40% das mulheres que sofrem violência doméstica são evangélicas, diz
pesquisa recente
Dado
alarmante precisa motivar uma séria discussão sobre o papel da igreja na
prevenção desses casos - 10 de novembro de 2016
A
violência doméstica é uma triste realidade no Brasil e uma pesquisa descobriu
uma informação ainda mais alarmante: 40% das mulheres que se declaram vítimas
de agressões físicas e verbais de seus maridos são evangélicas.
A
descoberta é resultado de uma pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie
a partir de relatos colhidos por organizações não-governamentais (ONGs) que
trabalham no apoio às vítimas desse tipo de violência.
“Não
esperávamos encontrar, no nosso campo de pesquisa, quase 40% das atendidas
declarando-se evangélicas”, diz um trecho do relatório divulgado, de acordo com
informações da Rede Super.
A
surpresa não é maior do que a preocupação que existe sobre o contexto das
agressões: muitas das vítimas dizem sentirem-se coagidas por seus líderes
religiosos a não denunciarem seus maridos.
“A
violência do agressor é combatida pelo ‘poder’ da oração. As ‘fraquezas’ de
seus maridos são entendidas como ‘investidas do demônio’, então a denúncia de
seus companheiros agressores as leva a sentir culpa por, no seu modo de
entender, estarem traindo seu pastor, sua igreja e o próprio Deus”, denuncia o
documento.
Os
responsáveis pelo estudo ressaltam, no relatório, que as comunidades de fé onde
essas mulheres que sofrem violência congregam precisam agir de maneira
diferente: “O que era um dever, o da denúncia, para fazer uso de seu direito de
não sofrer violência, passa a ser entendido como uma fraqueza, ou falta de fé
na provisão e promessa divina de conversão-transformação de seu cônjuge”,
constatam.
No
programa De Tudo Um Pouco, da Rede Super.
O Pastor Renato Vieira Matilde e o advogado Antônio Cintra Schmidt
analisaram os dados dessa pesquisa.
De acordo
com a senhora Matilde, a omissão dos pastores é parte importante nos casos de
violência doméstica: “A gente percebe a omissão pela falta de orientação e pela
omissão mesmo de não querer informar. Porque é mais fácil virar e dizer: ‘Olha,
vá embora que nós vamos orar e Deus vai fazer a obra’”, disse.
O pastor
ponderou que a ação espiritual é válida, mas é necessário tomar medidas que
garantam a segurança dessas mulheres: “Deus realmente continua fazendo a sua
obra. Porém é mais difícil a gente instruir essas pessoas. É difícil você
sentar com um casal e sentar com eles uma noite, um dia. Essas são questões difíceis
de lidar e as pessoas não querem fazer isso e caminham para o lado mais fácil
[…] Isso não pode ser assim e não deve ser assim”, acrescentou.
Para o
advogado Schmidt, a igreja pode ter condições de ajudar a mulher que se
encontra nesta situação de forma mais efetiva: “Seria muito interessante se as
igrejas tivessem esse acompanhamento e esse grupo para ajudar na
conscientização da mulher”, comentou.
A MÃO DO PASTOR
“A mulher tem um receio tremendo por
todos esses fatos, de fazer uma denúncia, de expor a convivência familiar dela
e em qualquer nível. Acontece que às vezes não é ela quem expõe. O vizinho, por
exemplo, vê uma agressão e pode fazer a denúncia. E feita a denúncia, a Polícia
vem e dali para frente não tem mais como parar o processo”, explicou.
VEJA ESTE VÍDEO
DEPOIMENTOS REAIS
Deve haver denúncias SIM, não se pode
agredir ou ser agredido (a) e andar como se tudo estivesse às mil
maravilhas...isso se chama hipocrisia, onde a bíblia fala que se te baterem em uma
face, de a outra, NADA tem a ver com violência, principalmente a familiar, pois
a família é a menina dos olhos de Deus. O que plantamos colhemos - se o cônjuge
é violento (a), deve-se tomar providencias a respeito.
Os dados apontam que são as mulheres
as "evangélicas" e não seus parceiros, e isso nos leva a conclusão
que as crentes na hora de escolher um parceiro não procuram "crentes"
iguais a elas: aqueles caras ditos religiosos, "bonzinhos", com
valores altruístas e éticos, caras que se abstém da masturbação e tem como
preceito a virgindade... na hora de "colar" com um é sempre o mesmo
estereótipo: violento, "do mundo", farrista e vagabundo, pois pra
muitas caras "legais" são "sem sal", "sem pegada",
daí nada mais do que a lei da vida: cada um responde pela consequência dos seus
atos e de suas más escolhas, minha posição é que essa violência tem que ser
combatida exercendo o direito de denunciar, mas isso é mérito para uma situação
tardia, pois a verdadeira solução é saber escolher melhor seus parceiros...
Não é bem assim. Existem "crentes"
que vivem agredindo suas mulheres e os pastores fingem não ver.
Nice Ramos, isso não justifica pois
não se "anula regra com exceção", a própria matéria focou o tempo
todo o relacionamento de crentes com "não-crentes" que "precisam
de conversão", AINDA que haja casos de falsos cristãos que se utilizam da
carapuça de homens corretos que se escondem atrás da religião, não são maioria
de casos, portanto NÃO anula o que falei na análise anterior.
Oi Então quer dizer que a mulher, vítima
de uma agressão física é culpada por receber uma agressão porque escolheu não
se casar com um parceiro evangélico? Então quer dizer que um homem evangélico
não vá agir desta forma? Alguém apague este post e desconsiderem esta pesquisa,
por favor!
Pastor espanca e desfiguras ex-mulher após
fim de casamento em Cabo Frio/RJ
DEPOIMENTO REAL
Linalva Santos - A bíblia fala das mulheres como lixo e antes da ideia de a reciclagem existir, senão, nem lixo seríamos. A bíblia é um livro politicamente INCORRETO (100%) ou no mínimo, ultrapassado em 2 mil anos. Sei que vocês vão fazer vodus de mim por dizer isso aqui, mas do jeito que o mundo vai alguém tem que falar sobre isso. Evolução mental minha gente. Passou da hora.
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