segunda-feira, 10 de abril de 2017

SER CRIATIVO

IDEIAS
O UNIVERSO É CRIATIVO – TEMOS QUE SER CRIATIVOS
MEU LADO CRIATIVO - Eugenio Mussak
Todos temos uma criatividade inata (Que faz parte do indivíduo desde o seu nascimento; que nasce com o indivíduo; inerente ou congênito). Entenda como dar um empurrãozinho e trazer a sua à tona.
Dois irmãos se encontraram em uma happy hour (Período do dia, no fim da tarde e após o encerramento do trabalho, em que os colegas se reúnem em bares ou restaurantes). Paulo e Tarso. Um trabalha com publicidade e o outro em um escritório de contabilidade.
- Rapaz, preciso contar-lhe uma coisa: - estou muito feliz. Hoje na empresa que trabalho, nosso Diretor Executivo, por intermédio de um gerente operacional, pediu que eu fosse até a sala da Diretoria. Chegando lá, fui muitíssimo elogiado pelo meu Diretor Executivo e o meu nome foi para folha geral de promoção, direto para o Recurso Humanos. – Cara, fiquei muito feliz – Tudo porque eu tive uma ideia sensacional. – Você sabe melhor do que eu, que ser criativo e inovador é muito importante para empresa, seja ela pequena, média ou de grande porte, para a sua carreira – contou Tarso, na maior alegria da vida.
- Concordo plenamente amigo, mas qual foi exatamente essa ideia brilhante que você teve finalmente? – Perguntou Paulo, muito ansioso.
- É simples. Desenvolvi um método que gera um índice confiável sobre a relação entre os lançamentos contábeis nas colunas de ativos e passivos quando a empresa faz captação de recursos por meio de debêntures (É um título de dívida em que seu investimento é um empréstimo para determinada empresa que não seja uma instituição financeira ou uma instituição de crédito imobiliário. Assim o investidor se torna um credor da empresa em questão e recebe juros fixos ou variáveis ao final do período pactuado).
- Puxa vida, você merecia um Leão em Cannes, amigo. Vamos brindar! Ironia do publicitário Paulo à parte, o que esta historinha que mostrar é que ser criativo é muito importante para todos em qualquer profissão.
Para Paulo, ser criativo faz parte do dia-a-dia. Mas Tarso provou que isso não é prerrogativa das chamadas profissões criativas, como a dos artistas, designers e cineastas. Usar a criatividade, atualmente, está entre as qualidades profissionais mais valorizadas, pois este é o pré-requisito para a inovação. E esta, para a evolução das empresas e da sociedade. E, mais do que isso, ajuda a viver melhor uma vida para todos.
Albert Einstein dizia que “ a criatividade é mais importante que a informação”. Ele aplicou os horizontes da física e fez isso imaginando novas possibilidades. Depois, dedicou-se aos cálculos. Mas é importante que se diga: para ser criativo, não é necessário ser um gênio. Trata-se de uma condição humana natural, que pode ser ampliada e aprimorada a qualquer momento da vida.
Há uma relação interessante entre inteligência e criatividade, a partir da definição de inteligência como um pensamento convergente (É que se dirige para um ponto comum a um outro) e da criatividade como um ´pensamento divergente (É que tem opiniões, pontos de vista diferentes; discordante, oposto).
De acordo com essa visão, a inteligência é uma qualidade que depende do uso da capacidade de raciocinar de modo convencional e objetivo para chegar ás soluções corretas. A inteligência concentra esforços para chegar a uma solução, usando o repertório de saberes e de raciocínios já existentes.
A criatividade desconcentra, no sentido de dispersar o pensamento, abrindo um leque maior de opções para encontrar uma solução. Colocadas desta forma, até parece que inteligência e criatividade são coisas diferentes e excludentes. É claro que não é assim. As definições acima foram criadas para a melhor compreensão dos fenômenos mentais, mas na prática há uma profunda ligação. Um mesmo tema de nossa vida pode estar sendo analisado pelo pensamento convergente e pelo pensamento divergente ao mesmo tempo.
O processo dedutivo clássico é uma manifestação inequívoca de inteligência, e muitos dos chamados teste de QI baseiam-se nele. “São Paulo é um Estado que pertence ao país Brasil, eu sou paulista..., portanto sou brasileiro” é um exemplo extremamente simples de dedução.
Criar é fazer o novo ou refazer o velho, diferente. É, portanto, sair de uma situação estável para outra, passando por um período de instabilidade.
 
O Detetive Sherlock Holmes, famoso personagem de Sir Arthur Conan Doyle, era um mestre da educação. Usava pensamentos lógicos e resolvia crimes baseado na observação meticulosa e na educação. Ele não era criativo e se orgulhava disso.
Já Robinson Crusoé, o náufrago do também britânico Daniel Defoe, teve de ser criativo para continuar vivo, pois era o que lhe restava ser, isolado em uma ilha deserta.
Cada herói com sua qualidade. Apenas como curiosidade, Conan Doyle era médico e nunca abandonou a medicina, mesmo quando já era escritor famoso. Já Defoe foi de tudo – pastor, marinheiro e até espião. Não é regra, mas nesses dois casos os personagens refletiram os criadores.
Em ambos os casos, a criatividade foi um forte componente, pois os dois personagens resultaram da mente fértil de seus autores. Doyle teve de ser muito criativo para criar um personagem não criativo. E ambos foram construídos em torno de contextos ambientais complexos, do tipo que depende de uma análise cuidadosa e de uma interpretação pormenorizada. Definitivamente, entre Holmes e Crusoé, fiquemos com os dois.
O potencial criativo
A criatividade deriva da falta de opções ou do descontentamento com as existentes. A criatividade desorganizada o mundo, pois criar novos caminhos, o que provoca uma subversão da estabilidade anterior. Esse é o motivo pelo qual os criativos são ás vezes incompreendidos, criticados e até perseguidos. Eles subvertem, portanto, incomodam. Mas, se por um lado a criatividade incomoda, por outro é ela que provoca mudanças.
Criar é fazer o novo ou refazer o velho, diferente. É, portanto, sair de uma situação estável para outra, passando por um período de instabilidade. Nossa condição de animais faz com que tenhamos um componente cerebral que nega o movimento em direção à novidade. E é justamente esse componente que cria um paradoxo curioso entre o desejo de ser criativo e o medo da novidade.
Eis por que algumas pessoas são mais criativas do que outras. Depende do lado para qual pende a balança, e isso está profundamente ligado à educação que recebemos, ou mesmo a aspectos mais sutis de nossa formação. Mas é importante que se diga que todos nascemos com um potencial equivalente de criatividade (exceto os gênios, mas esses são exceções, portando não contam), e é por obra da educação, principalmente na infância, que essa criatividade potencial será liberada, ganhando asas e ampliando seus limites. Ou, ao contrário, será aprisionada para sempre.
Não deixe morrer sua criança que tem dentro de você
Há duas características próprias da infância e da juventude que estão ligadas à questão criatividade: a curiosidade e a transgressão.

Todos nascemos curiosos e transgressores, no sentido bom da palavra, pois a infância temos uma imensa compulsão a mudar o que está ao nosso redor. O sentido da palavra transgressor, neste caso, não tem nada a ver com infringir leis, mas, sim, com vontade de fazer diferente. Portanto, sendo curioso para o mundo, e predisposto a rearranjá-lo, somos criativos por natureza.

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