5 exames que todo esportista deve ter em dia
Melhor jeito de proteger sua saúde a longo
prazo é descobrindo os problemas logo no início
Quando
começa a planejar suas metas de treino, peça a seu Médico para incluir esses
exames no Calendário (Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
São
Paulo – Você deve saber de cor seus recordes pessoais, ritmo médio por
distância e até os batimentos cardíacos por zona de esforço. Mas arriscaria um
palpite para o valor da sua pressão sanguínea? E as taxas de glicose no sangue?
“Muitos corredores acham que, por serem atletas, não sofrerão problemas
de saúde como
hipertensão ou diabetes”, diz Mark Harrast, médico esportivo da Universidade de
Washington e diretor médico da Maratona de Seattle (EUA).
Mas
não importa o quanto você corra, diz ele, não conseguirá modificar fatores de
risco importantes, como seus genes, seu histórico familiar, sua raça ou idade.
Outros aspectos do seu estilo de vida também contam, como a forma como você
lida com o estresse e seus hábitos alimentares. O melhor jeito de proteger sua
saúde a longo prazo é descobrindo os problemas logo no início. Quando começar a
planejar suas metas de corrida, peça a seu médico para incluir esses exames no
calendário.
Pressão
sanguínea
Não
existem sintomas iniciais de pressão alta (hipertensão), mas, quanto mais tempo
se demora para perceber – e tratar o problema –, maiores os danos ao coração e
aos vasos, aumentando as chances de um infarto ou derrame. A prática de corrida
mantém a pressão sanguínea controlada, pois os exercícios ajudam a dilatar os
vasos e permitem que o sangue circule mais livremente. Mesmo assim, Harrast
alerta: você não está imune à hipertensão.
Cerca
de um em cada cinco brasileiros adultos é hipertenso, embora muitos não saibam
disso. A cada ano de idade, o risco aumenta. Suas comidas prediletas também
podem ter influência nisso, sendo os principais agravantes o sal, as gorduras
saturadas e o álcool em excesso. Alguns remédios também podem aumentar a pressão.
Para
Joe Bowman, 48 anos, de Nova York, o estresse e a hereditariedade foram os
principais fatores de risco. No início de 2008, apenas alguns meses depois de
completar sua primeira maratona, Joe teve que passar a tomar inibidores da ECA
para controlar a pressão sanguínea. “Meu médico estava satisfeito com minha
dieta e meu nível de atividades. A medicação era minha única opção. ”
Nº 01
- Quando fazer o exame –
A partir dos 18 anos, a cada dois anos.
Objetivo – Pressão sanguínea abaixo de 120/80 mmHg.
Colesterol
Um
pouco de colesterol – uma substância grudenta, gordurosa – é necessário para
formar membranas celulares saudáveis e proteger as células nervosas do cérebro.
Mas tudo que não é usado para executar essas funções vitais pode ser
prejudicial. O chamado “mau” colesterol (LDL) adere às artérias, sabotando o
fluxo de sangue para o coração e provocando inflamação. O “bom” colesterol
(HDL) absorve e remove o colesterol em excesso.
Aumentar
o colesterol bom é tão benéfico quanto diminuir o mau, segundo os médicos.
Correr é uma ótima maneira de aumentar o HDL. Mas, como as razões exatas por
trás do impacto positivo dos esportes não são totalmente compreendidas, e
ninguém sabe a “dose” exata de HDL da qual precisamos, até os atletas mais bem
condicionados deveriam se cuidar e fazer exames de tempo em tempo. (Após a
menopausa, as taxas boas caem e as ruins aumentam.)
Nº
02 - Quando fazer o exame – A
partir dos 20 anos; depois, conforme recomendação médica.
Objetivo – Colesterol total abaixo de 200 mg/dl; LDL
abaixo de 100 mg/dl; HDL acima de 60 mg/dl.
Hormônio tireoestimulante
Uma
glândula tireoide hipoativa ou hiperativa pode dificultar a execução de seus
exercícios prediletos. Isso ocorre porque o hormônio da tireoide regula quanta
energia chega a todas as células, incluindo as musculares.
