sexta-feira, 26 de maio de 2017

SÍNDROME - VASOVAGAL

Desmaios frequentes podem denunciar a síndrome vasovagal
 
Problema acontece quando o coração desacelera os batimentos rapidamente
Dr. Bruno Valdigem 
CARDIOLOGIA - CRM 118535/SP
ESPECIALISTA MINHA VIDA
Alguma vez quando você levantou rápido da cama e sentiu tontura, fraqueza, reparou que a visão ficou escura e teve certeza de que ia desmaiar? Teve de sentar, esperar melhorar e depois levantou de novo como se nada tivesse acontecido? Isso acontece porque o corpo não estava preparado para manter sua pressão arterial alta o suficiente a ponto de seu cérebro receber todo o oxigênio que precisa. Quando você se senta ou espera um pouco parado, seu corpo fez com que os vasos sanguíneos contraíssem discretamente e aumentou a frequência de batimentos do seu coração, aumentando o fluxo sanguíneo e compensando assim uma falta de sangue relativa - como resultado, você se sente bem.
Há também aqueles que sentem essa tontura em situações que o sistema nervoso autônomo sofre extremo estresse. Esse sistema é uma área do cérebro responsável por regular da pressão, a frequência cardíaca, a contração dos vasos.... Enfim, tudo que o cérebro faz para o corpo funcionar sem você notar. Agora imagine que você ficou de pé numa fila por cinco horas, parado, suando no calor do centro da cidade, e umas onze da manhã você se lembra de que esqueceu o café da manhã.
Todo o seu sangue foi para as pernas, que não se mexem e vão acumulando esse líquido. Desidratado, seu coração tenta compensar a falta de liquido com aumento da frequência e contração dos vasos, até que ele começa a bater em uma frequência maior do que a do que a quantidade de sangue que chega. Nesse momento, seu coração nota que está batendo "a seco". Ele então desacelera e relaxa o tônus desses vasos sanguíneos pra deixar o sangue chegar em maior quantidade, bem na hora que você precisava desse coração batendo para manter sua pressão alta e continuar em pé. Como consequência, você desmaia.
A síndrome vasovagal é o resultado de um reflexo exagerado do corpo, feito para preservar o fluxo de sangue em caso de hemorragia ou desidratação, que em última analise leva ao efeito oposto
Isso é a descrição do que acontece com várias pessoas no mundo, e é a principal causa de desmaios em qualquer faixa etária, principalmente nos jovens. A síndrome vasovagal, também chamada de síndrome neurocardiogênica, é o resultado de um reflexo exagerado do corpo, feito para preservar o fluxo de sangue em caso de hemorragia ou desidratação, que em última analise leva exatamente ao efeito oposto: baixo fluxo cerebral, tonturas, hipotensão, desmaios (síncope) ou quase desmaios (pré-síncope ou lipotimia).
Como eu sei se tenho a síndrome?
O que pessoas comuns só apresentam em situações de extremo estresse, pessoas com síndrome vasovagal (SVV) apresentam em situações cotidianas, como após refeições, ao ver sangue, na fila do banco ou cozinhando.
Os desmaios são menos frequentes do que as sensações de quase desmaio, tonturas ou mal-estar - que acontecem o tempo inteiro. Pessoas com desmaios de início recente ou que mudaram as características (se tornaram mais precoces, sem causa aparente, mais frequentes ou com trauma) devem se submeter a exame médico, eletrocardiograma e a critério do médico que os examinou, holter 24 horas e ecocardiograma. Quando todos estes exames são normais, o risco de doença cardíaca grave é mínimo, desprezível, igual ao de quem não sente nada. O teste de inclinação (tilt test) pode ajudar no diagnóstico de casos que fogem do comum. O exame deixa a pessoa de pé por 40 minutos e mede a pressão arterial e a frequência cardíaca continuamente para ver como se comportam.
Isso tem cura?
