O
filme Orações Para Bobby narra a história real de Mary Griffith, vivida por
Sigourney Weaver. A mãe presbiteriana que se arrepende de tentar curar o filho
homossexual que se mata depois de não aguentar tamanha pressão. O filme estreou
na TV americana em 2009, na noite anterior ao Oscar e mudou paradigmas.
A
história se passou nos anos 80 em Walnut Creek, Califórnia, próximo a São
Francisco. Em 27 de agosto de 1983, Bobby Griffith tirou sua vida ao pular de
um viaduto sobre uma autoestrada, aos 20 anos, em Portland, Oregon para onde se
mudou. O filme e o livro são bem fiéis a história real. Bobby é retratado
moreno no filme mas era loiro na vida real. Ele também tinha um corpo mais atlético.
Por
quase quatro anos ele sofreu pressão de sua família para deixar sua
homossexualidade. Sua mãe, religiosa fervorosa, não admitia a homossexualidade
do filho, ao qual denominava de doença, ou aberração, e contra qual usava a
Bíblia para respaldar seus preconceitos.
Os
questionamentos de Bobby a Deus, suas frases de auto rejeição baseados nos
ensinamentos que recebeu, deixados em um diário, apontam claramente como a sua
religiosidade em uma igreja que o condenava ao inferno e a falta de apoio da
família foram cruciais em sua decisão de acabar com a própria vida. Mais uma
história que ainda hoje se repete. Estima-se que 3 mil jovens gays se matam por
falta de auto aceitação nos EUA, anualmente.
Em
entrevista recente, a mãe de Bobby, Mary Griffith, afirmou que o irmão só
contou que Bobby era gay depois que ele tentou se matar e que ele já sabia do
fato há mais de 2 anos. Ela contou ainda que só percebeu que o filho não
escolheu ser gay quando ele morreu e depois de se informar, algo que lamenta
não ter feito antes. Para os pais, ela dá um recado:
“Eu
falei com muitos pais nesses anos. E eu acho que eu só poderia dizer a eles
para que ouçam seus filhos e não tentem fazer prevalecer suas opiniões sobre as
deles”. A história virou o livro "Prayers for Bobby: A Mother's
Coming to Terms with the Suicide of Her Gay Son", em 1995, com diversas
passagens do diário de Bobby. O filme foi lançado em DVD, nos EUA, em 2010 e
recebeu diversos prêmios.
Os
pais de Bobby ainda vivem em Walnut Creek. Mary ainda participa eventualmente
da PFLAG - Pais, Família e Amigos de Lésbicas e Gays, associação que aparece no
filme. Abaixo, leia o depoimento feito por Mary Griffith em uma reunião do
conselho o condado sobre a celebração de um dia para a liberdade gay, 8 meses
após a morte de seu filho, em que ela defende a comunidade gay pela primeira
vez. A passagem foi transformada em um dos momentos mais comoventes do filme:
“Homossexualidade
é um pecado. Homossexuais estão condenados a passar a eternidade no inferno. Se
quisessem mudar, poderiam ser curados de seus hábitos malignos. Se desviassem
da tentação, poderiam ser normais de novo. Se eles ao menos tentassem e
tentassem de novo em caso de falha. Isso foi o que eu disse ao meu filho,
Bobby, quando descobri que ele era gay.
Quando ele me disse que era homossexual, meu mundo
caiu. Eu fiz tudo que pude para curá-lo de sua doença. Há oito meses, meu filho
pulou de uma ponte e se matou. Eu me arrependo amargamente de minha falta de
conhecimento sobre gays e lésbicas.
Percebo
que tudo o que me ensinaram e disseram era odioso e desumano. Se eu tivesse
investigado além do que me disseram, se eu tivesse simplesmente ouvido meu
filho quando ele abriu o coração para mim... eu não estaria aqui hoje, com
vocês, plenamente arrependida.
Eu
acredito que Deus foi presenteado com o espírito gentil e amável do Bobby.
Perante deus, gentileza e amor é tudo. Eu não sabia que, cada vez que eu
repetia condenação eterna aos gays... cada vez que eu me referia ao Bobby como
doente e pervertido e perigoso às nossas crianças... sua autoestima e seu valor
próprio estavam sendo destruídos.
E
finalmente seu espírito se quebrou além de qualquer conserto. Não era desejo de
Deus que o Bobby debruçasse sobre o corrimão de um viaduto e pulasse
diretamente no caminho de um caminhão de dezoito rodas que o matou
instantaneamente. A morte do Bobby foi resultado direto da ignorância e do medo
de seus pais quanto à palavra “gay”.
Ele
queria ser escritor. Suas esperanças e seus sonhos não deveriam ser tomados
dele, mas se foram. Há crianças como Bobby presentes nas suas reuniões. Sem que
vocês saibam, elas estarão ouvindo enquanto vocês ecoam ‘amém’. E isso logo
silenciará as preces delas. Suas preces para Deus por entendimento e aceitação
e pelo amor de vocês. Mas o seu ódio e medo e ignorância da palavra ‘gay’
silenciarão essas preces. Então... Antes de ecoar ‘Amém’ na sua casa e no lugar
de adoração, pensem. Pensem e lembrem-se. Uma criança está ouvindo. ” (Mary
Griffith)
Se quiser assistir ao filme, tem no Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=PlgnZVD9VdM Leia
Mais: A história real
por trás de Orações Para Bobby | Revista Lado A http://revistaladoa.com.br/2012/10/noticias/historia-real-por-tras-oracoes-para-bobby#ixzz4nIRwaMJf
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização. Lado A Comunicação 2006-2014.
Follow us: @revista_lado_a on Twitter | revistaladoa on Facebook
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização. Lado A Comunicação 2006-2014.
Follow us: @revista_lado_a on Twitter | revistaladoa on Facebook
A falta de informação, a disseminação
de um pré-conceito formado por pessoas ignorantes, de uma certa maneira e sem
Deus (UNIVERSO) no coração, forma pessoas amargas e duras, do orgulho e
do egoísmo.
Vejo muita gente repassando
coisas sem nenhum filtro. Procure o texto das 3 peneiras e use diariamente. Se
não for bom, verdade ou útil porque falar? Pense é grátis...mas o pensamento
sem a sensibilidade é o mesmo que uma pessoa inteligente sem amor, procure o
equilíbrio. Ame o seu próximo! Aceitamos, como elas são - Espalhe amor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário