quarta-feira, 8 de outubro de 2014

MEDIUNIDADE

O QUE É MEDIUNIDADE
Mediunidade é a faculdade humana pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos. É uma faculdade natural, inerente a todo ser humano, por isso, não é privilégio de ninguém. Em diferentes graus e tipos, todos a possuímos. O que ocorre é que, em certos indivíduos mais sensíveis à influência espiritual, a mediunidade se apresenta de forma mais ostensiva, enquanto que, em outros, ela se manifesta em níveis mais sutis. A mediunidade é, pois, a faculdade natural que permite sentir e transmitir a influência dos espíritos, ensejando o intercâmbio e a comunicação entre o mundo físico e o espiritual. Trata-se de uma sintonia entre os encarnados (vivos) e os desencarnados (mortos), permitindo uma percepção de pensamentos, vontades e sentimentos.
O Espiritismo vê a mediunidade como uma oportunidade de servir, de praticar a caridade, sendo uma benção de Deus que faculta manter o contato com a vida espiritual. Graças ao intercâmbio, podemos ter aqui não apenas a certeza da sobrevivência da vida após a morte, mas também o equilíbrio para resgatarmos com proficiência os “débitos”, ou seja, desajustes adquiridos em encarnações anteriores.
É graças à mediunidade que o homem tem a antevisão de seu futuro espiritual e, ao mesmo tempo, o relato daqueles que o precederam na viagem de volta à erraticidade, trazendo informes de segurança, diretrizes de equilíbrio e a oportunidade de refazer o caminho pelas lições que absorve do contato mantido com os desencarnados. Assim, possui uma finalidade de alta importância, porque é graças a ela que o homem se conscientiza de suas responsabilidades de espírito imortal.
Sendo inerente ao ser humano, a mediunidade pode aparecer em qualquer pessoa, independentemente da doutrina religiosa que abrace. A história revela grandes médiuns em todas as épocas e todos os credos. Além disso, a mediunidade não depende de lugar, idade, sexo ou condição social e moral.
A ação dos espíritos
Diz a questão 459 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações? A este respeito, sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes, são eles que vos dirigem”.
A ideia da ação dos espíritos não nasceu com o Espiritismo, já que sempre existiu desde as épocas mais remotas da vida humana na Terra. Todas as religiões pregam sobre a ação dos espíritos de forma direta ou indireta e nenhuma nega completamente estas intervenções. Inclusive, criaram dogmas e cerimônias relativas a elas, como promessas (pedir alguma forma de ajuda para um espírito em troca de um sacrifício) e exorcismos (cerimônia religiosa para afastar o “demônio” ou os espíritos maus).
A ação mediúnica não está limitada às sessões, vivemos mediunicamente entre dois mundos e em relação permanente com entidades espirituais. Isto se dá porque muitos espíritos povoam os mesmos espaços em que vivemos, muitas vezes nos acompanhando em nossas atividades e ocupações, indo conosco aos lugares que frequentamos, seguindo-nos ou evitando-nos conforme os atraímos ou repelimos.
Estamos cercados por espíritos e sua influência oculta sobre os nossos pensamentos e atos se faz sentir pelo grau de afinidade que mantivermos com eles. Inúmeros espíritos benfeitores também se comunicam conosco, por via inspirativa ou intuitiva, todas as vezes em que nos dispomos a ser úteis aos nossos irmãos em nossa vida social.
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Quantas vezes um conselho sensato e oportuno que damos sob a intuição de um benfeitor espiritual consegue mudar o rumo de uma vida e até, em certos casos, salvar ou evitar que uma família inteira seja precipitada no abismo de uma desgraça? O amor verdadeiro e desinteressado não requer lugar nem hora especial para ser praticado, pois o nosso mundo, com o sofrimento da humanidade torturada, é igualmente um vasto campo de serviço redentor.
Entretanto, não julguemos que a mediunidade nos foi concedida para um simples passatempo ou para a satisfação de nossos caprichos. Ela é coisa séria e, possuindo-a, devemos procurar suavizar os sofrimentos alheios. Ao desenvolvermos a mediunidade, lembremo-nos de que ela nos é dada como um arrimo para conseguirmos mais facilmente a perfeição, para liquidarmos mais suavemente os pesados “débitos” que contraímos em existências passadas e para servirmos de guias aos irmãos que se encontram mais desajustados espiritualmente.
Mediunidade em desarmonia
Existem alguns sinais mais frequentes do aparecimento da mediunidade em desarmonia, que são: cérebro perturbado, sensação de peso na cabeça e ombros, nervosismo (ficamos irritados por motivos sem importância), desassossego, insônia, arrepios (como se percebêssemos passar alguma coisa fria), sensação de cansaço geral, calor (como se encostássemo-nos a algo quente), falta de ânimo para o trabalho e profunda tristeza. Precisamos usar nosso bom senso para percebermos com clareza se os sintomas acima citados são frutos de uma obsessão espiritual, indicando uma mediunidade desequilibrada, ou o resultado de um auto obsessão, um desequilíbrio nosso mesmo, gerando neuroses e outros tipos de distúrbios. Muitas vezes, a ajuda de um psicólogo, de preferência espírita ou espiritualista, é necessária.
Mas o que o médium deve fazer nestes momentos de alterações emocionais? Todo iniciante, a fim de evitar inconvenientes na prática mediúnica, primeiramente deve se dedicar ao indispensável estudo prévio da teoria e jamais se considerar dispensado de qualquer instrução, já que poderá ser vítima de mil ciladas que os espíritos mentirosos preparam para lhe explorar a presunção.
Junto com o conhecimento teórico, o médium deve procurar desdobrar a percepção psíquica sem qualquer receio ou temor. Na orientação do desenvolvimento mediúnico, é importante que ele procure as instruções espíritas, para evitar percalços e dissabores. É aconselhável o desenvolvimento mediúnico em grupos especialmente formados para isto, pois pessoas bem orientadas, que se reúnem com uma intenção comum, formam um ambiente coletivo bem favorável ao intercâmbio. É importante também que o médium jamais abuse da mediunidade, empregando-a para a satisfação da curiosidade.
Reforma Íntima – o fundamental
Educar e desenvolver a mediunidade são aprender a usá-la. Para que sejamos bem-sucedidos, devemos cultivar virtudes como a bondade, a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade e a sinceridade. A mediunidade não se desenvolve de um dia para o outro, por isso, devemos ter muita paciência. Sem perseverança, nada se alcança, pois o desenvolvimento exige que sejamos sempre persistentes. Ter boa vontade é comparecer às sessões espíritas com alegria e muita satisfação.
A humildade é a virtude pela qual reconhecemos que tudo vem de Deus e, se faltarmos com a sinceridade no desempenho de nossas funções mediúnicas, mais cedo ou mais tarde sofrerão decepções. Ensinamentos é que não faltam em todas as circunstâncias de manifestações da vida. A faculdade mediúnica em harmonia pode fazer grandes coisas. A educação pode começar no simples modo de falar aos outros, transmitindo brandura, alegria, amor e caridade em todos os atos da vida.
A mediunidade se desenvolve naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca, o qual nos afeta com suas vibrações psíquicas e afetivas. Da mesma forma que a inteligência e as demais faculdades humanas, a mediunidade se desenvolve no processo de relação.
Quando a mediunidade aflorar sem um preparo prévio do médium, é preciso orientá-lo para que os fenômenos se disciplinem e ele empregue acertadamente sua faculdade. Não se deve colocar em trabalho mediúnico aqueles que apresentam perturbações ou que possuam desconhecimento sobre o assunto. Primeiramente, é preciso ajudar a pessoa a se equilibrar no aspecto psíquico, através de passes, vibrações e esclarecimentos doutrinários.
É fundamental que o médium busque sua reforma íntima com sinceridade. Através de uma compreensão maior acerca da vida, despertando sentimentos como compaixão, respeito, humildade etc., e da prática da caridade, seremos, com certeza, instrumentos do Amor Universal. O médium também precisa ser amigo do estudo e da boa leitura, além de moderado. Por fim, deve sempre cultivar a oração diária, pois ela é um poderoso fortificante espiritual e um benéfico exercício de higiene mental.
Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 05.
Ao reproduzir o texto, favor citar o autor e a fonte.
Tenho mediunidade: e agora?
Antes de mais vejamos alguns termos relacionados com mediunidade.
Conceito de Mediunidade: Lamartine Palhano Jr. no seu "Dicionário de Filosofia Espírita", conceitua mediunidade como sendo uma faculdade inerente ao homem que lhe permite a percepção, num grau qualquer, da influência dos Espíritos. Não constitui privilégio exclusivo de uma ou outra pessoa, pois, sendo uma possibilidade orgânica, depende de um organismo mais ou menos sensitivo.
Mediunismo: Alexander Aksakof, em 1.890, empregou o termo mediunismo para designar o uso das faculdades mediúnicas. A prática do mediunismo não significa que haja prática de Espiritismo propriamente dito, visto que a mediunidade não é propriedade do Espiritismo.
A mediunidade não surgiu com o Espiritismo. É fenômeno natural e há registros de atividades mediúnicas desde o princípio do mundo. A Doutrina Espírita simplesmente empreendeu um estudo série e experimental da mediunidade, colocando sua prática em bases seguras.
Mediunato: Missão mediúnica da qual está investido um médium. Esta expressão foi criada pelos próprios Espíritos: "Deus me encarregou de desempenhar uma missão junto aos crentes a quem ele favorece com o mediunato" - Joana d’Arc (Capítulo XXXI, comunicação XII, em “O Livro dos Médiuns” de Allan Kardec).
Médium: (Do latim: medium = meio; intermediário; medianeiro). Pessoa que pode servir de intermediário entre os Espíritos e os homens; aquele que num grau qualquer sente a influência dos Espíritos de modo ostensivo.
Todo aquele que sente num grau qualquer, a influência dos Espíritos, é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, privilégio exclusivo, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento dessa faculdade. Pode-se, pois, dizer que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em que a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.
A predisposição mediúnica independe do sexo, da idade e do temperamento, bem como da condição social, da raça, da cultura, da religião, da inteligência e até mesmo das qualidades morais. Todavia, quanto mais elevado for moralmente o médium, melhor instrumento este se tornará à Espiritualidade.
Antes de tudo á que ter a certeza de que os nossos problemas são de saúde física ou não. Depois de todos os distúrbios terem sidos submetidos ao crivo da ciência e aí não tenhamos tido solução então à que procurar ajuda espiritual.
Logo, o principal é que a pessoa tenha certeza de que está bem de saúde corpórea e psíquica, de que realmente através da ciência convencional, não encontrou soluções para os seus distúrbios, antes de procurar uma casa espírita ou qualquer religião.
Conforme denominou Allan Kardec todos somos portadores de mediunidade natural que é o canal psíquico pelo qual recebemos as influências boas ou ruins que estimulam as experiências do Espírito na vida terrena. Porém, nem todos somos médiuns.
Vamos partir do principio que "todas as pessoas têm mediunidade". A diferença é que em algumas é muito aflorada e em outras precisa ser trabalhada. A mediunidade é uma faculdade que Deus nos deu para que seja usada em benefício do bem e de ajuda a quem tanto precisa. A mediunidade pode ser sentida de várias formas: Por meio de avisos em sonhos, por premonição (saber que alguma coisa vai acontecer), por intuição (como se uma vozinha soprasse no nosso ouvido: não faça esse caminho, ou então não vá nesse lugar hoje...etc), ver vultos em casa ou em qualquer lugar, sentir quando um ambiente ou alguma pessoa está pesado, ir a algum lugar e saber como ele é sem nunca tê-lo visto e volta e meia passar mal (ter muito sono, ficar enjoado e com dor de cabeça sem motivo nenhum), ter vontade de chorar do nada e outras coisas dito "estranhas" que acontecem no nosso dia a dia.
Como sabemos se somos médiuns? E se formos, o que devemos fazer?
Allan Kardec diz que todos somos mais ou menos médiuns, pois todos possuem a mediunidade natural, canal psíquico através do qual somos estimulados ao crescimento. Entretanto, médiuns propriamente ditos são aqueles que recebem manifestações ostensivas dos Espíritos. A única forma de sabermos se temos ou não mediunidade ostensiva é colocando-nos como servidores sinceros da causa de Jesus. Ou seja, deveremos primeiro fazer parte da equipe de trabalhadores de uma casa espírita e lá, através dos estudos sérios e da disciplina interior, procurarmos entender antes as nuances do contato com os Espíritos.
Allan Kardec diz em O Livro dos Médiuns, que não se deve nunca iniciar um trabalho de intercâmbio espiritual sem estudar a mediunidade. Existem algumas pessoas que sentem influências dos Espíritos, em diversos graus de intensidade, e acham que, por isso, estão prontas para trabalhar nesse campo. Geralmente não aceitam a ideia de que precisam se instruir mais e mais. Vão às casas espíritas somente para trabalhar com mediunidade e se não as aceitam naquela, buscam outra, e assim permanecem por toda a vida.
O melhor meio para educar/desnvolver a mediunidade é fazendo parte das fileiras de trabalhadores de uma casa espírita idônea, que prime pelos estudos em todos os sentidos. Sem o estudo sério, disciplinado e consequentemente a necessidade da reforma interior, a possibilidade de cair sob a influência dos Espíritos enganadores é muito grande. O exercício da mediunidade deve ser feito dentro de um sentimento de dedicação, abnegação e sinceridade, a fim de que se possa merecer a atenção dos bons Espíritos. Desconfiem sempre de quem "descobre" vossa mediunidade à primeira vista. A mediunidade é estudo e prática.
Qualquer pessoa pode ajudar no centro espírita, desde que disponha de boa vontade e preparo moral e doutrinário adequados. Isso conseguisse com estudo e boa dose de seriedade, dedicação, abnegação e disciplina. Não é necessário ter dons mediúnicos para servir. Existem inúmeras frentes de trabalho nas casas espíritas onde se podem desempenhar tarefas que não dependem da mediunidade. Para se souber dos possíveis dons mediúnicos, Allan Kardec diz-nos que devemos testar as pessoas.
Se não for preciso desenvolver essa faculdade através da incorporação, podem como se costuma dizer educar-se mediunicamente, estudando a doutrina ( em primeiro os 5 livros da codificação os livros de Kardec, depois os de Leon Denis, Herculano Pires, Jorge Andrea dos Santos, Chcico xavier, Divaldo e outros autores que muito têm contribuido para a clarificação e divulgação da doutrina) algumas pessoas dizem mas eu já li todos esses livros, muito bem leu-os mas então agora estude-os, e proponha-se ajudar de alguma forma os outros praticando qualquer coisa que faça caridade, que se doe na ajuda ao próximo.
Os melhores servidores nesta área são aqueles formados dentro das casas espíritas que tratam o estudo da Doutrina Espírita com seriedade. Aqui entra a grande responsabilidade dos dirigentes que teoricamente deveriam estar aptos a conduzir as pessoas de forma equilibrada ao desenvolvimento e exercício desta nobre tarefa.
Quanto aos que são médiuns ostensivos, que já demonstram algum dom desde cedo, seja de que forma for, há que não só estudar, mas também começar a educar/ desenvolver essa mediunidade de forma disciplinada, para isso é necessário, que sejam submetidos igualmente ao estudo disciplinado e à orientação de alguém experiente dentro do centro espírita que possa dar-lhe direcionamento seguro da sua faculdade. Caso contrário, poderão desequilibrar-se. Não só estudar mas duar muito tempo ao treino de saber receber os espíritos de se saber controlar, e começar a compreender quando pode e não pode faze-lo.
É claro que todos temos o livre arbítrio, que todos somos livres de aceitar trabalhar nas fileiras da ajuda e fazer ou não parte de uma casa espírita, mas isso é algo com que teremos de viver dependendo de nossas escolhas seremos mais felizes ou não.
Não é em vão que os poderes superiores nos dão faculdades mediúnicas. Elas existem para podermos entrar em contato com o mundo espiritual, receber notícias dos que se foram, esclarecimentos sobre a vida nessa outra dimensão, sobre as leis naturais e sobre todos aqueles “porquês” que tanto afligem a alma humana.
A tarefa mediúnica é programada antes da reencarnação e, muitas vezes, ela representa uma troca nas formas de resgate kármico. Digamos que um espírito, conhecendo ou lembrando-se de uma ou mais de suas vidas passadas, nas quais cometeu faltas graves perante as leis divinas, decide-se a resgatá-las. Entende então, que para acabar com aquele remorso, retirar aqueles “pesos” de sua consciência profunda, precisa renascer na Terra e purgar suas culpas numa existência de grandes sofrimentos ou limitações.
Nessas situações, e quando há merecimento de sua parte, ele pode conseguir uma troca. Em vez de reencarnar com um programa de vida repleto de dores e aflições, irá retornar á matéria trazendo um compromisso de trabalho mediúnico. Poderá também comprometer-se a alguma atividade benéfica, como a cuidar de crianças ou idosos desvalidos, desenvolver programas que possam melhorar a qualidade de vida de pessoas, beneficiar a natureza, enfim, dedicar-se a fazer o bem de forma desinteressada. É a permuta de sofrimentos por uma tarefa de amor. E lembramos, a propósito, que o apóstolo afirmou: “O amor cobre uma multidão de pecados”.