Baixos
níveis do hormônio TSH (hipotireoidismo) podem fazê-lo sentir-se fraco,
enquanto altos níveis de hormônios da tireoide (hipertireoidismo) aceleram os
batimentos cardíacos e podem deixá-lo agitado. Ou ainda podem causar problemas
graves de peso, sono, depressão, colesterol e fertilidade. Correr é uma forma
de auxiliar a tireoide a se manter saudável (embora o treinamento excessivo
possa suprimir o TSH), mas a genética é a causa mais provável do desequilíbrio
nos níveis desse hormônio.
Nº
03 - Quando fazer o exame – A
partir dos 35 anos, a cada três a cinco anos.
Objetivo – Taxa de TSH entre 0,5 e 5,0 mIU/l.
Ferro (Eritrina sérica)
O
ferro é o ingrediente principal para a produção de hemoglobina, que transporta
o oxigênio dos pulmões aos músculos. Se a hemoglobina estiver baixa, seus
treinos poderão pagar o preço. (Os corredores já têm tendência a depósitos de
ferro mais baixos devido ao maior volume de sangue.)
Mas, no início, não há nenhum sintoma que avise “deficiência de ferro”.
Os sintomas comuns, como fadiga maior que o normal, falta de energia, dores
musculares e nas articulações e queda no desempenho, podem estar ligados a uma
série de outros fatores, como gripe ou excesso de treino. Mas, se os depósitos
de ferro não voltarem ao estado normal, problemas cardíacos podem ocorrer.
Nº
04 - Quando fazer o exame –
Se houver sintomas; vegetarianos e mulheres devem pedir exames preventivos.
Objetivo – Acima de 25 ng/ml.
Açúcar no sangue
Gerado
pelos carboidratos que você come, o açúcar no sangue (ou glicose) é uma fonte
importante de combustível para o organismo. Para usá-lo como energia, seu corpo
precisa do hormônio da insulina para transportar o açúcar do sangue para as
células. No caso do diabetes tipo 2 (a forma mais comum), ou as células ignoram
a insulina ou o organismo não produz o suficiente. A glicose então se acumula,
levando a problemas no coração, nos rins, nos olhos, nos nervos e nos vasos
sanguíneos.
A
corrida reduz as taxas de glicemia, pois os músculos queimam glicose, mas isso
não significa que você não precise fazer esse exame, principalmente se tiver
histórico familiar de diabetes. Em seus estágios iniciais, o diabetes
geralmente passa despercebido: você pode sentir mais sede e fome que o usual,
ficar cansado e irritadiço ou precisar ir mais vezes ao banheiro.
No
Brasil, cerca de 10 milhões de brasileiros têm diabetes. Entretanto, detectá-lo
no início ajuda muitos atletas diabéticos a desfrutar de corridas e
treinamentos com mais segurança.
Nº 05- Quando fazer o exame – A
partir dos 45 anos (antes em caso de histórico familiar), anualmente. - Objetivo – Abaixo de 100 mg/dl.
Nº
|
TIPO DE EXEMES AMBULATORIAIS P/ O ATLETA DE
CORRIDA
|
01
|
CPK –
CREATINOFOSFOQUINASE
|
02
|
GLICOSE POS
PRANDIAL – GPP
|
03
|
PARASITOLOGICO DE
FEZES
|
04
|
SUMÁRIO DE URINA
|
05
|
STS – H.
TIREOSTIMULANTE
|
06
|
T4 TOTAL
|
07
|
T3 TOTAL
|
08
|
ÁCIDO ÚRICO
|
09
|
TGP – TRANSAMINASE
GLUT. PIRUVICA
|
10
|
TGO – TRANSAMINASE
GLUT. OXALACET
|
11
|
GAMA GLUTAMIL
TRANSFERASE
|
12
|
ANTE HIV-1+HIV-2
|
13
|
TRIGLICERIDES
|
14
|
COLESTEROL LDL
|
15
|
COLESTEROL HDL
|
16
|
COLESTEROL TORTAL
|
17
|
POTÁSSIO SERICO
|
18
|
SÓDIO SERICO
|
19
|
CRIATININA
|
20
|
UREIA NO SORO
|
21
|
HEMOGLOBINA
GLICOSILADA
|
22
|
GLICOSE
|
23
|
HEMOGRAMA COMPLETO
|
24
|
PSA - TOTAL COMPLETO
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário