VEJA
ESTÁTUAS INCRÍVEIS
Noel Rosa
A boêmia, sempre regada a samba, era a vida e inspiração do “Poeta da Vila”. Noel viveu apenas 26 anos, o suficiente para que ele criasse uma das obras mais ilustres da música brasileira. Inaugurada em 1996, no Boulevard Vinte e Oito de Setembro, em Vila Isabel, a estátua retrata uma cena corriqueira na vida do compositor: ele aparece sentado numa mesa de bar, fumando um cigarro com uma garrafa de cerveja ao lado, sendo servido por um garçom.
Trilha sonora: “Conversa de Botequim”.
Michael Jackson
O
mundo assistiu ao impactante clipe da música “They Don't Care About Us“,
sucesso do rei do pop na década de 90. Parte do vídeo foi gravada na comunidade
Santa Marta, no alto de Botafogo. Para eternizar este momento, em 2010, um ano
após a morte do cantor, foi inaugurada a escultura em sua homenagem. A obra é
uma criação em bronze do artista Estevan Biandani, que traz Michael Jackson com
a camisa do Olodum, com a qual gravou o vídeo no morro. Trilha
sonora: “They Don't Care About Us“,
Tim Maia
Tijucano célebre, o “Síndico” foi homenageado com
estátua de bronze em suas devidas proporções: tem 1,80m de altura e mais de
650kg. Assinada pela artista plástica Christina Motta, a mesma que esculpiu a
Brigitte Bardot em Búzios, a obra fica na praça Afonso Pena, uma das mais
importantes do bairro. A escultura fica num pedestal, perfeito para as câmeras
de celulares ávidas por cliques e selfies. Trilha sonora: Do Leme ao Pontal.
Dorival Caymmi
Ao lado da Vila dos Pescadores da
Praia de Copacabana, posa simpático o compositor baiano, de sorriso e braços abertos recepcionando quem chega à orla, com toda a
Princesinha do Mar ao fundo. O mar sempre foi tema de suas canções, por isso, a
homenagem é à beira-mar. A obra foi criada em 2008, ano de seu
falecimento. E a poucos metros dali, fica outra estátua famosa, a do poeta
e escritor Carlos Drummond de Andrade que, pobre, vive tendo seus óculos de
bronze roubados por gente com falta do que fazer. Trilha sonora: “Sábado
em Copacabana”.
Carlos Drummond e
Pedro Nava "conversam" na Praça do Encontro
Literatura
e amizade são representadas no Centro de Belo Horizonte por meio das esculturas
em tamanho real dos escritores Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava. As
estátuas, com 200 kg e 1,70 m de altura cada, retratam o que seria uma conversa
entre os amigos que se destacaram na cena literária brasileira. As
esculturas foram produzidas pelo artista plástico Léo Santana e inauguradas em
2003, ano em que os escritores completariam 100 anos.
Carlos Drummond - Drummond, consagrado poeta brasileiro,
nasceu em Itabira, em Minas Gerais. Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava se
conheceram na capital e iam com frequência ao Café Estrela, local muito
visitado por escritores da época. Drummond costumava dizer que o amigo possuía
uma capacidade meio demoníaca, meio angélica de transformar em palavras o mundo
feito de acontecimentos.
O autor Itabirano
marcou a segunda fase do Modernismo brasileiro, em 1930, com o lançamento do
livro "Alguma Poesia". Entre suas obras poéticas e de prosa,
destacam-se “Brejo das Almas”, “Sentimento do mundo”, “Confissões de Minas”,
“Contos de aprendiz”, “Passeios na Ilha” e “Fala, amendoeira”. Várias produções
do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco,
tcheco e outras línguas. Drummond foi, seguramente, por muitas décadas, o poeta
mais influente da literatura brasileira, tendo também publicado diversos livros
em prosa.
Pedro Nava - Formado em medicina pela Universidade
Federal de Minas, Nava é mineiro de Juiz de Fora e participou da geração
modernista de Belo Horizonte. Como escritor, tornou-se o maior memorialista da
literatura brasileira, autor de seis livros. O primeiro foi “Baú de Ossos” – um
registro completo da vida social e cultural de Belo Horizonte nas primeiras
décadas do século passado. Depois deste, vieram ainda “Balão Cativo”, “Chão de
Ferro”, “Beira-Mar”, “Galo das Trevas” e “O Círio Perfeito”. Por este último,
recebeu, em 1984, o prêmio "Livro do Ano", concedido pelo Museu de
Literatura da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
Local: Praça do Encontro (Antiga Praça
Professor Alberto Deodato) – Rua Goiás com Rua da Bahia – Centro. Data de inauguração: 13 de dezembro
de 2003
VEJA
A quarta cadeira está vazia porque é a nossa
cadeira
A escultura "Alguma coisa a dizer?", foi levada da Alemanha
para o edifício das Nações Unidas em Genebra, Suíça, na segunda-feira. "É
uma escultura de bronze em tamanho natural, retratando três figuras, cada uma
em pé sobre uma cadeira. A quarta cadeira está vazia porque é a nossa
cadeira", de acordo com o site da instalação. Edward Snowden,
Julian Assange e Manning Chelsea "tiveram coragem de dizer não à intrusão
da vigilância global e às mentiras que levam à guerra. Amados e odiados, eles
escolheram perder a zona de conforto de suas vidas para dizer a verdade",
diz o site.
Charles Glass, o autor, jornalista e radialista, que inspirou trabalhos
de arte de Davide Dormino, explica: "Graças a Assange, Snowden e Manning,
você sabe os limites da liberdade. Você sabe que está sendo espionado a cada
hora, todos os dias. Você sabe como os governos matam e torturam aqueles que
são alegados inimigos. Chelsea Manning está cumprindo trinta e cinco anos em
uma prisão federal americana. Julian Assange está confinado na Inglaterra há
quatro anos... Edward Snowden está preso em Moscou. Vamos honrar sua coragem
erguendo um monumento, projetado pelo escultor italiano Davide Dormino".
Glass continua: "A maioria das estátuas em espaços públicos homenageia
guerreiros.
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