Assim, em vez da doença, da penúria, das deficiências físicas ou problemas semelhantes, esse espírito reencarna trazendo compromisso de trabalho no bem. No caso em pauta, seria a atividade mediúnica, inteiramente gratuita, visando apenas ajudar o próximo necessitado.
Mas há também casos de mediunidade que não representam resgate, mas uma tarefa de amor que alguém resolveu assumir.
Sempre que alguém vai voltar à terra comprometida com tarefa mediúnica, os mentores elaboram um planejamento para suas futuras atividades. Eles também o preparam devidamente, para poder servir, quando na Terra, como intermediário entre o mundo físico e o espiritual.
O futuro médium então renasce e cresce, recebendo os devidos cuidados da parte dos espíritos responsáveis pela sua tarefa.
Mas para que o médium possa receber assistência dos bons espíritos, precisa fazer por merecê-lo, procurando tornar-se sempre uma pessoa melhor, mais afetuosa, mais responsável e agindo sempre com ética. A conduta reta e o amor fraterno representam a sua segurança e equilíbrio como medianeiro entre a dimensão material e a espiritual. Isto é fundamental para fortalecer o seu campo energético e situá-lo fora da faixa de sintonia com entidades inferiores.
Mas a mediunidade também pode ser uma faca de dois gumes. Quando o médium se propõe ao atendimento a interesses rasteiros, ao ganho de bens, de posições, de influência ou status, ou pior ainda, a fazer o mal, suas faculdades mediúnicas transformam-se em canal para espíritos negativos, com resultados imprevisíveis, mas sempre muito maus.
E o pior ocorre no retorno ao mundo espiritual, depois da morte. “Ali, o médium faltoso terá de amargar suas dores, seus remorsos e o resultado de suas ações irresponsáveis ou anti-fraternas, sem falar em que terá de recomeçar tudo outra vez, e em condições mais desfavoráveis.”
Todos que temos plena consciência do que é a Doutrina Espirita e tal como Kardec afirmou mediunidade não requisitará desenvolvimento indiscriminado, mas, antes de tudo, aprimoramento da personalidade mediúnica e nobreza de fins, para que o médium possa tornar-se um filtro leal das Esferas Superiores com vistas à ascensão da Humanidade para o Progresso.
Mas então, como proceder ao desenvolvimento mediúnico? Allan Kardec e vários benfeitores espirituais orientam-nos que, no desenvolvimento mediúnico, temos de vencer três etapas: intelectual - material - moral.
a)   Etapa Intelectual: é representada pela necessidade do estudo. Kardec afirma:
b)   "... O estudo preliminar da teoria é indispensável, se quisermos evitar inconvenientes inseparáveis da inexperiência." [LM-it 211]
O estudo da faculdade mediúnica e o conhecimento da Doutrina Espírita são bases essenciais e indispensáveis.
c)    Etapa Material: é o adestramento, uma forma de treinamento da faculdade mediúnica, uma familiarização com as técnicas envolvidas no processo da mediunidade.
"Na verdade, até hoje, não existe sinal ou diagnóstico infalível para se chegar à conclusão que alguém possua essa faculdade; os sinais físicos nos quais algumas pessoas julgam ver indícios, nada tem de infalíveis. Ela encontra-se, nas crianças e nos velhos, entre homens e mulheres, quaisquer que sejam o temperamento, o estado de saúde, o grau de desenvolvimento intelectual e moral. Não há senão um meio para lhes contatar a existência que é o experimentar." [LM-Cap 17 it 200]
Esta experimentação deve ser: perseverante, assídua, séria, em grupo, local adequado, sob orientação experiente, desprovida de condicionamentos.
O candidato a médium deve ter persistência, exercitando-se para as comunicações em dias e horários certos da semana, pré-estabelecidos, de preferência em grupo. Kardec orienta-nos [LM-it 207] que a reunião de pessoas com intenção semelhante forma um todo coletivo onde a força e as sensibilidades se encontram aumentadas por uma espécie de influência magnética que ajuda o desenvolvimento da faculdade.
A reunião deste grupo deve ser sob a direção de pessoas experientes, conhecedoras da Doutrina Espírita e do fenômeno mediúnico.
Esta reunião deve ser também feita, de preferência em local apropriado, isto é, no Centro Espírita, onde estaremos sob o amparo e a orientação de Espíritos Bons, que são responsáveis pelos trabalhos mediúnicos da Casa. Além disto, todo Centro Espírita tem como que um isolamento magnético que nos protege espiritualmente durante os trabalhos mediúnicos. É simples compreendermos, pois na Terra acontece o mesmo. Um acadêmico de Medicina inicia o seu treinamento aos doentes num Hospital e sob a supervisão de um médico experiente para evitar desastres. Se for uma cirurgia será necessário um cuidado ainda maior - um centro cirúrgico.
O candidato a médium não deve desistir se, após 2, 3 ou 10 tentativas de comunicação com os Espíritos não obtiver qualquer resultado ou qualquer indício de comunicação. Como vimos, existem obstáculos decorrentes da própria organização mediúnica em desabrochamento, impedimentos materiais e psíquicos que, só com o tempo e a dedicação serão contornados.
Quanto ao médium que já controla bem sua faculdade, que permite aos Espíritos se comunicarem com facilidade, que seja, em uma palavra, um “médium feito”, seria um erro de sua parte, nos assevera Kardec [LM-it 216] crer-se dispensado de qualquer outra instrução. Não venceu senão uma resistência material, e é agora que começa para ele o verdadeiro desafio, as verdadeiras dificuldades: vencer a terceira etapa - a moral.
c) Etapa Moral: Allan Kardec define como espírita-cristão ou verdadeiro espírita, aquele que não se contenta em admirar a moral espírita, mas a pratica e aceita todas as suas consequências. Convencido de que a existência terrena é uma prova passageira, aproveita todos os instantes para avançar no caminho do Progresso, esforçando-se em fazer o bem e anular seus maus pensamentos. A caridade em todas as coisas é a regra de sua conduta.
Sob o ponto de vista espírita, a mediunidade é uma iniciação moral das mais sérias, é um mandato que nos é oferecido pela Espiritualidade Superior a fim de ser fielmente desempenhada. Desta forma, o aspirante à mediunidade - Luz da Doutrina Espírita - deve partir da conscientização de seus ensinamentos e esforçar-se, desde o início de seu aprendizado, por ser um espírita-cristão. Isto significa trabalhar incessantemente por nossa reforma moral.
Somente nossa evolução moral, nossa melhora e nosso crescimento para o Bem poderão garantir-nos o assessoramento dos bons Espíritos e o exercício seguro da mediunidade, por nossa sintonia com o Bem. E esta não é uma tarefa fácil, pois o que mais temos dentro de nós são sensações e experiências negativas e deformadas trazidas do passado. Por isso para nós ainda é mais fácil e cômodo, sintonizar com as atitudes negativas do que com as positivas.
E como faremos? Como nos livrarmos de condicionamentos inferiores?
Carregamos séculos de erros e alguns anos de boas intenções. É claro que não podemos mudar sem esforço, temos que trabalhar duro nesta reforma moral, que só nós saberemos identificar e sentir porque estará marcada em nosso íntimo. Trabalhemos com exercícios diários e constantes no bem, meditando e orando muito. Jesus, o Médium por Excelência, sintonizava-se constantemente com Deus, no entanto, após a convivência com o povo, sempre se afastava para orar e meditar em silêncio e solidão.
A diferença de um bom médium e um médium desajustado, não está na mediunidade, mas no caráter de um e de outro; na formação moral está a base de todo desenvolvimento mediúnico.
Todos aqueles que aspiram ao desenvolvimento mediúnico devem ter alguns cuidados tais como:
Culto do Evangelho no Lar: ele proporciona a renovação do clima espiritual do lar sob as luzes do Evangelho Redivivo, porque o lar é a maior fonte de energia de que somos carentes, é onde compensamos nossas vibrações psíquicas em reajustamento.
Culto de Assistência: rompimento com o egoísmo, interessando-nos pelo próximo, auxiliando-o sempre em todas as ocasiões, usando ao máximo nossa capacidade de servir desinteressadamente. Participação em atividades como: distribuição de alimentos, visita aos enfermos, idosos e creches, em suma voluntariado sempre que possível.
Frequência ao Centro Espírita: nas reuniões públicas e outras atividades oferecidas pelas Casas Espíritas. Aprenderemos a viver em grupos Humanos que nos permitirão o exercício da humildade. Evitemos as sessões mediúnicas nos lares; organização espiritual não se improvisa.
Estudo Coletivo: reunidos aos companheiros para o estudo das obras espíritas, evitemos as falsas interpretações. Assimilando as experiências de companheiros, estaremos alongando nossa visão e nossa percepção dos conteúdos espíritas; o que se torna mais difícil numa leitura solitária. Reforma Íntima: revisão e reconstrução de nossos atos e hábitos, permutando vícios por virtudes legitimamente cristãs que são as únicas que sobreviverão eternamente.
