sexta-feira, 11 de novembro de 2016

VIOLÊNCIA NA RELIGIÃO

40% das mulheres que sofrem violência doméstica são evangélicas, diz pesquisa recente
Dado alarmante precisa motivar uma séria discussão sobre o papel da igreja na prevenção desses casos - 10 de novembro de 2016
A violência doméstica é uma triste realidade no Brasil e uma pesquisa descobriu uma informação ainda mais alarmante: 40% das mulheres que se declaram vítimas de agressões físicas e verbais de seus maridos são evangélicas.
A descoberta é resultado de uma pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie a partir de relatos colhidos por organizações não-governamentais (ONGs) que trabalham no apoio às vítimas desse tipo de violência.
“Não esperávamos encontrar, no nosso campo de pesquisa, quase 40% das atendidas declarando-se evangélicas”, diz um trecho do relatório divulgado, de acordo com informações da Rede Super.
A surpresa não é maior do que a preocupação que existe sobre o contexto das agressões: muitas das vítimas dizem sentirem-se coagidas por seus líderes religiosos a não denunciarem seus maridos.
“A violência do agressor é combatida pelo ‘poder’ da oração. As ‘fraquezas’ de seus maridos são entendidas como ‘investidas do demônio’, então a denúncia de seus companheiros agressores as leva a sentir culpa por, no seu modo de entender, estarem traindo seu pastor, sua igreja e o próprio Deus”, denuncia o documento.
Os responsáveis pelo estudo ressaltam, no relatório, que as comunidades de fé onde essas mulheres que sofrem violência congregam precisam agir de maneira diferente: “O que era um dever, o da denúncia, para fazer uso de seu direito de não sofrer violência, passa a ser entendido como uma fraqueza, ou falta de fé na provisão e promessa divina de conversão-transformação de seu cônjuge”, constatam.
No programa De Tudo Um Pouco, da Rede Super. O Pastor Renato Vieira Matilde e o advogado Antônio Cintra Schmidt analisaram os dados dessa pesquisa.
De acordo com a senhora Matilde, a omissão dos pastores é parte importante nos casos de violência doméstica: “A gente percebe a omissão pela falta de orientação e pela omissão mesmo de não querer informar. Porque é mais fácil virar e dizer: ‘Olha, vá embora que nós vamos orar e Deus vai fazer a obra’”, disse.
O pastor ponderou que a ação espiritual é válida, mas é necessário tomar medidas que garantam a segurança dessas mulheres: “Deus realmente continua fazendo a sua obra. Porém é mais difícil a gente instruir essas pessoas. É difícil você sentar com um casal e sentar com eles uma noite, um dia. Essas são questões difíceis de lidar e as pessoas não querem fazer isso e caminham para o lado mais fácil […] Isso não pode ser assim e não deve ser assim”, acrescentou.
Para o advogado Schmidt, a igreja pode ter condições de ajudar a mulher que se encontra nesta situação de forma mais efetiva: “Seria muito interessante se as igrejas tivessem esse acompanhamento e esse grupo para ajudar na conscientização da mulher”, comentou.
A MÃO DO PASTOR
“A mulher tem um receio tremendo por todos esses fatos, de fazer uma denúncia, de expor a convivência familiar dela e em qualquer nível. Acontece que às vezes não é ela quem expõe. O vizinho, por exemplo, vê uma agressão e pode fazer a denúncia. E feita a denúncia, a Polícia vem e dali para frente não tem mais como parar o processo”, explicou.
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DEPOIMENTOS REAIS
Deve haver denúncias SIM, não se pode agredir ou ser agredido (a) e andar como se tudo estivesse às mil maravilhas...isso se chama hipocrisia, onde a bíblia fala que se te baterem em uma face, de a outra, NADA tem a ver com violência, principalmente a familiar, pois a família é a menina dos olhos de Deus. O que plantamos colhemos - se o cônjuge é violento (a), deve-se tomar providencias a respeito.
Os dados apontam que são as mulheres as "evangélicas" e não seus parceiros, e isso nos leva a conclusão que as crentes na hora de escolher um parceiro não procuram "crentes" iguais a elas: aqueles caras ditos religiosos, "bonzinhos", com valores altruístas e éticos, caras que se abstém da masturbação e tem como preceito a virgindade... na hora de "colar" com um é sempre o mesmo estereótipo: violento, "do mundo", farrista e vagabundo, pois pra muitas caras "legais" são "sem sal", "sem pegada", daí nada mais do que a lei da vida: cada um responde pela consequência dos seus atos e de suas más escolhas, minha posição é que essa violência tem que ser combatida exercendo o direito de denunciar, mas isso é mérito para uma situação tardia, pois a verdadeira solução é saber escolher melhor seus parceiros...
Nice Ramos · 
Não é bem assim. Existem "crentes" que vivem agredindo suas mulheres e os pastores fingem não ver.
Nice Ramos, isso não justifica pois não se "anula regra com exceção", a própria matéria focou o tempo todo o relacionamento de crentes com "não-crentes" que "precisam de conversão", AINDA que haja casos de falsos cristãos que se utilizam da carapuça de homens corretos que se escondem atrás da religião, não são maioria de casos, portanto NÃO anula o que falei na análise anterior.
Oi Então quer dizer que a mulher, vítima de uma agressão física é culpada por receber uma agressão porque escolheu não se casar com um parceiro evangélico? Então quer dizer que um homem evangélico não vá agir desta forma? Alguém apague este post e desconsiderem esta pesquisa, por favor!
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DEPOIMENTO REAL
Linalva Santos - A bíblia fala das mulheres como lixo e antes da ideia de a reciclagem existir, senão, nem lixo seríamos. A bíblia é um livro politicamente INCORRETO (100%) ou no mínimo, ultrapassado em 2 mil anos. Sei que vocês vão fazer vodus de mim por dizer isso aqui, mas do jeito que o mundo vai alguém tem que falar sobre isso. Evolução mental minha gente. Passou da hora.

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