IDEIAS
O
UNIVERSO É CRIATIVO – TEMOS QUE SER CRIATIVOS
MEU LADO CRIATIVO - Eugenio Mussak
Todos temos uma criatividade inata (Que faz parte do indivíduo
desde o seu nascimento; que nasce com o indivíduo; inerente ou congênito).
Entenda como dar um empurrãozinho e trazer a sua à tona.
Dois irmãos se encontraram em uma happy hour (Período do dia, no
fim da tarde e após o encerramento do trabalho, em que os colegas se reúnem em
bares ou restaurantes). Paulo e Tarso. Um trabalha com publicidade e o outro em um
escritório de contabilidade.
-
Rapaz, preciso contar-lhe uma coisa: - estou muito feliz. Hoje na empresa que
trabalho, nosso Diretor Executivo, por intermédio de um gerente operacional,
pediu que eu fosse até a sala da Diretoria. Chegando lá, fui muitíssimo
elogiado pelo meu Diretor Executivo e o meu nome foi para folha geral de
promoção, direto para o Recurso Humanos. – Cara, fiquei muito feliz – Tudo
porque eu tive uma ideia sensacional. – Você sabe melhor do que eu, que ser
criativo e inovador é muito importante para empresa, seja ela pequena, média ou
de grande porte, para a sua carreira – contou Tarso, na maior alegria da vida.
-
Concordo plenamente amigo, mas qual foi exatamente essa ideia brilhante que
você teve finalmente? – Perguntou Paulo, muito ansioso.
- É
simples. Desenvolvi um método que gera um índice confiável sobre a relação
entre os lançamentos contábeis nas colunas de ativos e passivos quando a
empresa faz captação de recursos por meio de debêntures (É um título de dívida em que seu investimento é um
empréstimo para determinada empresa que não seja uma instituição financeira ou
uma instituição de crédito imobiliário. Assim o investidor se torna um credor
da empresa em questão e recebe juros fixos ou variáveis ao final do período
pactuado).
- Puxa
vida, você merecia um Leão em Cannes, amigo. Vamos brindar! Ironia do
publicitário Paulo à parte, o que esta historinha que mostrar é que ser
criativo é muito importante para todos em qualquer profissão.
Para Paulo, ser criativo faz parte do dia-a-dia. Mas Tarso provou que isso não é
prerrogativa das chamadas profissões criativas, como a dos artistas, designers
e cineastas. Usar a criatividade, atualmente, está entre as qualidades
profissionais mais valorizadas, pois este é o pré-requisito para a inovação. E
esta, para a evolução das empresas e da sociedade. E, mais do que isso, ajuda a
viver melhor uma vida para todos.
Albert
Einstein dizia que “ a criatividade é mais importante que a informação”. Ele
aplicou os horizontes da física e fez isso imaginando novas possibilidades.
Depois, dedicou-se aos cálculos. Mas é importante que se diga: para ser
criativo, não é necessário ser um gênio. Trata-se de uma condição humana
natural, que pode ser ampliada e aprimorada a qualquer momento da vida.
Há uma
relação interessante entre inteligência e criatividade, a partir da definição
de inteligência como um pensamento convergente
(É que se dirige para um ponto comum a um outro) e da criatividade como um
´pensamento divergente (É que tem
opiniões, pontos de vista diferentes; discordante, oposto).
De
acordo com essa visão, a inteligência é uma qualidade que depende do uso da
capacidade de raciocinar de modo convencional e objetivo para chegar ás
soluções corretas. A inteligência concentra esforços para chegar a uma solução,
usando o repertório de saberes e de raciocínios já existentes.
A
criatividade desconcentra, no sentido de dispersar o pensamento, abrindo um
leque maior de opções para encontrar uma solução. Colocadas desta forma, até
parece que inteligência e criatividade são coisas diferentes e excludentes. É
claro que não é assim. As definições acima foram criadas para a melhor
compreensão dos fenômenos mentais, mas na prática há uma profunda ligação. Um
mesmo tema de nossa vida pode estar sendo analisado pelo pensamento convergente
e pelo pensamento divergente ao mesmo tempo.
O
processo dedutivo clássico é uma manifestação inequívoca de inteligência, e
muitos dos chamados teste de QI baseiam-se
nele. “São Paulo é um Estado que pertence ao país Brasil, eu sou paulista...,
portanto sou brasileiro” é um exemplo extremamente simples de dedução.
Criar é fazer o novo ou refazer o velho, diferente. É,
portanto, sair de uma situação estável para outra, passando por um período de
instabilidade.
O Detetive Sherlock Holmes, famoso personagem de
Sir Arthur Conan Doyle, era um mestre da educação. Usava pensamentos lógicos e
resolvia crimes baseado na observação meticulosa e na educação. Ele não era
criativo e se orgulhava disso.
Já Robinson Crusoé, o náufrago do também britânico
Daniel Defoe, teve de ser criativo para continuar vivo, pois era o que lhe
restava ser, isolado em uma ilha deserta.
Cada herói com sua qualidade. Apenas como curiosidade,
Conan Doyle era médico e nunca abandonou a medicina, mesmo quando já era
escritor famoso. Já Defoe foi de tudo – pastor, marinheiro e até espião. Não é
regra, mas nesses dois casos os personagens refletiram os criadores.
Em ambos os casos, a criatividade foi um forte
componente, pois os dois personagens resultaram da mente fértil de seus
autores. Doyle teve de ser muito criativo para criar um personagem não
criativo. E ambos foram construídos em torno de contextos ambientais complexos,
do tipo que depende de uma análise cuidadosa e de uma interpretação
pormenorizada. Definitivamente, entre Holmes e Crusoé, fiquemos com os dois.
O potencial
criativo
A criatividade deriva da falta de opções ou do descontentamento
com as existentes. A criatividade desorganizada o mundo, pois criar novos
caminhos, o que provoca uma subversão da estabilidade anterior. Esse é o motivo
pelo qual os criativos são ás vezes incompreendidos, criticados e até
perseguidos. Eles subvertem, portanto, incomodam. Mas, se por um lado a criatividade
incomoda, por outro é ela que provoca mudanças.
Criar é fazer o novo ou refazer o velho,
diferente. É, portanto, sair de uma situação estável para outra, passando por
um período de instabilidade. Nossa condição de animais faz com que tenhamos um
componente cerebral que nega o movimento em direção à novidade. E é justamente
esse componente que cria um paradoxo curioso entre o desejo de ser criativo e o
medo da novidade.
Eis por que algumas pessoas são mais criativas do
que outras. Depende do lado para qual pende a balança, e isso está
profundamente ligado à educação que recebemos, ou mesmo a aspectos mais sutis de
nossa formação. Mas é importante que se diga que todos nascemos com um
potencial equivalente de criatividade (exceto
os gênios, mas esses são exceções, portando não contam), e é por obra da
educação, principalmente na infância, que essa criatividade potencial será
liberada, ganhando asas e ampliando seus limites. Ou, ao contrário, será
aprisionada para sempre.
Não deixe
morrer sua criança que tem dentro de você
Há duas características próprias da infância e da
juventude que estão ligadas à questão criatividade: a curiosidade e a transgressão.
Todos nascemos curiosos e transgressores, no
sentido bom da palavra, pois a infância temos uma imensa compulsão a mudar o
que está ao nosso redor. O sentido da palavra transgressor, neste caso, não tem
nada a ver com infringir leis, mas, sim, com vontade de fazer diferente.
Portanto, sendo curioso para o mundo, e predisposto a rearranjá-lo, somos
criativos por natureza.
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