Dentro destes critérios de desenvolvimento da mediunidade, mesmo que nenhuma faculdade venha a desabrochar, tenhamos a certeza que estaremos desenvolvendo-nos espiritualmente e capacitando-nos para o exercício da mediunidade com Jesus.
Bibliografia:
Dicionário de Filosofia Espírita – Lamartine Palhano Jr.
Forum Espírita
Portal do Espírito: A Mediunidade
Gui de referência (HEU), Homem (Humano), Espírito e Universo (HEU).
Uma leitora assídua da Rede amigo espírita diz:
Prezada Maria Rosa.
Gostei muito de ler a sua mensagem a respeito da mediunidade. Orem na prática tudo tem sido muito diferente não só para mim como para outros médiuns. Os Centros Espiritas não estão receptivos a novos médiuns e você sofre muito com a mediunidade, mas não tem ninguém para orientar. O máximo que você consegue é grupo de estudos, passes... Somos tratados como pessoas só para assistir aas palestras ou por pessoa infinitamente necessitada.
Grupo mediúnico, nem falar, há uma concorrência lamentável e cruel. Os dirigentes das Instituições acreditam que veja em cada novo médium um concorrente. Há muita a burocracia e disputa de interesses.
Afastei-me definitivamente, leio muito  e acompanho palestras pela internet e recebo passe virtual, mas a Mediunidade  talvez eu desencarne sem saber quem poderia me ajudar A grande realidade, é que os mandamentos do Cristo não estão sendo cumpridos, estou tentando sozinha a minha reforma interior  e praticando a caridade, sem ser nas instituições, porque também há uma dificuldade imensa de ingresso.
Sou advogada de Família e ofereci as  diversas dessas Instituições meus serviços totalmente gratuito aos necessitados de cada uma dessas casas, mas as portas estão fechadas. Foi apenas um desabafo de uma grande dor.
Abraços fraternos
Sonia Cetrim.
Estimada amiga.
Nós ainda estamos em um planeta de transição e somos espíritos altamente endividados, mas o grande problema que àqueles, os grandes estudiosos da doutrina espírita, deveriam servir de exemplo, infelizmente a maioria, não demonstra essa fé inabalável.
A madre Tereza, a Irmã Dulce e outros que nunca leram obras espíritas, mas eram, na essência, os verdadeiros espíritas. Como explicar?
Participei do COHEM por dois (2) anos, faço Evangelho no Lar e leio obras do Chico Xavier(mais de 400 obras)que, com certeza, não conseguirei lê-las. Mas o grande livro que leio diariamente é o Livro da Vida, que é lido nas ruas. Hoje eu sou uma  cristã que acredito na vida após a morte que deram o nome de espírita. Faço atendimentos gratuitos, pois são os mais necessários e urgentes. Não tenho muito tempo para as leituras, por que o livro da vida me chama a todo o instante.
Prezada amiga, talvez não tenha compreendido o que mencionei acima, mas quem sabe, muitos bons médiuns serão úteis até para salvar vidas ou muitas vidas estão sendo perdidas pela ausência desses médiuns tão necessários para o crescimento espiritual.
A grande doença que assola a humanidade chama-se ORGULHO. Podemos citar como um exemplo vivo da humildade, atualmente  é o Papa Francisco, como foi também o nosso Francisco Xavier. Estamos em transição, acredito que muitas mudanças estão acontecendo e prestaremos conta, sem dúvida alguma, de nossos erros.
Que a Paz do  senhor Jesus esteja em seu coração e Muito obrigada pela ajuda.
amiga Sonia.
Paz aos amigos. Sou de Pouso Alegre, MG. Iniciei na Doutrina Espírita recentemente (cerca de 3 meses). Frequentava a Igreja Católica, donde desempenhei uma série de atividades. Era uma católico praticante. Nada contra a Igreja Católica; aliás, nada contra religião alguma, mas na verdade o espiritismo sempre me atraiu. A mais ou menos uns 25 anos frequentei por algum tempo um centro kardecista por uns 4 meses mas abandonei e nunca mais retornei. Agora já aos 51 anos descobri que é a Doutrina que quero verdadeiramente seguir e me sinto agora bastante seguro para não mais abandonar (já era tempo, né?). (rsrsrs). 
Participo hoje ativamente as palestras e grupos de estudo no centro aqui em minha cidade. Estou super motivado e agora cada dia que passa mais feliz e motivado estou.
