéfica. (Uma taxa de morte maior permite que mais
nascimentos ocorram. Cada nascimento novo pode carregar uma nova mutação)
|
(-) Menor
taxa de mutação benéfica. (Uma menor taxa na mortalidade impede que
nascimentos novos sobrevivam).
|
(-) Maior
taxa de mutações maléficas. (Idem)
|
(+) Menor
taxa de mutações maléficas.
|
(+) Maior
taxa evolutiva da espécie. (O conjunto populacional é substituído mais
rapidamente por novas gerações).
|
(-) Menor
taxa evolutiva da espécie. (Organismos antigos tendem a permanecerem vivos e
consumir recursos que poderiam servir aos novos).
|
Se
a espécie é imortal, isto é, se não há uma morte programada em seu DNA (não há
envelhecimento), os únicos nascimentos que poderiam sobreviver, e chegar à
maturidade, são os que iriam ocupar a “vaga” dos indivíduos que morressem por
morte acidental como, por exemplo, brigas, acidentes, predadores, doenças etc.
Se
não há envelhecimento dentro de uma espécie, todos os possíveis nascimentos
desta espécie morreriam de fome antes de atingirem a maturidade, pois não
haveria recursos alimentares aos novos organismos. Desta forma também não
haveria evolução, uma vez que não poderiam nascer organismos mutantes, que são
a matéria prima da evolução. E uma espécie que não evolui é uma espécie fadada
à extinção, já que não pode se adaptar às mudanças ambientais e nem à
competição com outras espécies.
O
envelhecimento, como uma adaptação evolutiva, só poderia ocorrer em espécies
com reprodução sexuada, que possibilita uma maior probabilidade para a
ocorrência de “super organismos”, que podem espalhar a mutação com muito mais
rapidez e eficácia.
Espécies
pluricelulares, de reprodução assexuada, não apresentariam senescência, mas
poderiam perecer devido à acumulação de danos em seu DNA.
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