O tratamento principal é aumentar muito a ingesta de líquidos, evitar desidratantes (como álcool ou diuréticos), fazer exercícios com as pernas (para fortalecer a musculatura e evitar represar sangue ali) e reconhecer os sintomas que geralmente acontecem antes do desmaio. Assim, se começou a sentir algo estranho, o ideal é se deitar com as pernas elevadas apoiadas em alguma coisa, e espere passar. Depois, vá até a geladeira mais próxima e beba uns dois copos de água. Com achegada do verão, esses eventos são mais comuns, logo, beba muitos líquidos pra prevenir a desidratação. Manobras de contrapressão (como fechar as mãos com forca e agachar) podem aumentar a pressão e abortar o reflexo. Raramente é necessário uso de medicações.
OBS:
Pessoas que tomam várias medicações, especialmente em idosos, podem ter benefício com reajuste ou troca dos remédios que toma. Nesses casos a queda da pressão é gradual, e dependente do tempo que a pessoa fica de pé. A síndrome do vasovagal é um problema benigno, e para evitar sintomas indesejáveis é bom que essas medidas sejam feitas sempre!
O que significa a Síndrome vaso vagal
Síncope vaso vagal
síncope vasovagal ou síndrome vasovagal (também chamada de síncope neuromediada ou síncope neurocardiogénica)[1] é uma síncope (ou desmaio) relacionada à ativação inapropriada do nervo vago, que faz parte do sistema nervoso parassimpático.[2] Ela pode ocorrer em qualquer faixa etária,[3] sendo mais comum em jovens entre 10 e 30 anos.[4] Cerca de 70% dos pacientes que procuram serviços de saúde em decorrência de desmaios têm a síndrome vasovagal.[5]
Sinais e sintomas [editar | editar código-fonte]
Os episódios de síncope vaso vagal são tipicamente recorrentes, e geralmente ocorrem quando a pessoa está exposta a um gatilho específico. Antes de perder a consciência, o indivíduo frequentemente experimenta os primeiros sinais ou sintomas tais como tonturas, náuseas, a sensação de estar extremamente quente ou frio (acompanhada de sudorese), zumbido nos ouvidos (zumbido), uma sensação desconfortável no coração, pensamentos difusos, confusão, uma ligeira incapacidade de falar / palavras de formulário (por vezes combinados com gagueira leve), fraqueza e distúrbios visuais, como luzes parecendo muito brilhante, distorcido ou túnel visão, preto manchas nuvem-como na visão, ou um sentimento de nervosismo.
Os sintomas duram por alguns segundos antes da perda de consciência (se for perdida), o que normalmente acontece quando a pessoa está sentada ou em pé. Quando sofrem desmaio, elas caem no chão (a menos que a queda seja impedida) e, quando nesta posição, o fluxo sanguíneo para o cérebro eficaz será restaurado imediatamente, permitindo que a pessoa recupere a consciência; se a pessoa não se encontra em uma posição supina totalmente plana, e a cabeça permanece elevada, acima do tronco, um estado semelhante a uma apreensão, pode resultar da incapacidade do sangue para voltar rapidamente para o cérebro, os neurônios no corpo vão disparar e geralmente causam os músculos a se contorcerem muito ligeiramente, mas a maioria permanece muito tensa. O desmaio ocorre com a perda de oxigênio para o cérebro.
A pessoa pode sentir náuseas, palidez e suador durante vários minutos ou horas.
Síncope vaso vagal ocorre em resposta a um gatilho, com um mau funcionamento correspondente nas partes do sistema nervoso que regulam a taxa cardíaca e pressão arterial. Quando a frequência cardíaca diminui, a pressão arterial cai, e a resultante falta de sangue para o cérebro provoca desmaios e confusão.
Gatilhos típicos para episódios vaso vagais incluem:
· Tempo prolongado em pé ou sentado
· Depois ou durante a micção (micção síncope)
· Levantando-se muito rapidamente (hipotensão ortostática)
· Durante ou procedimentos pós-biópsia.
· Estresse diretamente relacionadas com trauma
· Estresse
· Síndrome de taquicardia ortostática (POTS). Vários episódios crônicos posturais são vividos diariamente por muitos pacientes diagnosticados com esta síndrome. Os episódios são mais comumente manifestados em cima de pé.
· Quaisquer estímulos dolorosos ou desagradáveis, tais como:
· Trauma (como bater um osso engraçado)
· Assistindo ou passando por procedimentos médicos (tais como a punção venosa ou injeção)
· Alta pressão sobre ou em torno da área do peito após o exercício pesado
· Cólicas menstruais graves
· Sensibilidade à dor
· Excitação ou estimulantes, por exemplo, sexo, cócegas ou adrenalina
· Início súbito de emoções extremas
· Falta de sono
· Desidratação
· Fome
· Estar exposto a altas temperaturas
· Pressionando em cima de certos lugares na garganta, seios, e os olhos (também conhecido como estimulação reflexo vagal quando realizado clinicamente)
· O uso de certos fármacos que afetam a pressão arterial, tais como cocaína, álcool, marijuana, inalantes, opiáceos
· Ver sangue
· (Menos comumente) Taxa de açúcares no sangue baixa
O sintoma pós-desmaio é a rápida recuperação (menos que 5 minutos) da consciência, sem sonolência ou confusão mental. Uma duração da perda da consciência maior que 5 minutos pode sugerir o diagnóstico de epilepsia. [6]
Os sintomas pré-desmaio são:
· Diminuição da visão e zumbidos nos ouvidos[7]
· Palidez da pele
· Náusea
· Sensação de calor ou frio
· Suor
· Visão de túnel (perda da visão periférica) [8]
Tratamentos[editar | editar código-fonte]
Tratamento para vaso vagal centra-se na prevenção de gatilhos, restaurando o fluxo sanguíneo para o cérebro durante um episódio iminente, e medidas que interrompam ou impeçam o mecanismo fisiopatológico descrito acima.
A base do tratamento é evitar fatores desencadeantes conhecidos para causar síncope nessa pessoa. No entanto, um novo desenvolvimento na pesquisa psicológica mostrou que pacientes apresentam grandes reduções de síncope vaso vagal, através de exercícios baseados em exposição com terapeutas se o gatilho é mental ou emocional, por exemplo, visão de sangue. No entanto, se o gatilho é um medicamento específico, então evasão é o único tratamento.
Porque a síncope vaso vagal provoca uma diminuição da pressão sanguínea, relaxar o corpo inteiro como um modo de evitar não é favorável. Um paciente pode mover ou cruzar as pernas e apertar os músculos das pernas para manter a pressão arterial de cair tão drasticamente antes de uma injeção.
Antes de os eventos que acionam serem conhecidos, o paciente pode aumentar o consumo de sal e líquidos para aumentar o volume de sangue. As bebidas esportivas ou bebidas com eletrólitos podem ser particularmente úteis.
A descontinuação de medicamentos conhecidos para reduzir a pressão arterial pode ser útil, mas parando anti-hipertensivos também pode ser perigoso em algumas pessoas. Tomar drogas anti-hipertensivas pode piorar a síncope, como a hipertensão pode ter sido a forma do corpo para compensar a diminuição da pressão arterial.
Os pacientes devem ser instruídos sobre como responder a novos episódios de síncope, especialmente se eles experimentam sinais prodrômicos: eles devem deitar-se e levantar as pernas, ou pelo menos baixar a sua cabeça para aumentar o fluxo sanguíneo para o cérebro. Se o indivíduo perdeu a consciência, ele ou ela deve ser estabelecida com a sua cabeça virada para o lado. Roupas apertadas devem ser afrouxadas. Se o fator de incitar é conhecido, deve ser removido se possível (por exemplo, a causa da dor).
O uso de meias de compressão graduada pode ser útil.
Há certos exercícios de treinamento ortostático que foram comprovados para melhorar os sintomas em pessoas com síncope vaso vagal recorrente. Uma técnica chamada "tensão aplicada", que envolve aprender a tensão os músculos do tronco, braços e pernas é eficaz para síncope vaso vagal.
Certos medicamentos também podem ser úteis:
Betabloqueadores (antagonistas beta-adrenérgicos) foram uma vez o medicamento mais comum dado; no entanto, eles têm-se mostrado ineficazes em uma variedade de estudos e são, assim, não prescritos. Além disso, eles podem causar síncope por redução da pressão arterial e frequência cardíaca.