Preciso partilhar algo que aconteceu na semana passada: Minha mãe no RJ pediu-me que orasse por uma pessoa conhecida dela que está com um problema na pele (soltando toda) todos os dias a mãe dessa pessoa retira pela manhã pás de pele que se soltam durante a noite (inclusive peço a oração de vocês também).
Comentei com o dirigente do centro e o mesmo me orientou que concentrasse e pedisse por ela na hora do passe. Assim fiz só que depois durante o dia seguinte fiquei muito mal, sonolento, indisposto, etc. Assim fiquei até um próximo dia que tive a oportunidade de passar pelo passe novamente; só que fiquei muito feliz quando minha mãe me enviou uma mensagem durante essa semana dizendo que essa pessoa havia melhorado muitíssimo.
Fiquei muito feliz. Vocês não conseguem imaginar a felicidade que fiquei quando minha mãe me disse em relação à melhora dela. Só fiquei encabulado com os meus sintomas que citei acima. O que vocês acham.
Paz fraterna a todos os irmãos.
Sonia Cetrim Silva disse:
Caro amigo Edmilson,
A maioria dos médiuns passa pelo o que você está passando. Existem médiuns ostensivos e que não têm uma oportunidade sequer de ajuda espiritual. Muitos se encontram em hospitais psiquiátricos de maneira irreversível, porque já atingiu o corpo físico. Nós habitantes desse planeta, nessa dimensão estamos, ainda, submissos aos antigos habitantes de Capela que foram enviados  para essa dimensão. Eram seres extremamente "inteligentes", mas o caráter era muito mau. Temos exemplos hoje em dia, na política, nas instituições religiosas, nas famílias, da presença desses seres  revestidos de falsa benignidade.
Edmilson segue o seu caminho, ouça palestras (o conteúdo), tome passes, leia e acima de tudo faça todos os dias algo pelo seu próximo.
Pessoas sensíveis e de bom caráter, nessa fase de transição, ficam vulneráveis, porque não aceitam injustiças, tragédias etc..., mas nessa dimensão até a regeneração total vamos sofrer e muito a mercê dessa humanidade, com exceções. Creia amigo, continue o seu caminho com o senhor Jesus não importe as tempestades que virão.
Use a sua mediunidade fazendo caridade e doando ectoplasma para cura de enfermos em hospitais apenas com palavras de amor e consolo e deixa que a espiritualidade amiga se encarregue do restante. Terá muita ajuda de nossos amigos espirituais que estão atentos ao seu sofrimento. Não desista, porque é um problema mundial. A expiação agoniza e vai desencarnar para reencarnar a Regeneração que só poderemos senti-la em sua plenitude por volta do terceiro milênio.
Abraços fraternos
Amiga Sonia
Obrigado amiga! Grande abraço e votos de muita paz! Os maus ainda imperam, mas está chegando reforço para o nosso lado e os dias desses espíritos perversos pelo menos neste orbe está chegando ao fim... Que posso dizer a eles, adeus ou até o dia de são nunca! Afinal para onde eles vão o inferno, digamos seria pouco... Mas é o preço por tanta maldade e desvio da lei do supremo Deus!
Conheça o Evangelho do nosso Irmão maior (Jesus)
Conheça o
         E S P I R I T I S M O,
                     UMA NOVA ERA
                                  PARA A HUMANIDADE

DEUS,
INTELIGÊNCIA SUPREMA
CAUSA PRIMÁRIO DE TODAS AS COISAS
JESUS
O GUIA E MODELO
KARDEC,
A BASE FUNDAMENTAL
·       O LIVRO DOS ESPÍRITOS
·       O LIVRO DOS MÉDIUNS
·       O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
·       O CÉU E O INFERNO
·       A GÊNESE
“ FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO”
Caridade: benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas
Doutrina Espírita ou Espiritismo
O que é
É o conjunto de princípios e Leis, reveladas pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritas, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O céu e o Inferno e A Gênese.
“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem com de suas relações com o mundo corporal.” Allan Kardec (O que é o Espiritismo – Preâmbulo).
. “O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios de lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.” Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. VI – 4).
O que revela
Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.
. Revela ainda, o que somos de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.
Sua abrangência
Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.
. Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: Filosofia, religioso, ético, moral, educacional e social.
Seus ensinos fundamentais
. Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
. O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.
. Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.
. No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.
Você acredita no seu anjo da guarda?

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