Cheptegei
falha recorde do Mundo e 50 mil euros por 4 segundos
Joshua Cheptegei, do Uganda, tinha como objetivo nos 15 km de
Nimega, na Holanda, superar o recorde do Mundo da distância, o que significaria
que a sua conta bancária aumentaria em 50 mil euros. Falhou por quatro segundos…
Os treinos de Cheptegei, nos últimos tempos, têm em vista o
recorde do Mundo nos 15 km. A oportunidade de ouro era este domingo, já que a o
atleta do Uganda iria correr em Nimega, onde, em 2010, Leonord
Komon correu em 41m13 (o queniano também é o recordista do
Mundo nos 10 km, com 26m44).
Apesar do forte apoio do público, Cheptegei, que contou com quatro
lebres ao longo do trajeto, falhou o seu objetivo por quatro segundos,
já que cruzou a meta em 41m16.
Um balde de água fria para o
público, organizadores e, principalmente, para Cheptegei, já que, caso
conseguisse corresse abaixo dos 41m13, levaria para casa um cheque
de 50 mil euros.
VEJA
41min’16’seg - Foi por pouco!UGANDÊS NÃO QUEBRA RECORDE MUNDIAL DOS 15 km POR APENAS 4 SEGUNDOS. O ugandês
Joshua Cheptegei realizou no último final de semana uma prova sensacional
na Holanda, mas por apenas 4 segundos não quebrou o recorde mundial dos 15 km
que pertence a Leonard Komon (41min13seg).
Confira o tempo
km por km
1km: 2:37'
2km: 2:50'
3km: 2:52'
4km: 2:48'
5km: 2:51'
6km: 2:48'
7km: 2:41'
8km: 2:55'
9km: 2:49'
10km: 2:35'
11km: 2:51'
12km: 2:47'
13km: 2:38'
14km: 2:37'
15km: 2:37'
41min16seg - Foi por
pouco! UGANDÊS NÃO QUEBRA RECORDE MUNDIAL DOS 15 km POR APENAS 3 SEGUNDOS. O ugandês
Joshua Cheptegei realizou no último final de semana uma prova sensacional na
Holanda, mas por apenas 3 segundos não quebrou o recorde mundial dos 15 km que
pertence a Leonard Komon (41min13seg). Curta o Pra Correr
VEJA
Entre
as mulheres, Birke Debele, da Etiópia, foi a mais
rápida, com o tempo de 48m50. O recorde
mundial da distância é de 46m30, da etíope Tirunesh Dibaba, alcançado em 2009,
novamente em Nimega.
ARANTOCURA O CÂNCER E MUITAS OUTRAS DOENÇAS, DIZEM AS PESQUISAS
Hipertensão,
cólica renal, febre, diarreia e feridas são condições de saúde que esta planta
maravilhosa trata! Aprenda aqui a receita de Aranto que combate até o câncer!
Temos uma planta para lhe dar a
conhecer que é um verdadeiro tesouro natural. Ela é originária da ilha de
Madagascar, em África, e chegou ao território americano através dos escravos
negros, que já tinham conhecimento dos seus proveitos terapêuticos. Atualmente,
ela pode ser localizada em todos os países da América do Sul, sobretudo no território
amazônico. Além disso, ela é uma planta muito bonita, sendo que muita gente a
utiliza como ornamento. Contudo, é a sua aplicação medicinal que tem causado
maior espanto!
Aranto
Os brasileiros
chamam esta planta de Aranto. Ela faz parte da família da Kalanchoe
daigremotiana e tem sido associada a tratamentos anticâncer, com tremendos
efeitos positivos testemunhados por quem a utiliza. No caso destes tratamentos
contra o câncer, esta planta é mais usada pelas pessoas dos países da América
do Sul, que têm como língua-mãe o espanhol, como o Paraguai, a Argentina e a
Colômbia.
Um dia que
passe por Buenos Aires, não deixe de ir a uma livraria de qualidade que irá
descobrir livros cujo tema é apenas o Aranto. Esta planta não só atua no
domínio do câncer, assim como trata hemorragias, doenças cutâneas, diarreia,
febre, gangrenadas, feridas e lesões. Mais, o seu poder adstringente e
anti-inflamatório é evidente! Além disso, ela é adequada ao reumatismo, a
desequilíbrios mentais como a síndrome de pânico e a esquizofrenia, à cólica
renal e à hipertensão.
Quer então,
conhecer a receita de Aranto que vai ajudá-lo a lutar contra o câncer? Anote
aí!
Receita de
Aranto
- Deite 200 ml de água e uma folha de Aranto no liquidificador.
- Depois, processe bem.
- Por fim, basta beber logo após a ter preparado.
- Repita esta toma duas vezes por
dia.
Preste bem
atenção! A soma desta receita não substitui os tratamentos aconselhados pelo
seu "Médico, que só quer passar, mais e mais REMÉDIOS CAROS, SÓ PRA GANHAR A COMISSÃO para o bolso dele". Além disso, use só esta planta com garantias de que se trata de
Aranto.
Como
encontrar o Aranto
Na verdade,
o aranto brota espontaneamente. Caso resida no interior, facilmente encontrará
alguém que tenha conhecimentos para reconhecê-la. Você pode também optar por
fazer uma busca online e achar quem venda mudas de Aranto. Para seu
conhecimento, saiba que há uma planta brasileira parecida com o Aranto – o
saião (Kalanchoe brasiliensis) – que tem características medicinais equivalentes.
Se tiver
acesso fácil ao Aranto, não deixe de tomar o tratamento descrito atrás! A sua
saúde irá ficar bem reforçada. Experimente e partilhe a sua opinião conosco!
SERVE PARA CURAR FÍGADO DANIFICADO - QUEM TEVE HEPATITE
Cardo
Mariano: O Que é, Benefícios, Efeitos Colaterais e Como Tomar
As plantas
medicinais são a aposta da vez para os que procuram Tratamentos Naturais,
Caseiros, mas não menos eficientes. A principal vantagem das plantas é,
obviamente, sua composição natural. Isso significa que, além de serem
medicinais, não irão trazer muitas irritações ou efeitos colaterais para o
usuário. Basta conhecê-las bem, sabendo seus efeitos e a dosagem recomendada.
O cardo mariano, por exemplo, é uma planta
medicinal que tem muito a oferecer. A seguir, iremos conhecê-lo melhor,
entendendo quais são seus benefícios, como também suas contraindicações.
O que é
Cardo mariano(ou silybum marianum) é uma
planta nativa da Europa e da Ásia pertencente à família Asteraceae (membro da
família do girassol). Pode ser conhecido também como santa-maria, cardo-branco,
cardo-do-leite, cardo-de-nossa-senhora e cardo-santo. Suas folhas são verdes
escuras, grandes e espinhosas. Cresce entre 1,5 e 3 metros de altura. Assim que
quebrados, as folhas e o caule dessa planta escorrem uma seiva leitosa. As
frutas são pintadas, pretas ou cinzentas.
O cardo marianoé utilizado como planta medicinal desde o século 4 a.C., porém, seu uso
no tratamento de doenças hepatobiliares data do século XVIII. Desde essa época,
já se tinha conhecimento da forma que o cardo mariano age no fígado e
na bílis. Porém, os usos do cardo mariano vão além dessa questão; pode ser
utilizado até para a bronquite (veremos melhor a seguir) e como substituto para
o café.
O cardo-do-leiteé composto por açúcares, silimarina, flavonoides, histamina, óleo essencial,
óleo fixo, mucilagem, proteínas e saponinas.
Silimarina
O componente ativo do cardo mariano,
responsável pela proteção do fígado, é conhecido como silimarina. A silimarina
está no grupo de flavonoides (silibinina, silidianina e silicristina), e seu
papel é de reparar as células do fígado que estão danificadas devido ao excesso
de substâncias tóxicas, como o álcool. Além disso, a silimarina evita que novas
células do fígado sejam danificadas e reduz a inflamação, já que é
antioxidante. A maior parte dos produtos feitos a partir do cardo mariano
possuem de 70% a 80% de silimarina.
Benefícios
Citamos, alguns dos benefícios
do silybum marianum que podemos citar, são suas propriedades
anti-sépticas, anti-inflamatórias, antioxidantes, digestivas, diuréticas,
regeneradoras, tônicas etc. Sua fama também abrange os tratamentos
antidepressivos. O cardo do leite ajuda a manter a saúde do fígado,
protegendo-o de intoxicações através da silimarina que está presente nas
sementes do cardo mariano.
Quem deve
tomar
Pessoas que poderão usufruir do cardo
mariano são as que sofrem com hepatite C, problemas do fígado, doenças
crônicas, alcoolismo, pessoas que procuram antioxidantes, atletas interessados
em melhorar suas performances, e etc.
O cardo mariano é capaz de gerar
novas células no fígado, protegendo-o e recuperando-o. Alcoólatras e atletas
que fazem muito uso de suplementos que sobrecarregam o fígado, por exemplo,
poderão encontrar no cardo mariano uma ótima planta medicinal para tratar essa
tensão hepática.
Além disso, o cardo mariano é
indicado para atletas que já tomam outros suplementos para desenvolvimento
muscular, termogênicos e energéticos; assim, a planta medicinal irá tratar o
fígado dessas pessoas no período em que deixam de tomar os suplementos para
descansar o organismo. Tomar o cardo mariano em ciclos junto com outros
suplementos irá garantir a saúde e funcionamento adequado do fígado.
Efeitos
Colaterais
Primeiramente, é importante deixar
claro que, apesar de ser uma planta medicinal, o cardo mariano poderá causar
efeitos colaterais se ministrado de maneira incorreta. Em doses excessivas, o
chá dessa planta pode causar queimaduras e irritações nas mucosas das vias
digestivas, além de vômitos e diarreia.
Pessoas com problemas renais,
úlceras, gastrite e hipertensas não devem utilizar o cardo mariano. Outro
cuidado a ser tomado é com relação ao nitrato, que muitas vezes fica
excessivamente acumulado nas folhas, o que pode ser tóxico para o consumidor.
As sementes do cardo mariano não devem ser ingeridas em grandes quantidades,
podendo elevar a pressão arterial. Alguns de seus efeitos colaterais são:
problemas estomacais, diarreia e náuseas.
Como Tomar
Muitos especialistas recomendam a
ingestão dos comprimidos do cardo mariano, sendo que quantidade recomendada
diariamente é de 420 miligramas e os comprimidos são de 140, normalmente. Essa
dose é indicada para as pessoas que sofrem de doenças hepáticas que ainda estão
em desenvolvimento, como a cirrose. O tempo indicado de consumo é de 8 a 12
semanas; após esse período, a dose poderá diminuir para 280 miligramas por dia.
Para os que procuram o cardo mariano
apenas com intenções preventivas, podem consumir 280 miligramas diariamente.
Pode-se, também, realizar infusões com as sementes, de 12 a 15 gramas destas.
Porém, essa prática não é tão indicada pois um dos principais componentes do
cardo mariano, a silimarina, não se diluí em água.
Taís Araújo falou sobre atitudes de preconceito racial que sofreu durante a vida...
"O
negro brasileiro sofre preconceito diariamente", diz Atriz Taís Araújo
PRESIDENTE DA EBC ADERE À ONDA RACISTA E AGRIDE A ATRIZ TAÍS ARAÚJO
Depois do
episódio William Waack, agora foi a vez de Laerte Rimoli, presidente da Empresa
Brasileira de Comunicação (EBC), decidir atacar e fazer piada com a atriz Taís
Araújo, que disse ser vítima de racismo; nas redes, Taís afirmou que muitos
mudam de calçadas quando veem negros e que isso poderá acontecer também com
seus filhos no futuro, uma vez que o racismo está institucionalizado no Brasil;
Rimoli foi ao facebook e postou diversos memes, que ironizam a atriz; ontem,
ela também foi atacada pelo secretário de Educação do Rio de Janeiro, Cesar
Benjamin; racismo na Globo levou ao afastamento de William Waack e resta saber
o que o governo brasileiro pretende fazer com Rimoli; depois de
repercussão negativa, Rimoli pediu desculpas.
O Ator Pedro Cardoso, pede demissão ao VIVO e despede-se de todos
Zygmunt Bauman, filósofo polonês, reflete sobre a individualização da
sociedade contemporânea em entrevista exclusiva concedida a Fernando Schüler e
Mário Mazzilli na Inglaterra. Democracia, laços sociais, comunidade, rede,
pós-modernidade, dentre outros tópicos analisados por uma das grandes mentes da
contemporaneidade. Conferencista do Fronteiras do Pensamento 2011.
LEI TAMBÉM...
Zygmunt
Bauman: “As redes sociais são uma armadilha”
Ele é a voz dos menos favorecidos. O sociólogo
denuncia a desigualdade e a queda da classe média. E avisa aos indignados que
seu experimento pode ter vida curta
Zygmunt Bauman acaba de completar 90 anos de idade e de tomar
dois voos para ir da Inglaterra ao debate do qual participa em Burgos
(Espanha). Está cansado, e admite logo ao começar a entrevista, mas se expressa
com tanta calma quanto clareza. Sempre se estende, em cada explicação, porque
detesta dar respostas simples a questões complexas.
Desde que colocou, em 1999, sua ideia da “modernidade
líquida” – uma etapa na qual tudo que era sólido se liquidificou, e em que
“nossos acordos são temporários, passageiros, válidos apenas até novo aviso” –,
Bauman se tornou uma figura de referência da sociologia. Suas denúncias sobre a crescente desigualdade, sua análise
do descrédito da política e sua visão
nada idealista do que trouxe a revolução digital o transformaram também em um
farol para o movimento global dos indignados, apesar de que não hesita em
pontuar suas debilidades.
O polonês (Poznan, 1925) era
criança quando sua família, judia, fugiu para a União Soviética para escapar do
nazismo, e, em 1968, teve que abandonar seu próprio país, desempossado de seu
posto de professor e expulso do Partido Comunista em um expurgo marcado pelo
antissemitismo após a guerra árabe-israelense. Renunciou à sua nacionalidade,
emigrou a Tel Aviv e se instalou, depois, na Universidade de Leeds
(Inglaterra), onde desenvolveu a maior parte de sua carreira. Sua obra, que
arranca nos anos 1960, foi reconhecida com prêmios como o Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades
de 2010, que recebeu junto com Alain Touraine.
Bauman é considerado um pessimista.
Seu diagnóstico da realidade em seus últimos livros é sumamente crítico. Em A riqueza de poucos beneficia
todos nós?
explica o alto preço que se paga hoje em dia pelo neoliberalismo triunfal dos
anos 80 e a “trintena opulenta” que veio em seguida. Sua conclusão: a promessa
de que a riqueza acumulada pelos que estão no topo chegaria aos que se
encontram mais abaixo é uma grande mentira.
Em Cegueira moral, escrito junto com Leonidas
Donskis, Bauman alerta sobre a perda do sentido de comunidade em um mundo
individualista. Em seu novo ensaio, Estado de crise, um diálogo com o sociólogo
italiano Carlo Bordoni, volta a se destacar. O livro da editora Zahar, que já
está disponível para pré-venda no Brasil, trata de um momento histórico de
grande incerteza.
Bauman volta a seu hotel junto com
o filósofo espanhol Javier Gomá, com quem debateu no Fórum da Cultura, evento
que terá sua segunda edição realizada em novembro e que traz a Burgos os
grandes pensadores mundiais. Bauman é um deles.
Pergunta. Você vê a desigualdade como
uma “metástase”. A democracia está em perigo?
Resposta. O que está acontecendo agora,
o que podemos chamar de crise da democracia, é o colapso da confiança. A crença
de que os líderes não só são corruptos ou estúpidos, mas também incapazes. Para
atuar, é necessário poder: ser capaz de fazer coisas; e política: a habilidade
de decidir quais são as coisas que têm ser feitas. A questão é que esse
casamento entre poder e política nas mãos do Estado-nação acabou.
O poder se globalizou, mas as
políticas são tão locais quanto antes. A política tem as mãos cortadas. As
pessoas já não acreditam no sistema democrático porque ele não cumpre suas
promessas. É o que está evidenciando, por exemplo, a crise de migração. O fenômeno
é global, mas atuamos em termos paroquianos. As instituições democráticas não
foram estruturadas para conduzir situações de interdependência. A crise
contemporânea da democracia é uma crise das instituições democráticas.
"Foi uma
catástrofe arrastar a classe média ao precária. O conflito já não é entre
classes, mas de cada um com a sociedade”
P. Para
que lado tende o pêndulo que oscila entre liberdade e segurança?
R. São
dois valores extremamente difíceis de conciliar. Para ter mais segurança é
preciso renunciar a certa liberdade, se você quer mais liberdade tem que
renunciar à segurança. Esse dilema vai continuar para sempre. Há 40 anos,
achamos que a liberdade tinha triunfado e que estávamos em meio a uma orgia
consumista.
Tudo parecia possível
mediante a concessão de crédito: se você quer uma casa, um carro... pode pagar
depois. Foi um despertar muito amargo o de 2008, quando o crédito fácil acabou.
A catástrofe que veio, o colapso social, foi para a classe média, que foi
arrastada rapidamente ao que chamamos de precária (termo
que substitui, ao mesmo tempo, proletariado e classe média).
Essa é a categoria dos
que vivem em uma precariedade contínua: não saber se suas empresas vão se
fundir ou comprar outras, ou se vão ficar desempregados, não saber se o que
custou tanto esforço lhes pertence... O conflito, o antagonismo, já não é entre
classes, mas de cada pessoa com a sociedade. Não é só uma falta de segurança,
também é uma falta de liberdade.
P. Você
afirma que a ideia de progresso é um mito. Por que, no passado, as pessoas
acreditavam em um futuro melhor e agora não?
R. Estamos
em um estado de interregno,
entre uma etapa em que tínhamos certezas e outra em que a velha forma de atuar
já não funciona. Não sabemos o que vai a substituir isso. As certezas foram
abolidas. Não sou capaz de profetizar. Estamos experimentando novas formas de
fazer coisas.
A Espanha foi um exemplo
com aquela famosa iniciativa de maio (o 15-M), em que essa gente tomou as
praças, discutindo, tratando de substituir os procedimentos parlamentares por
algum tipo de democracia direta. Isso provou ter vida curta. As políticas de
austeridade vão continuar, não podiam pará-las, mas podem ser relativamente
efetivos em introduzir novas formas de fazer as coisas.
O
sociólogo Zygmunt Bauman.SAMUEL SÁNCHEZ
P. Você
sustenta que o movimento dos indignados “sabe
como preparar o terreno, mas não como construir algo sólido”.
R. O povo esqueceu suas diferenças por um
tempo, reunido na praça por um propósito comum. Se a razão é negativa, como se
indispor com alguém, as possibilidades de êxito são mais altas. De certa forma,
foi uma explosão de solidariedade, mas as explosões são muito potentes e muito
breves.
P. E você também lamenta que, por sua
natureza “arco íris”, o movimento não possa estabelecer uma liderança sólida.
R. Os líderes são tipos duros, que têm ideias
e ideologias, o que faria desaparecer a visibilidade e a esperança de unidade.
Precisamente porque não tem líderes o movimento pode sobreviver. Mas,
precisamente porque não tem líderes não podem transformar sua unidade em uma
ação prática.
P. Na Espanha, as consequências do 15-M
chegaram à política. Novos partidos emergiram com força.
"O 15-M, de certa forma, foi uma explosão de
solidariedade, mas as explosões são potentes e breves"
R. A mudança de um partido por outro não
vai a resolver o problema. O problema hoje não é que os partidos estejam
equivocados, e sim o fato de que não controlam os instrumentos. Os problemas
dos espanhóis não estão restritos ao território nacional, são globais. A
presunção de que se pode resolver a situação partindo de dentro é errônea.
P. Você analisa a crise do Estado-nação.
Qual é a sua opinião sobre as aspirações independentistas da Catalunha?
R. Penso que continuamos com os princípios
de Versalhes, quando se estabeleceu o direito de cada nação baseado na
autodeterminação. Mas isso, hoje, é uma ficção porque não existem territórios
homogêneos. Atualmente, todas as sociedades são uma coleção de diásporas. As
pessoas se unem a uma sociedade à qual são leais, e pagam impostos, mas, ao
mesmo tempo, não querem abrir mão de suas identidades. A conexão entre o local
e a identidade se rompeu.
A
situação na Catalunha, como na Escócia ou no Lombar dia, é uma contradição
entre a identidade tribal e a cidadania de um país. Eles são europeus, mas não
querem ir a Bruxelas por Madri, mas via Barcelona. A mesma lógica está
emergindo em quase todos os países. Mantemos os princípios estabelecidos no
final da Primeira Guerra Mundial, mas o mundo mudou muito.
P. As redes sociais mudaram a forma como
as pessoas protestam e a exigência de transparência. Você é um cético sobre
esse “ativismo de sofá” e ressalta que a Internet também nos
entorpece com entretenimento barato. Em vez de um instrumento revolucionário,
como alguns pensam, as redes sociais são o novo ópio do povo?
R. A questão da identidade foi
transformada de algo preestabelecido em uma tarefa: você tem que criar a sua
própria comunidade. Mas não se cria uma comunidade, você tem uma ou não; o que
as redes sociais podem gerar é um substituto.
A
diferença entre a comunidade e a rede é que você pertence à comunidade, mas a
rede pertence a você. É possível adicionar e deletar amigos, e controlar as
pessoas com quem você se relaciona. Isso faz com que os indivíduos se sintam um
pouco melhor, porque a solidão é a grande ameaça nesses tempos individualistas.
Mas,
nas redes, é tão fácil adicionar e deletar amigos que as habilidades sociais
não são necessárias.
Elas
são desenvolvidas na rua, ou no trabalho, ao encontrar gente com quem se precisa
ter uma interação razoável. Aí você tem que enfrentar as dificuldades, se
envolver em um diálogo. O papa Francisco, que é um grande homem, ao ser eleito,
deu sua primeira entrevista a Eugenio Scalfari, um jornalista italiano que é um
ateu autoproclamado. Foi um sinal: o diálogo real não é falar com gente que
pensa igual a você.
As
redes sociais não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a
controvérsia… Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus
horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de
conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes, onde o
único que veem são os reflexos de suas próprias caras. As redes são muito
úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha.
Melhor jeito de proteger sua saúde a longo
prazo é descobrindo os problemas logo no início
Quando
começa a planejar suas metas de treino, peça a seu Médico para incluir esses
exames no Calendário (Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
São
Paulo – Você deve saber de cor seus recordes pessoais, ritmo médio por
distância e até os batimentos cardíacos por zona de esforço. Mas arriscaria um
palpite para o valor da sua pressão sanguínea? E as taxas de glicose no sangue?
“Muitos corredores acham que, por serem atletas, não sofrerão problemas
de saúde como
hipertensão ou diabetes”, diz Mark Harrast, médico esportivo da Universidade de
Washington e diretor médico da Maratona de Seattle (EUA).
Mas
não importa o quanto você corra, diz ele, não conseguirá modificar fatores de
risco importantes, como seus genes, seu histórico familiar, sua raça ou idade.
Outros aspectos do seu estilo de vida também contam, como a forma como você
lida com o estresse e seus hábitos alimentares. O melhor jeito de proteger sua
saúde a longo prazo é descobrindo os problemas logo no início. Quando começar a
planejar suas metas de corrida, peça a seu médico para incluir esses exames no
calendário.
Pressão
sanguínea
Não
existem sintomas iniciais de pressão alta (hipertensão), mas, quanto mais tempo
se demora para perceber – e tratar o problema –, maiores os danos ao coração e
aos vasos, aumentando as chances de um infarto ou derrame. A prática de corrida
mantém a pressão sanguínea controlada, pois os exercícios ajudam a dilatar os
vasos e permitem que o sangue circule mais livremente. Mesmo assim, Harrast
alerta: você não está imune à hipertensão.
Cerca
de um em cada cinco brasileiros adultos é hipertenso, embora muitos não saibam
disso. A cada ano de idade, o risco aumenta. Suas comidas prediletas também
podem ter influência nisso, sendo os principais agravantes o sal, as gorduras
saturadas e o álcool em excesso. Alguns remédios também podem aumentar a pressão.
Para
Joe Bowman, 48 anos, de Nova York, o estresse e a hereditariedade foram os
principais fatores de risco. No início de 2008, apenas alguns meses depois de
completar sua primeira maratona, Joe teve que passar a tomar inibidores da ECA
para controlar a pressão sanguínea. “Meu médico estava satisfeito com minha
dieta e meu nível de atividades. A medicação era minha única opção. ”
Nº 01
- Quando fazer o exame –
A partir dos 18 anos, a cada dois anos.
Objetivo – Pressão sanguínea abaixo de 120/80 mmHg.
Colesterol
Um
pouco de colesterol – uma substância grudenta, gordurosa – é necessário para
formar membranas celulares saudáveis e proteger as células nervosas do cérebro.