Outros medicamentos que podem ser eficazes incluem: estimulantes do sistema nervoso central fludrocortisone, midodrine, SSRIs tais como paroxetina ou sertralina, disopiramida, e, em contextos de cuidados de saúde, onde a síncope é antecipada, epinefrina atropina (adrenalina).
Para as pessoas com a forma de síncope vaso vagal cardioinibitória, implante de marcapasso permanente pode ser benéfico ou mesmo curativo.
Os exames médicos realizados para uma avaliação precisa podem ser:
· Teste de inclinação ortostática ("head-up tilt table test", ou apenas "tilt test") [9]
Principal causadora de desmaios, síndrome vaso vagal requer cuidados comportamentais Fonte:
Dr. Alfredo Salim Helito, Clínico-geral no Sírio-Libanês (RJ).
Ambientes fechados ou aglomerados, como igreja, salão de beleza e elevador, são torturantes para as pessoas com síndrome vaso vagal. Ficar em jejum, horas em pé ou ansioso também é determinante para desencadear o problema, que se caracteriza pela diminuição da pressão arterial e do batimento cardíaco por ação do nervo vago, localizado na região da nuca.
A principal manifestação da síndrome vaso vagal é o desmaio (síncope) e os primeiros sinais da crise são: fraqueza, sudorese, palidez, calor, náusea, tontura, borramento visual, cefaleia ou palpitações. "Não adianta tentar enfrentar os sintomas. Começou a sentir alguma dessas reações, é preciso procurar imediatamente um local para deitar", comenta o dr. Alfredo Salim Helito, clínico-geral no Sírio-Libanês.
Ao deitar, o sangue circula rapidamente por todo o corpo, compensando a queda da pressão arterial e reduzindo a sensação de mal-estar. "Por isso, muitas pessoas que ficam na posição horizontal, após o desmaio, logo retomam seus sentidos", explica o dr. Helito.
Os cuidados em relação à síndrome vaso vagal, no entanto, deve ser preventivo. Em primeiro lugar, é preciso consultar um médico para saber se os sintomas observados são mesmo em decorrência dessa síndrome, pois os desmaios também estão associados a problemas mais graves, como arritmia cardíaca e crises convulsivas.
A Unidade de Síncope, do Centro de Cardiologia do Sírio-Libanês, oferece exames que possibilitam estabelecer as causas dos desmaios, como o tilt-teste. Nesse exame, a pressão arterial e o ritmo cardíaco do paciente são avaliados em diferentes inclinações do corpo e sob o efeito de medicamentos.
Dicas preventivas
· Evite ficar em pé por períodos longos.
· Beba bastante água (2 litros por dia), pois ajuda a aumentar a pressão arterial e prolongar a capacidade de ficar em pé por mais tempo.
· Evite bebidas desidratantes, como álcool.
· Evite ambientes quentes e fechados.
· Movimente as pernas e panturrilhas enquanto estiver em pé.
· Se começar a sentir algo estranho, deite-se com as pernas elevadas.
· Se for desmaiar, deite-se ou aproxime-se do chão para não se machucar na queda.
Não existe um tratamento específico contra a síndrome de vaso vagal. Se for confirmado o diagnóstico da doença, medicamentos podem ser receitados em alguns casos, para evitar a queda da pressão arterial, mas geralmente os cuidados são comportamentais. Os portadores dessa síndrome aprendem a evitar alguns ambientes e a controlar as situações que podem desencadeá-la (veja ao lado). A síndrome vaso vagal é mais comum nas mulheres e durante a juventude.
Outros fatores que podem levar os portadores dessa síndrome a desmaiar são: grandes emoções, sustos e ingestão de bebidas alcoólicas. Já a hidratação ajuda a controlar a pressão arterial, diminuindo as chances de desmaios.
No geral, as pessoas com síndrome vaso vagal vivem bem. No entanto, se não forem tomados os devidos cuidados, aumentam-se os riscos de fraturas decorrentes das quedas por desmaio e a sensação de insegurança, podendo acarretar depressão e tristeza.
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