Mas tudo que não é usado para executar essas funções vitais pode ser
prejudicial. O chamado “mau” colesterol (LDL) adere às artérias, sabotando o
fluxo de sangue para o coração e provocando inflamação. O “bom” colesterol
(HDL) absorve e remove o colesterol em excesso.
Aumentar
o colesterol bom é tão benéfico quanto diminuir o mau, segundo os médicos.
Correr é uma ótima maneira de aumentar o HDL. Mas, como as razões exatas por
trás do impacto positivo dos esportes não são totalmente compreendidas, e
ninguém sabe a “dose” exata de HDL da qual precisamos, até os atletas mais bem
condicionados deveriam se cuidar e fazer exames de tempo em tempo. (Após a
menopausa, as taxas boas caem e as ruins aumentam.)
Nº
02 - Quando fazer o exame – A
partir dos 20 anos; depois, conforme recomendação médica.
Objetivo – Colesterol total abaixo de 200 mg/dl; LDL
abaixo de 100 mg/dl; HDL acima de 60 mg/dl.
Hormônio tireoestimulante
Uma
glândula tireoide hipoativa ou hiperativa pode dificultar a execução de seus
exercícios prediletos. Isso ocorre porque o hormônio da tireoide regula quanta
energia chega a todas as células, incluindo as musculares.
Baixos
níveis do hormônio TSH (hipotireoidismo) podem fazê-lo sentir-se fraco,
enquanto altos níveis de hormônios da tireoide (hipertireoidismo) aceleram os
batimentos cardíacos e podem deixá-lo agitado. Ou ainda podem causar problemas
graves de peso, sono, depressão, colesterol e fertilidade. Correr é uma forma
de auxiliar a tireoide a se manter saudável (embora o treinamento excessivo
possa suprimir o TSH), mas a genética é a causa mais provável do desequilíbrio
nos níveis desse hormônio.
Nº
03 - Quando fazer o exame – A
partir dos 35 anos, a cada três a cinco anos.
Objetivo – Taxa de TSH entre 0,5 e 5,0 mIU/l.
Ferro (Eritrina sérica)
O
ferro é o ingrediente principal para a produção de hemoglobina, que transporta
o oxigênio dos pulmões aos músculos. Se a hemoglobina estiver baixa, seus
treinos poderão pagar o preço. (Os corredores já têm tendência a depósitos de
ferro mais baixos devido ao maior volume de sangue.)Mas, no início, não há nenhum sintoma que avise “deficiência de ferro”.
Os sintomas comuns, como fadiga maior que o normal, falta de energia, dores
musculares e nas articulações e queda no desempenho, podem estar ligados a uma
série de outros fatores, como gripe ou excesso de treino. Mas, se os depósitos
de ferro não voltarem ao estado normal, problemas cardíacos podem ocorrer.
Nº
04 - Quando fazer o exame –
Se houver sintomas; vegetarianos e mulheres devem pedir exames preventivos.
Objetivo – Acima de 25 ng/ml.
Açúcar no sangue
Gerado
pelos carboidratos que você come, o açúcar no sangue (ou glicose) é uma fonte
importante de combustível para o organismo. Para usá-lo como energia, seu corpo
precisa do hormônio da insulina para transportar o açúcar do sangue para as
células. No caso do diabetes tipo 2 (a forma mais comum), ou as células ignoram
a insulina ou o organismo não produz o suficiente. A glicose então se acumula,
levando a problemas no coração, nos rins, nos olhos, nos nervos e nos vasos
sanguíneos.
A
corrida reduz as taxas de glicemia, pois os músculos queimam glicose, mas isso
não significa que você não precise fazer esse exame, principalmente se tiver
histórico familiar de diabetes. Em seus estágios iniciais, o diabetes
geralmente passa despercebido: você pode sentir mais sede e fome que o usual,
ficar cansado e irritadiço ou precisar ir mais vezes ao banheiro.
No
Brasil, cerca de 10 milhões de brasileiros têm diabetes. Entretanto, detectá-lo
no início ajuda muitos atletas diabéticos a desfrutar de corridas e
treinamentos com mais segurança.
Nº 05- Quando fazer o exame – A
partir dos 45 anos (antes em caso de histórico familiar), anualmente. - Objetivo – Abaixo de 100 mg/dl.
Nº
TIPO DE EXEMES AMBULATORIAIS P/ O ATLETA DE
CORRIDA